18 janvier, 2024 O masturbador implacável
Não é crime, nem vergonha, enveredar pelas belas artes da punheta...
Dias não são dias sem langonha
Sem disparar activamente as escopetas
Não é crime e muito menos é vergonha
Enveredar pelas belas artes da punheta
Mas que fazer para alimentar esta tesão?
Onde buscar inspiração para tanto mel?
Após muita e variada emborcação
Decido hospedar-me num bordel
De manhã vou direito à casa de banho
Ajoelho a espreitar pela fechadura
Espio as excreções e não me acanho
Tanto faz se é racha verde ou madura
Mais tarde assalto o quarto das ternuras
Sonegando-lhes os prazeres da clientela
Há conas prenhes de formas e figuras
E cus roliços que demandam cuspidelas
Passo em seguida pela alcova da patroa
A maestrina que ensina a “fazer camas”
Vestida é nobre, nua é toda boa
Permite-me que lhe esporre para as mamas
Chegada a noite há festa no salão
Putaria de abundante apoteose
Refastelado, agarro-me ao canhão
E descarrego impante dose atrás de dose
Nada falta ao meu climax voyeurístico
Seja broche, minete ou enrabadela
Cona aguada derramada em dedo místico
Perna grossa, foda fina, meita bela
Todo nu derreto-me em carícias
Esfrego o pau, afogo o ganso, esgalho o guloso
Morro aos soluços no esplendor dessa delícia
Deixo as cortinas a escorrer de gosma e gozo
Armando Sarilhos
Armando Sarilhos
O cérebro é o órgão sexual mais poderoso do ser humano. É nele que tudo começa: os nossos desejos, as nossas fantasias, os nossos devaneios. Por isso me atiro às histórias como me atiro ao sexo: de cabeça.
Na escrita é a mente que viaja, mas a resposta física é real. Assim como no sexo, tudo é animal, mas com ciência. Aqui só com palavras. Mas com a mesma tesão.
Críticas, sugestões para contos ou outras, contactar: armando.sarilhos.xx@gmail.com