18 Mayo, 2024 Coração ou Cérebro?

Eventos traumáticos deixam marcas irreparáveis tanto a nível emocional como físico.

Sempre se ouviu que a preocupação das pessoas é o coração e o medo de morrerem por causa do coração. Mas, para além do coração, há quem comece a ter problemas de estômago, como refluxo gástrico, problemas de ossos, dores de cabeça, fadiga, esquecimentos e afins.

Vai-se ao estomatologista e ele receita o medicamento, vai-se ao médico dos ossos e ele receita o medicamento, vai-se a qualquer médico e eles acabam sempre por receitar os medicamentos. Começa-se a sobrecarregar o fígado com tanta medicação que é, por vezes, necessária por causa das dores e porque se fica com incapacidade de lidar com o dia a dia.

Muitas destas coisas têm a ver com a nossa alimentação, com vícios que temos como o tabaco, com desporto mal realizado. Mas, na minha opinião, é porque tomo consciência do TEMPO. Penso que muitas destas coisas vêm devido ao que pensamos, sentimos, e aos eventos que ocorrem na nossa vida.

Basta comparar as ocorrências físicas com as ocorrências de stress provocado em si. Se refletir sobre isso, vai ver que os problemas de saúde começam quando ocorrem eventos traumáticos na vida.

Já disse, muitas vezes, que o cérebro é preguiçoso e quando se depara com uma grande carga de stress, faz curto-circuito e esse curto-circuito espalha-se pelo corpo. Eventos traumáticos são poderosos e deixam marcas irreparáveis tanto a nível emocional como físico.

Muitas pessoas, pedem desculpa quando choram. Ainda não entendi muito bem o porquê de pedirem desculpa, ou aliás, nunca cheguei mesmo a entender! Acho até ridículo pedir desculpa quando se chora, pois seria perfeito que por cada stress, ou por cada evento traumático, a pessoa chorasse.

Se as pessoas chorarem, não terão grandes danos emocionais ou físicos, pois estão a libertar as emoções através deste privilégio que temos que é a capacidade de chorar. Se existe é por alguma razão!

Adultos vindos de infâncias de violência ou abuso, vistos ou sentidos na pele, têm imensa dificuldade em chorar quando passam por algo grave na vida. Tiveram de ser adultas muito depressa, fortalecer muito depressa. Depois, em adultas, têm imensa dificuldade de chorar porque o que ficou com elas foi a sensação de: “tenho que resolver isto ou aquilo agora”.

Como tal, vivem com a sensação de falta de tempo e de que não podem parar para chorar, porque não querem sentir a impotência do passado.

É a velha história:

Se eu ganhar muito dinheiro, então...
Se eu for a melhor, então...
Se eu tirar as melhores notas, então...
Se eu ajudar a minha família, mesmo deixando de ter para comer, então...
Se eu for a mais bonita, então...
Se eu for a melhor na cama, então...
Se eu for a dona de casa perfeita, então...
Se eu agradar aos outros, então...
Se eu amar muito, então...

Olhem, então nada! O então é uma grande merda!

O então faz com que as pessoas andem uma vida toda em stress e quando acontecem eventos traumáticos, o cérebro não aguenta porque é demais!

O melhor mesmo é dizer: Então, que se foda! Às vezes, é o melhor!

A verdade é que há pessoas e situações que não nos merecem. E é que por causa do ENTÃO que essas pessoas tentam aproveitar-se das outras, porque conseguem ver a urgência delas em não sentirem desconforto ou impotência. Também conseguem ver a urgência de se querer ser amado, valorizado, e acabam a dizer as coisas que se quer ouvir.

A solução para isto parece fácil, mas não é...

Cuidar de nós, dizer “então” para nós mesmos. Termos a capacidade de nos valorizar e amar. Quando isto acontecer, não mais precisamos da aprovação dos outros – dos vampiros emocionais que vêm, claramente, esta urgência que se tem em resolver, solucionar, agir, para que, finalmente, alguém valorize ou ame...

Esqueçam!

Os vampiros emocionais não mudam! Muito menos te vão valorizar, pois a única coisa que valorizam são eles próprios - e mais, caso não sucedam na ajuda prestada, irão te cobrar por isso! Sociopatas, escumalha terrestre.

Indignos como seres humanos, que só existem para se aproveitarem de outros. Por isso, o melhor mesmo é proteger o cérebro destas coisas e destas pessoas - para se poder ter mais saúde, ou até mesmo melhorar a nível de saúde.

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