15 mars, 2021 Euforia
Ele brincou com o meu corpo e foi-se deliciando enquanto me observava vulnerável a debater-me inutilmente...
Há coisas que escapam ao nosso controlo. Como por exemplo, as decisões que tomo de cada vez que estou com o Santiago. Não consigo entender porque tal acontece, eu apenas me deixo levar, levar pelo que sinto e pelo desejo de continuar a sentir, sentir-me bem comigo mesma.
Sábado à noite, em casa do Santiago.
- Estava à tua espera para jantar. – diz assim que me abre a porta de casa.
- Já te tinha dito que vinha depois… Não sei porque ficaste com a ideia que eu vinha mais cedo.
- Cozinhei para dois. – diz-me com um sorriso.
- Amanhã já não precisas de fazer almoço. – digo enquanto largo a mala em cima do sofá.
- Sendo assim, aceita um copo de vinho?
- Vai saber que nem ginjas! – respondo-lhe.
O meu sábado até àquele momento tinha sido um dia de cão e, nesse sentido, ele levou um pouco por tabela, não querendo ser injusta, mas sai-me, sem qualquer motivo descarrego em quem mais gosto. Com o aliviar da tensão, o meu bom humor vai surgindo. Passo de pessoa azeda a uma pessoa doce num piscar de olhos, e aqui o vinho serviu para aliviar.
- O dia correu bem? – pergunta-me enquanto vai enchendo um copo com vinho tinto.
- Nem queres que eu comece a falar…
- Por favor… Temos a noite toda. Ou tens onde ir?
- Sabes bem que não. – respondo num tom agressivo.
Começo a contar-lhe sobre o meu dia e a tensão vai aliviando. Ele vai trincando e ouvindo-me atentamente.
Ao terminar a refeição, levanta-se e ao chegar perto da porta da cozinha vira-se na minha direcção e pergunta-me:
- A menina vai desejar um café?
- Tu vais tomar?
- Talvez sim.
- Então, eu faço-te companhia. – digo-lhe esboçando um sorriso.
Enquanto ele tira, se demora pela cozinha, eu levanto-me e vou até à varanda. Sento-me numa das cadeiras, acendo um cigarro e dou mais um gole do meu copo de vinho. Fito as luzes da cidade enquanto a minha mente divaga na maionese dos meus minhentos pensamentos que marinam na minha cabeça.
O Santiago surge com as duas pequenas chávenas de café e interrompe os meus pensamentos.
- Aqui está o seu cafezinho, senhorita! – diz-me enquanto coloca a chávena em cima da mesa.
Sinto que me surge um sorriso na face enquanto lhe digo:
- Obrigada, meu querido.
Deixamo-nos ficar ali sentados até bem perto da madrugada. Pressinto que seja perto da uma da manhã devido à pequena humidade que sinto a cair sobre a minha pele exposta.
Sem que nada o fizesse prever, pouco depois, o Santiago puxa-me pelo pulso em sua direcção, fazendo-me levantar da cadeira e sentar-me no seu colo.
- Estou tão quente. – diz-me com os seus lábios e nariz bem colados nos meus.
- O que tem em mente? – respondo enquanto começo a rodar a cintura em cima das suas pernas.
- Não sei. – diz-me enquanto me agarra pela cintura, olha na direcção do meu rabo e morde o lábio.
Ficamos naquela brincadeira do vai, não vai por uns bons momentos. Foi gostoso de ver a cara de satisfação dele. Que homem mais gato, gente!
- Anda! – diz ao mesmo tempo que me agarra pela cintura e me coloca sobre o seu ombro como se fosse uma saca de batatas.
- Ui! – deixo-me rir que nem uma perdida.
Consigo entender que vamos em direcção ao seu quarto. Ao chegarmos, atira-me para cima da cama sem qualquer tipo de cuidado.
- Espera aqui. – diz-me num tom autoritário.
