01 Septiembre, 2019 Sofia, a boca divina!
Ainda bato punhos a pensar nesta boca...
Há duas coisas que nunca se esquece: um tasco onde se serve um excelente cozido à portuguesa e uma tasqueira que faça um excelente broche. Até hoje, continua no topo. Santa boquinha.
Amen.
Eu sou fã de broches. Ponto.
Eu estou a um broche de excelência de abrir uma página do Facebook chamada “Fãs do Broche - Página Oficial”.
Mas haverá sempre aquele, certo? Não um broche mas O BROCHE. Aquele broche que ouves anjos a tocar harpa quando pensas nele. Aquele broche que consegue fazer o Trumps inteiro corar de inveja. Aquele broche que até tens medo de lhe tocar na cabeça para não a atrapalhar. Esse broche.
O meu primeiro broche (que me fizeram, ainda está para vir o primeiro que faça!), foi aos 15 anos. Coitada, a moça bem tentou mas parecia que tinha um crocodilo com escorbuto a tentar mamar-me no caralho e, se bem que nada foi traumatizante, não me conquistou de imediato. Sim era giro ter uma boca na piça, mas o que eu gostava mesmo era de o meter em sítios mais a sul de onde ela metia comida.
E assim continuei por uma sucessão ininterrupta de amadoras de suga-tolas, uma linhagem de bocas noviças que chupavam piças mas que nada aprendiam nessas missas.
Até um dia. Julgo que foi aos meus 21 que tive o vislumbre oral do que era o céu-sexual através de um boca marota de uma estudante de enfermagem de 19 anos. Aliás, o nosso primeiro broche ocorreu antes do primeiro beijo, por isso podem tirar logo daqui uma ideia de como a menina era dedicada à arte.
Foi na parte de trás de um Renault Clio que eu conversei com Deus a primeira vez como um boneco ventríloquo, em que a locutora me controlava através do mamanço perfeito.
Quando a vi a morder o lábio e a desapertar-me a breguilha não antevia o que ali vinha mas assim que a menina colocou a boca no menino eu juro que ouvi cores e vi sons. Tudo era perfeito: a colocação da boca e dos lábios, o movimento de rosca da mão, a língua de réptil, aquele gemido abafado de prazer de quem está com uma cascata entre as pernas e o som de gag e slurp em a fazer de banda sonora, sincopados com os meus “oh foda-se!”.
Aquilo não era um bico, aquilo era a Capela Cistina do sexo oral.
Mas o melhor estava para o fim. Chamem-me de novato mas, até esse dia, nunca me tinha vindo na boca de uma gaja e justamente quando eu sinto aquela jorrada de leite ordenhado por aquela vaca sagrada, a menina acelera o movimento (quase que preveu) e fez o especial favor de levar uma esporradela monumental na garganta sem parar de o mamar em nenhuma altura.
Eu estava esgotado e ela fresca. Limpa os lábios num movimento elegante e único e senta-se de novo no banco.
Estava abroichanado por ela. Foi paixão à primeira esporradela, meus amigos.
Ainda namorámos uns tempos mas era injusto eu privar o mundo desta boca enviada por Deus para satisfazer o Homem.
Se me estás a ler… serás sempre a número 1, boca de algodão.
E tu, tens uma boca de algodão?
Bons bicos e até quarta.
Noé
Noé
Trintão miúdo de coração ao pé da boca. Perdido em fantasias concretizadas e concretizáveis apenas preso por amarras do anonimato. Relatos passados de opinião libertina é um santo pecador por excelência.