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22 juin, 2020 Assombroso imprevisto - Parte II

Queria sentir o seu néctar novamente, depois de alguns meses a seco finalmente alguma retoma...

Silêncio foi o que obtive ao longo de meses depois de o Leonardo ter saído do meu apartamento. Não sabia nada sobre aquela criatura, como de costume evaporou-se.

Assombroso imprevisto - Parte II

"Como é por dentro outra pessoa
Quem é que o saberá sonhar?
A alma de outrém é outro universo
Como que não há comunicação possível,
Com que não há verdadeiro entendimento.

Nada sabemos da alma
Senão da nossa;
As dos outros são olhares,
São gestos, são palavras,
Com a suposição de qualquer semelhança
No fundo."

Fernando Pessoa, “Como é por dentro outra pessoa”  In Poesias Inéditas (1930-1935). Lisboa: Ática. 1955. (imp. 1990). p. 159.

Estamos agora a entrar no mês de Outubro e eu estou entusiasmada, pois vou completar trinta anos. Três décadas de existência mas ainda caindo nos mesmos erros.

No dia do grande evento recebo uma mensagem, juntamente com outras milhentas, mas aquela obteve toda a minha atenção. O meu coração começa a bater desenfreadamente.

- O que se passa? - questiona-me a Vanessa.
- Nada.
- Nada não. Ficaste pálida de repente.
- Desculpa, tenho que responder a este e-mail lá do trabalho. – digo de forma a esquivar-me daquela conversa sem sentido.

Refugio-me na casa de banho de forma a conseguir ler aquela mensagem como deve ser.

“Olá minha querida. Como estás? Vi pela rede social que hoje faz anos, sendo assim tenho que lhe dar uma prenda, assim bem merecida”

Uma prenda?! Não diz nada há que tempos e agora fala em prenda?!… Bem, vamos lá ver o que sai daqui. Respondo-lhe:

“Olá. Prenda? Não precisa de se incomodar. Para quando?”

Cortei-lhe logo as vazas. Não estava para desperdiçar muito tempo se já sabíamos que tipo de prenda seria.

“Penso que jantarmos hoje está fora de questão...” , escreve-me.

Sem pensar muito na resposta digo-lhe:

“Amanhã depois de jantar?”

A minha resposta chega segundos depois:

“Dito e feito. Desta vez espero-te no meu apartamento. Envio-te a morada amanhã. Perto das nove da noite? Que me dizes?”

“Vais-te meter na toca do lobo”, penso enquanto escrevo a sua resposta:

“Mal posso esperar. Beijos”

A minha noite foi fenomenal. Rodeada dos meus mais que tudo comemorei as minhas três décadas de existência Não me deixaram conduzir naquela noite, a Rubi foi a minha condutora de serviço. Como me senti agradecida por tal gesto.

Corremos os bares todos da zona, shot atrás de shot. Não parava de meter bebida goela abaixo.

No dia seguinte acordei com a minha cabeça bastante zonza e com os estômago bastante amachucado. “Como vim aqui parar?”, penso depois de olhar durante um bocado ao meu redor.

- Então Maria, como te sentes? – pergunta-me a Rubi – Dormiste bem?
- Como vim parar à tua cama?
- Tu pediste-me. Querias uma cama que não fosse a tua… e em vez de te deixar ir com um tipo qualquer trouxe-te para aqui. Estavas num estado Bia! Não me recordo de te ver assim desde os tempos da faculdade. Que se passou contigo ontem, mulher?
- Uma mensagem. Mas deixa para lá.
- Sabes que estás à vontade comigo. Quando for a altura certa tu logo me contarás, o que quer que se passe contigo agora.

Naquele momento eu não sabia era como me iria encontrar com o Leonardo mais tarde, naquelas condições.
Almocei em casa da Rubi, também acordamos tardíssimo.

- Queres fazer alguma coisa depois de almoço?
- Quero ir para a minha casa. Tenho que arrumar umas quantas coisas…
- Sabes que não enganas ninguém, certo? – ri-se enquanto pega noutra fatia de pizza.

Estamos ambas da mesma maneira, todas amassadas da noitada da noite anterior.

- Já não temos idade para estas andanças ó Bia ! – diz a Rubi ao tentar levantar-se do sofá com alguma dificuldade – Nem sinto os meus pés!!
- Não me faças rir sua parva! Doí-me a barriga de tanto rir!!

O tempo ao lado da Rubi escapa-me entre os dedos. Não vejo as horas a passar e eu tenho que ir para casa me despachar para o encontro que terei com o Leonardo. Acontece-me sempre a mesma coisa quando uma pessoa está entretida é quando todos se lembram de me convidar para cafés. “Agora já vais tarde”, penso ao colocar de parte mais uma mensagem de um dos mil seguidores que tenho no Instagram.

