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05 Julio, 2024 Mentes Conectadas: Encontro com uma trabalhadora do sexo

Continuamos a falar de medo de rejeição e dor emocional.

Como prometido, cá estou para dar as últimas respostas a um caro leitor que me escreveu e com quem troquei algumas ideias. Sem esperar mais, vamos então rever mais uns pontos...Mentes Conectadas: Medo da rejeição e autossabotagem

Mentes Conectadas: Encontro com uma trabalhadora do sexo

Ora, o leitor com quem partilhei algumas ideias neste artigo, continuou a nossa "conversa" com outra anotação que é a seguinte:

"... Também sou muito controlado pelos meus pais…".

Aqui está algo que deveríamos explorar. O que quer dizer com muito controlado pelos seus pais? Escreveu isso, mas avançou, como "toca e foge", e, possivelmente, poder-se-ia descobrir um monte de coisas que poderão justificar o presente, o comportamento, o pensamento.

Curiosamente, logo a seguir escreve isto:

"Falou-me da dificuldade em arriscar e de que a perfeição "não existe", nem "pessoas perfeitas". Concordo consigo num ponto dessa frase. Acho que tenho dificuldades para arriscar porque quando me deparo com uma situação inesperada, ou meio que nova, normalmente, penso em todas as possíveis consequências e cenários que as minhas palavras, ou ações, podem desencadear, e ainda levo o meu tempo para isso."

É aqui que está o gato!

Que controlo é este e de que forma acontece de que cada vez que se depara com algo novo, em que pensa nas suas ações, palavras, como se daí pudesse vir um castigo?

Uma das maravilhas da terapia é que o ser humano aborda temas que o magoam de forma “toca e foge”. Mas, depois, acaba por dizer de uma outra forma o que realmente aconteceu para que hoje, no presente, reaja da forma como reage.

Daqui vem o perfecionismo e a exigência que tem para consigo mesmo, como se estivesse sempre a ser avaliado, pois, possivelmente, foi algo que aprendeu em criança. Agora, na vida adulta, terá de olhar bem para isso, para poder compreender e ir alterando as coisas.

Eu penso que quando lê o que lhe escrevo, o sente como uma rejeição, como um castigo que lhe estou a dar, MAS NÃO! O que mais quero é ajudá-lo a sentir-se bem, livre, otimista.

Não olhe para a mensageira que sou, mas sim para a mensagem que estou a tentar transmitir-lhe.

Agora, vamos abordar uma parte do seu encontro com uma trabalhadora do sexo, conforme conta assim:

“Fiquei mais uma hora com ela só a conversar. Ela contou-me um pouco da sua história e das semelhanças comigo, o seu nome verdadeiro, propôs-se a manter contacto comigo para combinarmos sair (passear) e procurar ajuda para mim e para ela.”

A minha pergunta é: é realmente isto que você quer? É realmente começar uma relação com alguém que tem problemas semelhantes aos seus, ou seja, a mesma dor emocional?

Isto faz-me lembrar dois adictos que, depois da “moca”, no vosso caso, o sexo, estão no bairro de uso e dizem um para o outro: amanhã vamos curar-nos!

Temos os mesmos problemas e vamos ajudar-nos mutuamente e vai ser lindo! Assim, nem temos de mudar muito, pois tu já tens os mesmos problemas que eu, por isso vais entender.

Mais adiante escreve:

“Antes de vir embora, disse-lhe que gostava de ter uma namorada, e não pedia mais do que alguém como ela. Ela respondeu-me que se romper com o namorado, talvez me dê essa oportunidade.”

Set up to fail again all over!

Então, você quer ter uma relação com alguém que tem os mesmos problemas que você e que também tem namorado?

Consegue entender que isto é tratar-se mal? Consegue entender que esta será mais uma justificação para ir buscar dor emocional para si mesmo, e para poder, no final, concluir QUE NÃO VALE A PENA porque é sempre a mesma coisa, e nada dá certo?!

Meu querido, você está a escolher pessoas que não estão emocionalmente disponíveis para lhe mostrar um novo modo de vida - uma vida mais leve, sem cicatrizes.

Diz que vão os dois procurar ajuda, mas eis o que escreve a seguir:

“Imaginemos que, por uma vez na vida, tenha sorte e que consigo algo como isso, o que é que faço? O que é suposto fazer e dizer? Como dizer-lhe que quero que ela deixe essa vida sem parecer controlador?”

Imaginemos que, em vez de a querer salvar a ela para não olhar para si, decide começar por si e salvar-se a si mesmo primeiro?

Esta é que é a pergunta e não se vai soar, ou não, controlador.

Trouxe “para cima da mesa” muito material. De facto, o seu email é lindíssimo, pois está rico em informação acerca de si. Informação essa que estou a descodificar e onde você pode refletir, COM CALMA, sem reagir de imediato.

É só tirar os algodões dos ouvidos e meter na boca :)

Leia com atenção. Se não entender onde eu quero chegar, releia, colabore comigo, pois juntos iremos a algum lado. Será um lado melhor do que aquele em que se encontra neste momento.

Eu não estou contra si. Eu quero mesmo ajudá-lo a ver as coisas de uma outra forma, e a única forma que existe para isso acontecer é desmontar pensamentos, emoções, que são crenças enraizadas e erradas que o estão a levar a muita dor emocional.

No próximo artigo, respondo-lhe à terceira parte. Até lá, foque-se na mensagem e reveja o padrão de comportamento vicioso.

Abraços.

--

Até à próxima - Mentes Conectadas X

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