Fico imóvel, sigo-o com os olhos, num modo furtivo, sigo todos os movimentos que faz ao longo daquele espaço. Não percebia, nem sabia o que ele procurava.
Encaminha-se na minha direcção.
- Despe-te.
- Já assim? – faço o que me pede e deixo-me rir.
Tem uma expressão pesada no rosto, vejo enquanto me vou despindo e olhando para ele, vendo como ele segue os movimentos das minhas mãos fazendo o tecido do vestido, que tinha vestido, deslizar sobre a minha pele morena. Não gosto do rumo daquela brincadeira.
Já nua, ao olhar olhos nos olhos, o Santiago sem esperas coloca-me uma venda sobre os olhos.
Passo as minhas mãos sobre o tecido da venda.
- Não é para tirares nem mexeres, até!
Lá está aquele tom autoritário novamente. Aquele tom assustava-me, mas no fundo até que me deixava um pouco excitada.
Sinto os meus mamilos a ficarem tesos.
- Deita-te sobre a cama.
Quando o faço ele continua e acaba por me dizer:
- Abre as pernas.
Sinto-o a colocar-se no meio das minhas pernas. Estico as mãos à procura do seu tronco, mas rapidamente sinto que me agarra pelos pulsos e me algema. Estica-me os braços e sinto que amarra as algemas a uma corda. Tento baixar os braços, ele ri-se ao ver que me debato para baixar um pouco os braços.
- Como és bela!
Começa a passar os dedos levemente sobre a minha pele, desenhando uma linha desde os meus lábios, passando pelo pescoço, descendo pelo peito depois pela barriga e chega ao meu ventre e suspende o movimento.
Deixo de o sentir, nem em mim nem em cima da cama. Oiço-o a mover-se ao longo do quarto. “O que está a fazer?”, penso. Breves momentos depois sinto algo suave a tocar levemente na minha pele.
- Humm... – digo enquanto me contorço sobre a cama.
Ele brincou com o meu corpo e foi-se deliciando enquanto me observava vulnerável a debater-se inutilmente.
Finalmente, sinto o seu corpo sobre o meu, o calor que este emana é quase audível. O seu aroma é tão doce. Esfrega-se ao longo da minha pele e aquilo deixa-me desequilibrada. Cheira o meu pescoço, beija-o, passa para a orelha, roda o seu nariz ao longo dela até que me chupa o lóbulo. Suspiro pesadamente. Passa para o meu peito, enquanto vai depositando beijos ao longo desse caminho montanhoso.
Ao chegar aos meus mamilos, suga cada um com dedicação. Suga-os com força. Sinto-os tesos. Continua a descer… calmamente até alcançar o meu sexo. A sua língua atravessa os meus lábios vaginais, separando-os enquanto os suga numa forma deliciosamente gostosa. Vim-me na sua cara - até perdi a conta às vezes que atingi o clímax na sua boca! Balançava a minha cintura em modo de “Já não aguento mais”, mas ele ignorava e forçava-me por mais uma vez a explodir na sua cara. Queria tanto agarrar-me aos seus cabelos, mas estava condicionada nos movimentos.
Exausta, procurando por um pouco de ar, tive pouco tempo para recuperar daquela euforia toda. Em poucos segundos, o Santiago penetra-me. Suavemente, sentindo todo o meu calor, a minha humidade a envolver o seu pénis a cada milímetro que este avança dentro de mim. Grito de prazer.
A noite foi envolvida em sensualidade… Calor... Tesão. Foi de cortar a respiração.
Só quero repetir!… Mas estou à espera que o Santiago não esteja tão atulhado em trabalho.
Quem espera sempre alcança, já dizia a minha avó materna. Por este, eu espero e desespero, mas vale a espera.
Alexa
Uma mulher com imaginação para dar e vender.
Sempre gostei de escrever, mas coisas eróticas... isso gosto mais. Levar um homem à loucura através de palavras e da sua própria imaginação. Como adoro...