11 Octubre, 2018 Porque comi a minha sogra…
Nunca gostei dela. Aliás, sempre a detestei…
Sou o primeiro a admitir que tudo isto é estranho. Afinal, como pode alguém que nos suscita tanto asco dar-nos, ao mesmo tempo, tanta tesão? Na verdade, é muito simples.
Nunca gostei dela. Aliás, sempre a detestei…
Não é tanto o facto de ser religiosa, uma daquelas beatas que não dispensam a missa uma vez ao dia e no fim ficam a lamber os tomates ao padre... É a forma como se arma em superior, como se possuísse uma procuração do próprio criador para dar lições de moral ao mundo inteiro.
Quem a ouvir falar pensará estar na presença de uma virgem-santa, a única criatura que em dois mil anos de História nunca pecou e que, por isso, está autorizada pelas leis do céu a atirar a primeira pedra. A primeira e as outras todas, porque para ela todos os seres viventes neste mundo são pecadores sem remédio, merecedores dos piores castigos mundanos ou infernais. Claro, todos menos ela, que é quem na verdade inferniza a vida de toda a gente…
Em 15 anos, o tempo que eu e a minha mulher levamos de casados, nunca olhou para mim de frente. Só de lado e sempre com o ar crítico de uma rata velha de sacristia. A sua comunicação comigo resumia-se a lançar insinuações para o ar ou deixá-las cair como quem não quer a coisa. Era assim, como quem espalha um vírus, que libertava o seu veneno, sempre e quando a minha mulher estivesse presente, para lhe fazer notar os meus defeitos como marido: o facto de não termos filhos, de continuar a sair à noite com os amigos, de ainda jogar computador e todo um rol de outros delitos incompatíveis com o santo matrimónio.
Até que um dia tudo isso mudou. Como que por obra e graça do espírito santo, esta criatura seca e estéril, este anjo impotente de vão de escada, esta carcaça importada dos tempos da Santa Inquisição, transformou-se na mais melosa das pastorinhas, na noviça caridosa que saltita cantarolando pelas colinas verdejantes da Música no Coração…
O que provocou tal milagre?, perguntam vocês. Bem, só há no universo uma entidade capaz de operar tamanha transformação:
– O santo padroeiro das “calças perdidas”, mais conhecido por São Caralho Enfiado até aos Tomates!
Como certamente já perceberam, a megera virtuosa que vos estou a descrever, esta “Santa-Puta” como agora lhe chamo, é a minha sogra. Passámos 15 anos a odiar-nos mutuamente mas, agora que provou carne, não me tira as mãos de cima. Assim que a minha mulher – e sua única filha – sai de casa por qualquer motivo, começa logo a bandear as nalgas e a comer-me com os olhos o chumaço das calças, como quem pergunta:
– Então, fodes-me?
Não chega a dizê-lo, mas morde o lábio como uma debutante e deixa escapar uns suspiros que dizem tudo. E eu, que continuo a detestá-la apesar de tudo, mal ouço esses suspiros transformo-me num vulcão fressureiro que só se extingue quando lhe arranco as cuecas à bruta, lhe dou umas estocadas de pica-pau epiléptico e lhe despejo um mar de lava fervida cu acima ou goela abaixo.
Sou o primeiro a admitir que tudo isto é estranho. Afinal, como pode alguém que nos suscita tanto asco dar-nos, ao mesmo tempo, tanta tesão?
Na verdade é muito simples: é tão só um caso aplicado da chamada “tusa do ódio”! Qualquer homem que tenha uma sogra – e a mesma não seja um sapatão – sabe do que eu estou a falar...
O ódio puro – e duro – é o maior catalisador do fetiche masculino por esta população específica de cona. Porque, como homens que somos, possuímos a capacidade ímpar de canalizar toda e qualquer emoção em energia sexual. E as sogras, ao interferirem na nossa vida, despertam os nossos instintos mais primários e ferozes. A partir daí a equação parece-nos óbvia: no paroxismo do ódio, a única vingança razoável é fodê-las!
Uma foda proibida, neste caso, sacrílega, uma vez que se trata da mãe da nossa mais que tudo... Mas essa transgressão faz ferver ainda mais o sangue da besta em que as sogras nos conseguem transformar. É por isso que, quando pensamos em foder a sogra, a ideia só nos faz sentido “à bruta”. É tudo uma questão de resposta proporcional:
– Ai estás-me a foder a cabeça?! Prego-te uma foda que te fodo a cona toda! Para ver se aprendes!
As mulheres, quando fodem por vingança, escolhem outro macho. Os homens vingam-se fodendo o alvo do seu ódio, o que tem muito mais lógica. Metem-se connosco, metemo-nos nelas… Porque homem que é homem só tem duas maneiras de resolver um problema: fodendo ou mandando foder!
É por estas e por outras que somos criaturas tão fascinantes: parecemos básicos, mas o que se passa é que a nossa inteligência está sempre no cio.
Continuando… Ela costumava ir a lá casa três vezes por semana, para ajudar nas lides, dizia. Mas nunca a vi fazer um caralho. Ia basicamente pôr defeitos em tudo, limitar as aspirações da filha e foder-me os cornos.
No dia em questão já tinha feito as duas primeiras e vinha ter comigo para completar a obra. Mas, para mal dos seus pecados, eu tinha acabado de receber um email de trabalho que me deixou com os azeites e, antes que ela dissesse qualquer coisa, dei-lhe logo uma resposta torta. Não recordo exactamente o que disse, mas o efeito das minhas palavras provocou uma imediata revolução. Adoptando um ar ofendido, saiu do meu gabinete como um rabisca-pés. No entanto, para minha grande surpresa, voltou segundos depois vestida com a bata das limpezas da minha mulher e, munida de panos do pó, começou, de facto, a limpar a casa!
A imagem era tão deslocada que me deixou perplexo, primeiro, e com tusa, logo a seguir! Creio poder dizer que as minhas maneiras ríspidas terão provocado algo semelhante nela, pois a verdade é que, no alto do seu pedestal beato, não estava habituada a que falassem para ela como eu falei.
Tinha-a agora na minha sala de trabalho, de costas viradas para mim, a bufar frases ininteligíveis, enquanto tirava livros das prateleiras de cima, limpava com fúria – abanava violentamente o rabo enquanto o fazia – e voltava a colocar no sítio. Não se atreveu a mudar nada, com alguma pena minha, pois nessa altura imaginava-me já a dar umas chineladas de A a Z naquelas nalgas para não me estar estragar a ordem alfabética dos livros… Fosse como fosse, a visão daquele cu redondo e agitado à minha frente e o facto de saber que estávamos sozinhos em casa, bastaram para a achar iminentemente fodível.
Claro que já antes lhe tirara as medidas, como qualquer macho que se preze ao avistar uma fêmea na savana. Um dia vi-a pela fresta da porta da casa de banho, quando levantava as cuecas depois de urinar. Só deu para ver que tinha um tufo considerável a calafetar-lhe a cona, suficiente para fazer a nota mental típica destas ocasiões:
– “Um dia enfio-te o marsapo por essa pintelheira adentro que é para ver se começas a mijar macio!”
Mas era apenas isso, uma nota mental. Guardei a imagem para mais tarde esgalhar uma e nunca mais pensei no assunto. Provavelmente, então, o volume do ódio ainda não tinha alcançado aquele ponto limite que nos faz passar das ideias à acção. Provavelmente tinha chegado lá agora, pois agora olhava-a de uma forma que nunca tinha olhado antes: com olhos de vitelo virgem à vista de uma vaca sagrada!
No geral, não se podia dizer que fosse uma beldade, não uma daquelas gilf que nos fazem logo pensar em adoptar-lhe os netos. Muito honestamente, não tinha nada de assinalável, nada daquelas minudências que nos põem a fazer listas de cabeça e a pensar se já comemos. A mulher era a completa banalidade, um daqueles corpos que nos fazem pensar nas virtudes do celibato enquanto os estamos a foder. E, no entanto, era essa criatura sem sal que me dava agora uma tesão de arrombar cadeados!
Quando ela chegou às prateleiras médias os meus neurónios já tinham fugido todos para o Brasil. Estava só e abandonado ao mero instinto animal. Por isso, naturalmente, levantei-me da cadeira e baixei as calças.
