18 Diciembre, 2020 Jantar de Natal da Empresa

Mais um ano mais um jantar!

Com o Covid tudo passou a ser restrito, mas ainda assim possível de realizar. Restaurante fechado para a empresa, mesas de quatro pessoas, regras cumpridas. Mas a essência mantém-se, um jantar animado com o famoso amigo oculto, regado a aperitivos, muita sangria e digestivos, um karaoke de morrer e muita animação.

Apesar de todos os perigos, o corpo grita por momentos de descontração e ilusória normalidade.

E claro, não poderiam faltar os desvaneios típicos destes jantares!

Já tinha reparado que um dos meus colegas cantava a cantiga do bandido a uma das meninas. Já durava há alguns meses e ele não primava pela descrição. A cumplicidade entre os dois era visível até para um cego, mas ambos têm relacionamentos estáveis fora do trabalho. Por isso, sempre achei que não passava de um jogo.

No jantar, estiveram sempre juntos. O álcool ajudava a desinibição. Apercebi-me disso logo a meio da noite, mas depois acabei por me deixar levar pelo meio ambiente e deixei de os ver. Achei mesmo que não passaria de mais um momento de sedução entre os dois.

A noite estava longa e eu abusei da bebida. Não queria que os meus chefes percebessem e fui usar o truque mais antigo: vomitar, beber uma água e um café e fui ao WC pôr-me fina. Mas a cabeça a andar à roda fez-me aterrar na sanita. Estava quase a adormecer quando ouço os gemidos, despertei logo, encostei a cabeça à parede, fechei os olhos e deixei-me levar pelos sons...

Pus a mão dentro das cuecas húmidas, esfreguei o clitóris, ligeiramente e depois mais freneticamente, introduzi um dedo, dois dedos e fui-me deixando levar por aquilo que ouvia até me esporrar em simultâneo.

Não contive a minha curiosidade e espreitei por baixo da porta para ver quem seria. As minhas suspeitas confirmavam-se: o casalinho deixou-se levar pela sedução e deu uma valente foda, mantendo assim a tradição de traição nos célebres jantares de Natal. Claro, culpa do álcool, ignorando os meses de sedução que anteviram o jantar.

Fiquei mais alguns minutos no WC a recompor-me, lavei a cara, retoquei a maquilhagem, ajeitei a roupa e dirigi-me à sala.

No bar estava sentado o meu colega, não resisti, sentei-me do seu lado, pedi a minha água e o meu café e disse-lhe a sorrir: