05 Marzo, 2016 Circuncisão ou não circuncisão?

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A circuncisão já foi quase obrigatória. Actualmente, é vista como solução essencialmente estética. Circuncisar ou não? Conta-nos o que pensas, partilha o teu prepúcio cortado ou intacto e descobre benefícios e desvantagens de ir à faca...

A circuncisão já foi uma prática cultural, associada a certos rituais religiosos. E também já foi procedimento médico quase obrigatório.

Actualmente, é vista essencialmente como uma cirurgia estética e só é perscrita em casos relacionados com problemas localizados, nomeadamente no prepúcio ou na glande do pénis.

Nas crianças, este procedimento de cortar o prepúcio, a pele que recobre a glande ou a cabeça do pénis, é praticamente indolor, segundo os médicos, e a cicatrização pode ocorrer do dia para a noite.

Já nos adultos, a circuncisão exige anestesia e pontos, além de abstinência de sexo durante cerca de 7 dias, revelando-se uma cirurgia mais complicada.

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Movimento pela restauração do prepúcio

Recentemente, foi nos EUA criado um movimento em prol das pirocas cobertas, como deus as faz nascer.

Esta onda pela restauração da pele cortada na infância assemelha a circuncisão ao processo da mutilação genital feminina - embora, em termos físicos, sejam coisas muito diferentes -, alegando que está em causa uma violação da sua masculinidade.

E até há quem recorra a uma espécie de tortura, com estranhos artefactos e muitos esticamentos (nada bonitos para pessoas mais sensíveis!), nesse desiderato de restauração da pele cortada.

Vantagens da circuncisão

Reduz risco de contrair o VIH

De acordo com dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), um pénis circuncisado tem menos 60% de hipóteses de contrair SIDA - Vírus da Imunodeficiência Humana. Assim, a OMS recomenda o procedimento, mas avisa que não é uma espécie de preservativo natural, não devendo substituí-lo, até porque os riscos para as mulheres prosseguem, independentemente da circuncisão ou não.

Combate cancro do pénis

Há vários dados que ndicam que a circuncisão ajuda a combater o cancro do pénis. Esta forma rara de cancro não se verificará em homens circuncisados.

Ajuda a prevenir ISTs

Um estudo recente aponta a circuncisão como uma forma de prevenir o aparecimento de infeções sexualmente transmissíveis, partindo da ideia de que o prepúcio funciona como um tipo de reservatório para os vírus, potenciando assim o aparecimento de ISTs.

Diminui risco de infecções urinárias

Dados clínicos revelam que a circuncisão diminui drasticamente o aparecimento de infecções bacterianas, isto porque o prepúcio é um espaço privilegiado para alojar bactérias que acabam por proliferar para a uretra.

Melhora fertilidade

Em casos concretos de doenças como a fimose (um prepúcio demasiado apertado) ou a balanite (inflamação e vermelhidão da glande), a circuncisão pode ajudar a melhorar a fertilidade dos homens.

Desvantagens da circuncisão

Reduz sensibilidade do pénis

Há dados que indicam que os homens alvo de circuncisão têm menor sensibilidade no pénis e orgasmos menos intensos. Isto acontecerá porque a ausência da pele do prepúcio, que protege a glande do contacto com elementos externos, deixa a cabeça do pénis mais exposta a atritos, acabando por ressecar e tornar-se menos sensível.

Pós-operatório doloroso

Na idade adulta, a cicatrização de uma circuncisão não é agradável e pode acarretar dores, nomeadamente durante as erecções nocturnas.

Risco de complicações

A maioria das cirurgias de circuncisão ocorrem sem problemas, quando são feitas por profissionais qualificados e experimentados. Mas há sempre riscos envolvidos, particularmente a possibilidade de ocorrerem infecções da pele e sangramentos. Nos piores casos, pode ocorrer a amputação da glande, gangrena e lesões da uretra.

Problemas de auto-estima

A cicatrização ou o corte feito durante a circuncisão pode acabar por não ter o efeito desejado, verificando-se aquilo que se poderão chamar ligeiras imperfeições na aparência do pénis. Isto pode criar problemas de auto-estima que prejudicam a vida sexual.

Saúde & Vida Sexual