Andei meia dúzia de passos – passinhos de bebé, porque tinha as calças nos pés –, e baixei os boxers. Não sei se ela me sentiu chegar ou não mas, assim que se agachou para chegar às prateleiras de baixo, caí-lhe com o corpo todo em cima…
Com um puxão rápido abri-lhe a bata, que felizmente tinha daqueles botões de pressão, e agarrei-lhe logo nas mamas. Senti-lhe os mamilos rijos e protuberantes e apliquei-lhe os dedos indicadores num movimento de espiral, como um mafioso siciliano a fazer gnocchi, mas encontrei a resistência das rendas do soutien. Puxei-lho para baixo com a graciosidade de um assentador de tijolos e repeti o movimento. Com isso começou imediatamente a arfar.
Sempre gostei de mulheres sensíveis, capazes de se virem só com as mamas... Esta era daquelas que gemia só com a respiração, como uma maratonista estafada depois de 40 quilómetros a correr com um vibrador entalado na cona e umas bolas chinesas enfiadas no cu. De resto, nem um queixume, nem uma reacção de surpresa ou revolta, só aquele arfar crescente.
Quando os mamilos já pareciam querer comer-me os dedos, puxei-lhe a bata para cima, agarrei-a pelas ancas e entalei-lhe o caralho no rego, começando a esfregar-lho por cima das cuecas. Eram macias, brancas com transparências, o tipo de cuequinha que uma senhora de bem usaria na primeira-comunhão da universidade sénior… Não demorou muito até começar a sentir-lhe o visco entranhado no tecido, aquele sumo natural de cona que ajuda tudo a deslizar. E foi sem sequer apontar ao alvo que senti o respectivo deslizamento do caralho para dentro da bolsa marsapial, que encontrei molhada e quente, como se quer. O evento proporcionou-me tal euforia que não resisti a um gesto altruísta e apliquei-lhe um par de chapadas nas nalgas, que logo adquiriram uma tonalidade vermelho-viva. Aí ela não resistiu e ganiu como uma cantora lírica.
Sem mais carinhos, desatei a dar ao cu com o ritmo delicado de um martelo pneumático. Ela relaxava quando eu ia e apertava quando eu vinha, demonstrando um domínio absoluto dos músculos fodengos, de tal forma que senti que a estava a foder em duplicado.
A dada altura o elástico das cuequinhas começou a massacrar-me a verga e saí dela para lhas baixar. Como é lógico, aproveitei para dar um cheirinho e passar a língua, porque a arte da foda está sempre nos cinco sentidos, quando, para minha surpresa, percebi que a estava a enrabar! Tinha o olho do cu escancarado e a pulsar, um cu peludo e tropical, com umas ramelas brancas na orla e bastante ensopado de fluidos. Ela devia lubrificar pelo cu, tal era a abundância líquida que se manifestava em toda a região amazónica da peida.
A paisagem era tão cativante que nem percebi que me deixava levar pela mera contemplação. Ela é que não estava pelos ajustes... Senti as suas mãos puxarem-me e percebi a mensagem. Então, sem mais pruridos, que para as sogras só os melhores ritos da besta, puxei-a pelos tornozelos até a fazer cair de chapa com as mamas estampadas no chão, e voltei a meter-me dentro do cu dela, a bombear ainda com mais força.
– Era isto que querias, não era, sogrinha? Estes anos todos a olhar para mim de lado e afinal o que tu querias era um caralho por trás! Sempre a dizer merda, sempre a cagar para toda a gente… Experimenta lá cagar agora com uma rolha de carne no cu! Ãh? Vá, fala agora, Santa-Puta!
Mas ela não falava, só gemia. Tinha-se vindo quase imediatamente, não sei se por estar em falta ou simplesmente por ser de orgasmo fácil. O que era irónico, tratando-se de uma beata austera que parecia estar sempre com algo doloroso enfiado na anilha...
A intensidade da enrabadela era de tal ordem que percebi que também estava prestes a vir-me. A ideia de lhe encher aquele buraco de esporra até transbordar fez-me sorrir. Fazê-la pingar nhanha do cu era o tipo de degradação que deixaria marcas para sempre no espírito de uma devota assumida como ela. Informei-a das minhas nobres intenções só para a enxovalhar:
– Prepara-te que te vou encher o cu de purézinho estragado… Vais ficar com natas para meter no café durante uma semana!
