28 novembre, 2024 Entrevista com uma ninfo - Parte 3
Mais uma vez, não consegui controlar-me. Mas, desta vez, o culpado foi o senhor doutor…
– Aiiiii, senhor doutooooor, o que é que me está a fazer?!
– Pshiiiiu... Chama-me Jaime. Deixa-me só desligar o gravador e...
(Interrupção na entrevista do psicólogo – a seguinte descrição foi retirada do diário de Rosa e é aqui reproduzida na íntegra).
"Mais uma vez, não consegui controlar-me. Se bem que, desta vez, o culpado tenha sido o senhor doutor, pois foi ele que começou. No estado em que estou, um mero olhar basta para me deixar louca. Se além disso me tocam... Não há nada que possa fazer - perco as estribeiras e deixo de responder por mim.
Ele sabia tudo isso porque eu lho disse na entrevista. Agora, posso analisar o sucedido de duas maneiras: ele aproveitou-se de mim ou, pelo contrário, quis ajudar-me?
Eu sei que ele viu a minha vulnerabilidade... Quando me beijou, me apalpou as mamas e me tirou a roupa, eu não protestei. Quando me levantou as pernas, para me despir as cuecas, já eu estava toda encharcada..."
"Ele sabia que eu não poderia resistir. Ele bem viu como eu estava ao relatar-lhe o que se tem passado comigo, este desejo infinito de sexo que não me larga, que agora nunca me dá paz.
Eu disse-lhe que só queria que tudo voltasse ao que era, à vida simples com o meu marido, à nossa foda matinal e àquele orgasmo que me deixava satisfeita, realizada o dia inteiro.
Agora venho-me com todos os homens, às vezes com mulheres também, só com o meu amor não consigo chegar ao clímax.
Quando o doutor Jaime me começou a lamber, sabia bem o que eu precisava. E sabia usar a língua para mais do que apenas falar.
Começou pelos lábios da minha vagina, que se foram abrindo e endurecendo com o seu toque. Senti o meu próprio mel a escorrer dum buraco para o outro, enquanto a sua língua seguia o curso inevitável da cascata que saía de dentro de mim.
Lambeu-me muito tempo a orla do ânus, sorvendo os sumos que desaguavam abundantes de ambas as cavidades, até penetrar o meu olhinho do cu com a língua tesa. O primeiro orgasmo foi logo aí, sem sequer me tocar no grelo ou chegar a ver o seu pau."
"Senti o segundo orgasmo, quase instantâneo, no momento em que colou os seus lábios grossos no meu clitóris. Apenas duas, três lambidelas no meu biquinho do prazer e desatei a sacudir o cu em espasmos, vertendo águas por todos os lados.
Acho que ele até se assustou, pois eu não dava sinais de parar. Naquele momento, bastar-lhe-ia tocar-me com um dedo na pele, ou soprar-me ao ouvido, para eu me desmanchar toda. Dantes nunca me acontecia isto...
Agora, na minha condição actual, uma vez chegada a este transe sexual, colo os orgasmos uns nos outros, sem sequer perceber onde acaba um e começa o próximo.
Ele afastou-se, um pouco assustado, mas ao mesmo tempo deleitado com a visão do meu abandono, e ficou por momentos hesitante, até decidir o que fazer. E para me acalmar, não lhe ocorreu outra coisa se não penetrar-me. Não podia ter escolhido melhor remédio!
Ao princípio, eu tinha a cona tão dilatada de tesão que mal percebi o volume do seu caralho. Cheguei a pensar que era demasiado pequeno, até ele o tirar e mo meter na boca. E aí pude tirar-lhe as medidas.
Pequeno é que não era, pelo contrário, era grosso e muito comprido. Vinha ensopado nos meus líquidos e sabia mais a cona do que a picha. Mas mamei-o com um gozo delirante.
Quando o voltou a meter entre as minhas pernas, o buraco já se tinha apaziguado e então sim, senti-o perfurar as minhas pregas em todo o seu esplendor."
"O sofá era confortável para ambos e o acto durou bastante tempo. Pela respiração dele, temi que acabasse precocemente, mas tal não aconteceu.
O seu tamanho preenchia-me na perfeição e a cada vez que o sentia embater no meu fundo, sentia o olho do cu a palpitar.