Ao chegar a casa sento-me na cama, com as portas do roupeiro abertas e algumas gavetas do móvel igualmente abertas, demoro a seleccionar as roupas a serem vestidas. Atraso-me bastante, pois o CPU ainda só está a funcionar a cerca de 50%. Está a custar ao meu corpo a ficar desperto, com energia, pois iria precisar dela daqui a pouco.

O meu telemóvel vibra, uma mensagem do Leonardo.

“Aqui tens a morada querida. Não se atrase.”

Salto da cama ao tomar noção das horas, fiquei a marinar na maionese enquanto olhava para o infinito no meu roupeiro. Peguei nas minhas meias de liga e apertei-as ao meu cinto de ligas preto com uma renda acastanhada. Classe. Sutiã, levei antes um pequeno corpete com uma renda estilo bordado inglês. “Espero que esteja do seu agrado”, penso enquanto me observo ao espelho.

“E agora Maria Beatriz, o que vestes?”, repreendo-me mas rapidamente descubro a resposta:

“Vou apenas com a gabardine vestida!” 

Ao sair de casa, corro para o carro. Levo com uma rajada de vento que me deixa o pouco de pele que tenho exposta arrepiada. Um vento agradável para uma aventura destas.

A meio do caminho até à casa do Leonardo, como este vive perto de um pinhal comecei a apanhar nevoeiro a meio do caminho. “Raios partam também ao raio do pinhal”, reclamo ainda a meio caminho.

O carro estava quente, o GPS estava meio confuso porque não estava bem actualizado quanto à sinalização, por isso ainda andei feita barata tonta pelas ruas a desenvencilhar como chegaria ao meu destino.

Começo a tremer e não é de frio. Sinto que estou a ficar cada vez mais nervosa, no fundo estou apenas ansiosa por estar novamente com o Leonardo. Mesmo tendo noção de que esta pequena brincadeira nunca passaria disso, uma simples brincadeira, havia algo que me deslumbrou desde o inicio: a sua voz bastante marcante junto do meu ouvido. Eu queria aquela voz só para mim, mas eu tinha a perfeita noção que não seria assim.

“Carpe diem, bitch!”, penso.

Quando estaciono o carro envio-lhe uma mensagem.

“Cheguei. Abres a porta?”

Ao descer do carro levo com uma pequena rajada de vento, que me deixa deveras desconfortável, por isso corro atrapalhadamente, em cima dos meus novos Louis Vuitton, em direcção à porta do seu apartamento. Toco à campainha, sétimo andar. A porta abre-se pouco tempo depois.

Ao entrar no prédio reparo que não há sinal de existir algum elevador. “Bem temos que subir meninos”, penso enquanto olho para os meus pés.

Subo cada degrau tentando não fazer muito barulho para os vizinhos, coitados não tem que levar com o meu andar apressado nas escadas do prédio. Estou a meio do caminho quando penso que descalça ou até de ténis já estaria à sua porta à muito tempo. Mas esqueci essa ideia e relaxei o meu passo.
Quando chego ao último lance de escadas, vejo-o junto da sua porta a sorrir para mim. Quando começo a encaminhar-me na sua direcção este diz-me esboçando um sorriso de orelha a orelha:

- Olá desaparecida!
- Digo o mesmo de ti. – Digo enquanto o cumprimento com um beijo na face.

Ele faz questão que me dirija para a sala.

- Acendi a lareira pois lembrei-me que a senhora é friorenta.
- Sim, claro.
- Queres algo para beber, talvez um café?
- Bebes comigo?
- Não que já bebi o meu depois de jantar.
- Então passo, obrigada. – depois de um breve silencio entre os dois acrescento – Vamos ao que interessa?
- Ah! – diz em tom de surpresa – Mas quer já a sua prenda é?
- Quanto mais rápido nos despacharmos melhor para ambas as partes, não acha? Você tal como eu trabalha amanha de manha.
- Sim, com toda a certeza. Tem toda a razão. Então fique aqui sentada com os olhos fechados que eu já volto.
- Ok…

Durante algum tempo mantenho-me sentada com os olhos fechados à espera que algo me caia no colo, ou algo assim. Fico ali o tempo suficiente para ouvir quatro músicas do álbum de Frank Sinatra que ele colocou a ecoar ao longo da sua sala.

Gostei do toque da lareira “porque és friorenta”, lembrou-se; e gostei do toque do áudio, já tínhamos falados sobre o nosso gosto musical e até que se fundiam. Não sabia o que esperar daquela prenda surpresa, havia ainda tanto por descobrir sobre a personalidade do Leonardo. Era a minha pequena caixa de Pandora.

- Podes abrir. – diz-me.

Ao abrir os olhos, olhei primeiramente para a sua expressão facial, um sorriso deliciosamente matreiro e brincalhão, agarrado a um saco com as calças abertas. Riu-me que nem uma perdida.

