07 Octubre, 2015 Sexo virtual
Escrito por quem faz para quem quer fazer.
Dicas para iniciantes e curiosos, sugestões para quem já o faz ou apenas o confirmar que já o fazes como deve de ser.
Em toda a tecnologia que nos surge, o Homem (e mais concretamente, o homem) consegue lhe dar um uso para o chavascal. Telemóveis, computadores, smartphones, pagers e outras coisas com botões, são completamente desvirtuados do seu propósito inicial desde o primeiro dia que alguém ficou com ele teso de enviar/receber alguma coisa.
O cibersexo (ou cybersex se preferirem) já tem alguma história e não é supresa porque a Internet já cá anda à algum tempo. Já todos nalguma altura da nossa vida trocámos algumas palavras mais acesas com outra pessoa: homem, mulher, amante, desamante, amiga da namorada… eu sei lá. Todas menos a nossa esposa/namorada, porque sejamos honestos, ninguém tem sexo virtual com alguém que vê a cortar as unhas no sofá da sala. O cibersexo tem duas vertentes: a escrita e a visual. Podem ser usadas stand-alone ou em combo, mas cada um deverá a sua escolha às suas próprias capacidades e caracteristicas individuais. Da mesma forma que se fores um cepo a escrever tomarás mais a iniciativa pelo lado visual (webcam), no caso de teres uma cara parecida com o cu de um camelo, as palavras vão embelezar o que Deus não conseguiu.
Má ortografia é o equivalente literário a impotência digital. E seja qual for a abordagem escolhida, o contacto inicial será quase sempre escrito via chat ou que raio de merda vocês usam. Por isso, muito cuidado nas palavrinhas e nada de exageros a querer impressionar a outra pessoa pois estão ali é para se virem à conta de outrém e não para cursarem em Linguística Avançada. Uma recomendação que faço é aplicarem o mesmo bom senso da vida real ao digital. O que isto significa em termos práticos é que também a outra pessoa precisa de ter um pouco de foreplay através das palavras, e entradas “a pés juntos” ao fim de dois minutos de conversa tem o mesmo resultado do que numa conversa frente a frente.
- “Oi tudo bem?”
- “Mete-o toda na boca e toca-te ao mesmo tempo!”
Percebem o que quero dizer? Bom senso. Faz bem em tudo na vida.
Outro erro bastante comum é o envio precoce de imagens da gaita. Sim, tens um caralhão impressionante e queres enviar para a menina ficar a morder o lábio e a escorrer pelas pernas. Tem calma, Rocco. Atento ao que disse antes: BOM SENSO. Achas que numa conversa frente a frente ao sacares do nabo de repente, a coisa vai correr bem? Corre em 0,99% dos casos. Queres brincar com estatísticas? Eu não, porque chumbei a matemática.
Tenta que seja ela a primeira a enviar uma pic do que quer que seja. Mamas, rabo ou o item mais desejado: a rata. Depois de aberta a caixa de Pandora, é o vale tudo digital e é um vai vem de fotos da tua gaita em zoom (para parecer maior) e da rata dela (que previamente tirou porque a menina faz isto mais vezes do que julgas).
Tudo isto assenta muito no poder de sugestão que cada um consegue imprimir no que diz um ao outro e também a gestão do tempo escasso que há para ficar a conhecer a psique sexual da outra pessoa. Cada mulher tem um canal de comunicação sexual único e cabe-te a ti decifrá-lo nas entrelinhas entre cada palavra e frase que a mesma diga nesse sentido. Procura sempre direccionar a conversa para onde queres, sem nunca dar a entender o que realmente queres. Ela sabe porque não é parva, mas nenhuma mulher gosta de ser tomada como garantida nestas merdas e é tua função teres o minimo de respeito por quem está prestes a deixar-te ver meter os dedos no clítoris.
O sexo virtual com recurso a webcams não tem muito que se lhe diga. Pode ser o next step após uma conversa que tenha corrido bem e pouco há a dizer. Se te sentires com à vontade para tal, vai em frente. Agora se mandaste à menina uma foto de abdominais definidos e ela se depara com o Fernando Mendes prepara-te para ser enxovalhado e desconectado em segundos e não é porque ela te achou repulsivo (ok pode ser também): mentiste.
Muita atenção também aos ritmos de cada um. Uma mulher precisa de ser principalmente excitada na mente (tal como na vida real) e necessita de ser solta por ti. Tu podes já estar com o nabo na mão desde o primeiro “lol” mas ela não. Calma. Esgalha uma para te acalmares se for preciso mas não desistas. Novamente vou repetir: bom senso.
Acredita que não há nada mais bonito que ouvir uma mulher te dizer que a fizeste vir só pelo poder da sugestão e isso dá-me um tesão do caralho. E há que ser gentleman: elas primeiro e eu a seguir.
Boas fodas virtuais.
Noé
Trintão miúdo de coração ao pé da boca. Perdido em fantasias concretizadas e concretizáveis apenas preso por amarras do anonimato. Relatos passados de opinião libertina é um santo pecador por excelência.