02 Febrero, 2015 Feederism: o prazer da comida e da gordura a todo o custo
Fetiche centra prazer no acto de engordar, mesmo que isso possa matar...
O Feederism é um termo inglês que tem origem na palavra Feeder, isto é, o Alimentador. Ora, o Feeder tem prazer em dar de comer a alguém, em ver o outro a comer e a engordar. No outro lado desta relação fetichista existe o Feedee, ou O Alimentado, que, por seu turno, tem prazer em comer e em engordar, em ganhar cada vez mais peso, sem limites...
O Feeder ou a Alimentador
O Feeder tem prazer em alimentar o outro, em servir comida, em tentar o apetite do Alimentado. Por isso, também é conhecido por O engordador ou O tentador, já que faz de tudo para engordar o/a parceiro(a).
Nos casos mais extremos, pode coagir a pessoa a ingerir comida, para crescer mais e mais, até ao ponto de ficar imobilizada na cama e completamente dependente do Feeder.
O Feeder, por seu lado, não engorda, pois não tem o prazer de comer, nem do "stuffing" (o empanturrar de comida). Nalgumas situações, chega até a frequentar o ginásio e a manter uma rigorosa dieta alimentar, para não engordar, embora aprecie a gordura no objecto de desejo.
São habitualmente homens, enquanto as mulheres tendem a ser Feedees, ou seja, Alimentadas.
A Feedee ou a Alimentada
A Feedee come pelo prazer de comer e pelo desejo inconsolável de engordar, sendo também apelidada de A tentada ou A gulosa.
Para quem aprecia esta tara incomum, que não entra na lista dos fetiches sexuais mais comuns, a excitação sexual está sempre associada à comida e à ingestão de quantidades obscenas de alimentos.
O acto de ser alimentada pelo Feeder é particularmente excitante. E ser forçada a ingerir quantidades crescentes de comida dá-lhe prazer, não sendo visto como um sacrifício, pois há o constante desejo de sentir a carne a inchar e a crescer. Quanto mais gordura, mais felicidade!
Tarados por comida
È pertinente notar que há Feeders e Feedees tanto em relações heterossexuais como em relações homossexuais, embora os Alimentadores tendam a ser homens e os Alimentados mulheres.
Estas relações focam-se nos alimentos como ponto de toque de prazer, podendo falar-se num processo de alimentação mútua - o Feeder alimenta a Feedee com comida, e a Feedee alimenta o Feeder com prazer, excitação.
É um fetiche que, pelas suas características únicas, cria uma grande coesão e cumplicidade nos casais onde se verifica.
Feederism pode levar a situações de obesidade fatal
No caso relatado nestes vídeos, o casal envolvido decidiu não ultrapassar a barreira dos 115 quilos de peso, para não pôr a saúde da Alimentada em causa.
Mas há quem não consiga ou não queira pôr um travão desse género, levando o fetiche a extremos tais que os Alimentados podem atingir 300 ou mais quilos, ficando absolutamente imobilizados na cama e totalmente dependentes do Alimentador.
Geralmente, o Feeder coage ou obriga a outra pessoa a comer sucessivamente e cada vez mais para que ganhe mais peso. Há situações em que os Feeders levam os parceiros a situações de obesidade tal que estes se vêem atirados para uma cama, completamente incapacitados pelo excesso de peso.
O "Alimentador" sente, então, o auge do seu prazer, quando a pessoa precisa dele para tudo.
Não está difícil de ver que se trata de uma prática com contornos muito perigosos. o problema da obesidade não é uma questão menor e, nestas situações extremas, pode tornar-se fatal para as Alimentadas.
Tammy pesa mais de 100 quilos, mas ainda quer engordar
O caso de Tammy Jung, de 23 anos, e de Johan Uberman, de 28 anos, é uma dessas situações que se arrisca a chegar a esse ponto fatal. Este Feeder faz tudo para que a sua namorada engorde e ela pesa-se todos os dias para verificar quanto é que engordou. E, se porventura perde peso, trata logo de o repôr, ingerindo mais comida, nem que tenha que o fazer por um funil até o seu estômago lhe doer, por estar tão cheio.
Tammy Jung chegou a pesar 52 quilos quando era adolescente, agora tem mais de 100, o que deixa preocupados os seus amigos e o médico que a segue. Mas nada vai mudar o seu objectivo de continuar a engordar, garante ela.
Ela publica com orgulho fotos suas que revelam as figuras mais elegantes que tinha, antes de engordar tão dramaticamente.
"Não sinto que esteja a sacrificar a minha juventude, sinto que estou a melhorar a minha vida", diz Tammy Jung que se chama a si própria, com orgulho, "porquinha gorda".
Gina Maria
Jornalista de formação e escritora por paixão, escreve sobre sexualidade, Trabalho Sexual e questões ligadas à realidade de profissionais do sexo.
"Uma pessoa só tem o direito de olhar outra de cima para baixo para a ajudar a levantar-se." [versão de citação de Gabriel García Márquez]
+ ginamariaxxx@gmail.com (vendas e propostas sexuais dispensam-se, por favor! Opiniões, críticas construtivas e sugestões são sempre bem-vindas)