- Porque te ris? Ainda não abriste a tua prenda.
- Desculpa, totalmente inesperado.
- Por isso é que se chama presente. - responde-me rapidamente.

Puxo o grande saco verde de entre as suas pernas, para vir a descobrir um grande pénis ereto e já um pouco excitado por me ver pois já conseguia ver uma pequena gota a escapar do seu topo.

- Só para mim?
- Para si.

Não fui de rodeios. Dei-lhe uma boa lambidela até que o coloquei dentro da minha boca, já sentia saudades daquele enorme mastro dentro da minha boca. Queria sentir o seu néctar novamente, depois de alguns meses a seco finalmente alguma retoma.

Silencioso, como da outra vez, nada se alterou. Pouco me toca ao longo do corpo, até que começo a aumentar o vigor das minhas investidas. Quero fazê-lo gritar, mas já vi que não vou conseguir tal feito.

O seu desejo era tanto que duro pouco tempo. A minha língua enrolava e desenrolava-se à volta do seu grandíssimo pénis. Queria senti-lo dentro de mim. Ainda com a roupa vestida, começo a sentir algum calor derivado da excitação. Gosto do que faço e do que estou a comer nesta altura.

Quando se agarra aos meus cabelos e chama pelo meu nome, numa forma de eu estar atenta pois está prestes a atingir o clímax. Começo a aumentar a intensidade dos estímulos que lhe dou. Agarra com força nos meus cabelos e puxa-os com robustez quando o engulo todo de uma única vez. Devoro a minha prenda. Quero-a toda, só para mim. Lambuzo o seu pénis tendo-o todo dentro da minha boca, o Leonardo deixa escapar um tímido “Beatriz”, e eu continuo até ao fundo, bem fundo enquanto estimulo os seus testículos com a ponta dos meus dedos. Finalmente sinto o seu néctar a escorrer pela minha garganta abaixo.

Seguro no seu pénis maciço e continuo a chupa-lo enquanto olho nos olhos do Leonardo, mas este esquiva o seu olhar do meu. Termino de o estimular e questiono-o :

- Vamos ao que interessa, ou queres ir fumar um cigarro?
- Leste-me os pensamentos.
- A sério?!

Levanta-se e vai não sei a onde buscar a sua onça de tabaco, com o pacote de mortalhas e um filtro no canto da boca. Ao entrar novamente dentro da sala dá comigo deitada no sofá, apenas retirei a gabardine. Fica parado perto da porta da sala a olhar para mim.

- O que foi?
- Onde está a tua roupa?
- Não querias fumar? Fuma descansado.
- Que se foda o tabaco! – diz enquanto atira a onça de tabaco para cima da mesa e muito rapidamente se coloca em cima de mim.

Sentir o seu tronco quente e nu contra a minha pele fria e desprotegida, o meu corpo estremece. Estava ansiosa por um toque. As suas mãos sãos grandes e possessivas, mas tão macias um toque que não deixa ninguém indiferente.

Retira-me cuidadosamente cada peça de roupa, tendo apenas ficado as meias e os sapatos colocados. Beija cada recanto do meu corpo, beijos perfeitamente colocados sobre a minha pele. Chupa cada mamilo com cuidado e de forma carinhosa, a forma como me toca, deixa-me encantada. O seu toque, o seu tão antecipado toque.

AssombrosoImprevisto 5

Se os silêncios valem a pena…? Bem, vindo dele estou a gostar dos silêncios, apenas não gosto é da distância que é colocada entre os nossos corpos que estão demasiado extasiados com a visão que lhes é proporcionada.

Ao sentir a primeira penetração, cravo-lhe os dentes no ombro direito. Agarro-me aos seus cabelos. Sinto-me cheia, completa novamente. Como ele me preenche por completo. Tento praticar sexo anal, mas ele não é fã de tais andanças.

Novamente, não sei o que se passou em duas tentativas de uma boa fornicação, o homem ejaculou rápido demais mesmo tendo desta vez preservativos adequados para o seu magnânimo pénis.

O seu pénis, foi algo, assim como que, de extraordinário Ter-me cruzado com ele foi uma sorte, uma sorte daquelas que não se tem todos os dias.
O sexo com o Leonardo foi algo fora do normal, pois fui finalmente preenchida e satisfeita, acariciada e tida como uma mulher deve ser possuída, por muito rápido que seja esse preenchimento.

O seu toque, o seu pénis, a sua voz… atormentam os meus sonhos, pois agora procurarei algo igual, ou quase idêntico.

Porque tu, Leonardo, és um num milhão.

Alexa

Alexa

Uma mulher com imaginação para dar e vender.
Sempre gostei de escrever, mas coisas eróticas... isso gosto mais. Levar um homem à loucura através de palavras e da sua própria imaginação. Como adoro...

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