Apesar de me sentir nas nuvens, não conseguia parar de desejar que um segundo caralho perdido viesse ao encontro do meu segundo buraquinho, aberto a novas aventuras...
Pedi-lhe então que me enrabasse, pois se não podia ter dois, queria pelo menos experimentá-lo nas minhas duas grutas. O que eu fui dizer... Acabei logo com ele! Só a sugestão foi suficiente.
Puxou o cacete atrás e desatou a esguichar-me esporra quente para a boca da cona, urrando como um condenado."
"Até aí ele não tinha dito nada, nem uma palavra. Eu gostaria que ele tivesse dito, e ele sabia que eu gostava porque lho disse na entrevista.
Contei-lhe dos dois homens no hotel que me chamaram tudo, de puta para baixo. Acho que não era a cena dele - nem todos os homens conseguem esse nível de libertação, por pudor ou excesso de respeito para com as parceiras.
Eu não me importo, todo o contrário. Adoro que me insultem, que me ofendam, que me enxovalhem, que me façam sentir um pedaço de carne, uma escrava, um mero objecto sexual.
Só depois de se esporrar e de limpar o caralho a uma almofada ele disse:
– Foi assim que o outro médico te fodeu?
Achei muito estranho, dadas as circunstâncias, que se tivesse lembrado disso. Não era a altura de medir pichas, ou de elaborar sobre as boas práticas da profissão.
Também não percebi bem porque, completado o nosso aparte, ele estava com tanta pressa para retomar a entrevista. Talvez se sentisse desconfortável ao sentir que tinha feito algo de mal...
– Posso voltar a ligar o gravador?
Pedi-lhe só dois minutos para ir enxaguar a cona e vestir-me, e então continuámos. Ele queria saber tudo sobre a minha relação com o colega que me tinha tratado antes."
(Continuação da entrevista com o psicólogo.)
– Com o doutor João, não foi bem assim. Ele era muito jovem, acho que devia ter acabado o curso há pouco tempo, e tenho que dizer que mal entrei no consultório, senti-me logo atraída por ele. Fazia-me lembrar o meu marido quando era novo, ou não sei... Enfim, comecei a contar-lhe o meu problema e percebi que quanto mais avançava e detalhava pormenores, mais incomodado ele ficava.
Primeiro, pediu-me desculpa e se queria que abrisse a janela. Eu disse que não precisava e ele abriu-a na mesma. Depois, perguntou-me se eu queria água. Agradeci e disse que não. Então, ele serviu um copo para ele e bebeu.
A dada altura, suava em bica e perguntei-lhe se se estava a sentir-se bem. Aproximei-me dele e não sabia o que fazer, queria desapertar-lhe a camisa, mas ele tinha uma camisola sem botões.
Por isso, por não ter mais nada para lhe desapertar, desabotoei-lhe as calças e comecei a chupá-lo.
– Claro que ele acalmou logo, mas olhava para mim como se duvidasse do que estava a acontecer. Coitado, não lhe dei qualquer hipótese de fuga! Mamei-o com delicadeza, pois sentia-o aumentar imenso dentro da minha boca, até as veias do caralho me rasparem no céu-da-boca.
Estava tão ofegante que percebi que se não o largasse, ele se ia esporrar logo. Isso eu não queria, porque lá está, iniciada a minha marcha depravada, preciso de muita atenção. Até já pensei se esse não será o problema agora com o meu marido... É que o nosso sexo conjugal, pela força do hábito, é muito regular, nunca passa ali dos 20, 25 minutos, o tempo que eu costumava demorar até atingir o orgasmo.
Só que agora, tudo isso mudou. Não só me venho muito mais depressa, como preciso de muito mais tempo de sexo a seguir para me sentir saciada. Dantes, um orgasmo era suficiente para mim. Agora, menos de 10 ou 15 por dia e fico descontrolada, só penso em foder.
Portanto, não podia permitir que o meu jovem doutor se viesse tão rapidamente. Deixei-o respirar um pouco enquanto lhe tirava finalmente a camisola e eu me despia também.
Ele ficou parado só a olhar, sem saber o que fazer, pois não podia imaginar até onde eu desejava ir. E eu desejava ir até ao fim e mais além!
Já disse ao Jaime que, quando estou muito excitada, uma foda convencional não me chega, preciso de me sentir rasgada.
Então, pus-me de joelhos em cima duma cadeira e apontei-lhe o pau na direcção do meu cu. Ele quase começou a chorar de felicidade.
– Compreendo o que me conta, mas não posso deixar de referir que não foi lá muito ético da parte dele, não acha?
– Bem, podíamos dizer o mesmo do Jaime, não é? Além disso, no caso dele fui eu que o seduzi, não foi ele que me agarrou ao sentir-me frágil e desprotegida... Estou certa, Jaime? Ou prefere que o trate por senhor doutor quando falamos de ética?
– Não, p... por favor. Jaime está bem...
– É que... Por favor, Jaime, não confunda a minha condição médica com algum tipo de vulnerabilidade ou fraqueza da minha inteligência, está bem? Posso estar doente, mas não é por isso que deixarei que me tomem por parva. Ambos sabemos o que fizemos, mas somos ambos adultos e não há qualquer problema. Assim como não houve nenhum problema com o seu colega. Ok?
– Sim... Claro, Rosa, desculpe-me. Tem toda a razão, não estamos aqui para julgar nada nem ninguém. Por favor, continue...
– Então, como eu estava a dizer, ele estava feliz e eu também. Óptimo, porque naquele momento, tudo o que eu queria dele era felicidade e alegria no trabalho. Ele enrabou-me bem e aguentou bastante tempo, mesmo que para isso eu tivesse que usar todos os meus truques. Mas, a dada altura, ele soltou-se e percebi que estava no controle da situação, e que podia contar com ele para chegar onde precisava.
– Claro que, eventualmente, ele acabou por se vir, mas aí já eu tinha tido meia dúzia de orgasmos, o que estava bem para uma manhã. Quando o senti prestes a vir, virei-lhe a cona e pedi-lhe para me meter os dedos enquanto me furava o cu com o seu belo caralho atlético.
Aí ele ficou possuído, parecia um touro enraivecido, e eu, com os dedos grossos metidos dentro de mim, ao sentir aquela dupla penetração simulada, tive um último e grande orgasmo, que se complementou quando senti a sua esporra a ferver no meu canal. Aí já não me consegui controlar, entrei em colapso e comecei a espirrar toda da cona. Deixei-lhe uma poça de água no chão do consultório...
– Voltou a vê-lo depois disso?
– Tentei. Era óbvio que aquela consulta não me ajudara em nada na resolução dos meus problemas, apenas em alimentá-los... Mas ele tinha sido tão simpático e profissional comigo, que estava resolvida a dar-lhe outra oportunidade. Claro que, no fundo, não lhe vou mentir, pensava também em fodê-lo outra vez, porque ele era realmente muito atraente, jovem e musculoso.
– Infelizmente, essa oportunidade não se concretizou, pois quando tentei marcar nova consulta, disseram-me que ele tinha abandonado a prática. Fiquei a pensar se eu poderia ter tido alguma coisa a ver com isso, mas disseram-me que abandonara o país e se tinha dedicado ao budismo - e não voltei a pensar no assunto. A minha única preocupação era arranjar outro médico, e foi assim que encontrei o Jaime.
– Em boa hora.
– É verdade, em boa hora, porque sinto muita confiança em si e sinto que realmente me pode ajudar.
– Estamos cá para o que precisar.
– Ainda bem que diz isso, porque... Gostava muito de lhe chupar o caralho. Posso?
(continua...)
Entrevista com uma ninfo - Parte 2
Entrevista com uma ninfo - Parte 1
Armando Sarilhos
Armando Sarilhos
O cérebro é o órgão sexual mais poderoso do ser humano. É nele que tudo começa: os nossos desejos, as nossas fantasias, os nossos devaneios. Por isso me atiro às histórias como me atiro ao sexo: de cabeça.
Na escrita é a mente que viaja, mas a resposta física é real. Assim como no sexo, tudo é animal, mas com ciência. Aqui só com palavras. Mas com a mesma tesão.
Críticas, sugestões para contos ou outras, contactar: armando.sarilhos.xx@gmail.com