Fosse porque a velha moralidade a assaltara ou, o mais provável, porque a minha verborreia a enojara, aí lembrou-se de protestar. Numa voz gutural, voz de cama enferrujada, pavarotti à beira de um enfarte, disse exactamente as palavras que eu queria ouvir:
– Não, isso não!
Porque em se tratando de sogras, quanto mais disserem “não” enquanto as conas dizem “sim”, mais a vingança satisfaz! E esta não seria uma daquelas vinganças que se servem frias, mas num jorro de bechamel quentinho esguichado bem dentro das entranhas.
Ao perceber que a voz dela era de terror, mas de um terror insuficiente para sequer pensar em rejeitar o milagre que tinha enfiado no rabo, senti que duplicava de tamanho. E talvez a sensação fosse real, pois ela passou a arfar ainda mais alto. Foi nessa altura que comecei a rir às gargalhadas, porque era irónico que uma religiosa deslavada como esta me fizesse sentir… um deus!
– Este é o meu sangue! Este é o meu corpo! Este é o meu caralho no teu cu!
Quanto mais sacrilégios proferia mais ela apertava o torno:
– Onde está deus agora? Responde, Santa Puta! Onde está deus agora?!
– Enfiado no meu cu…!
– Isso mesmo, Santa Puta! Só espero que laves bem a peida, senão vamos ter galão com borras…
Depois, não sei exactamente o que aconteceu para me fazer alterar o plano. Sem pensar, agarrei-a pelos cabelos, puxei-lha a cara para o pé da picha e, sem aviso prévio, enfiei-lha pela garganta abaixo até tocar nas cordas vocais, descarregando de imediato um oceano de esporra que quase a sufocou. Agarrei-lhe bem a cabeça com as duas mãos, para que não se soltasse e obriguei-a a engolir tudo, enquanto tossia engasgada e se debatia para se libertar.
– Usa-me bem essa língua de sogra, Santinha do Pau Grosso!
Só a larguei quando mamou a última gota. Estive pelo menos um minuto assim, a vir-me na boca dela, enquanto lhe ia dizendo coisas do tipo:
– Sabe bem, não sabe? O néctar da vida… Suminho de caralho com especiarias de cu! É um gostinho dos diabos, não é?
Despejava tudo o que tinha nos tomates e, ao mesmo tempo, o restante da sua dignidade até ao vazio total, ao abandono mais profundo da sua dimensão moral e da sua beatice aguda.
– Não sei quantas semanas vais andar a fazer penitência depois disto… O que é que achas, Santa Puta? Vais passar férias para o confessionário até expiares um pecado deste tamanho! Isso, assim, chupa tudo, chupa até ao fim, isso…
Quando a larguei, a escorrer esporra dos beiços, caiu para o lado, toda descomposta, e descansou durante um bocado. Estava ofegante, esgotada, mas vi-a a lamber os lábios e, nesse momento, quase gostei dela...
Depois, sem uma palavra, levantou-se, ajeitou as roupas com aquela postura púdica de quem procura recuperar a altivez perdida, e foi para a casa de banho lavar-se por baixo.
Antes de sair, passou pelo meu gabinete e beijou-me na cara, como fazia habitualmente, e disse o que dizia sempre:
– Vou à missa.
Um gesto rotineiro mas que, neste caso, encerrava uma mensagem clara: o nosso devaneio ia ficar só entre nós, sem consequências. Com ternura, respondi:
– Cheiras a cu.
Para ser honesto, nunca gostei dela. Ainda hoje não a suporto. Mas a minha sogra continua a vir três dias por semana. E eu venho-me nela todas as vezes. Mas só no cu e na boca porque, como boa mulher temente a deus, quer salvaguardar o pH celestial da cona para o marido.
E por falar no chifrudo (o marido, não o demo…):
– Ele não desconfia de nada?
– O meu marido? Não sabe da missa a metade…
Armando Sarilhos
Armando Sarilhos
O cérebro é o órgão sexual mais poderoso do ser humano. É nele que tudo começa: os nossos desejos, as nossas fantasias, os nossos devaneios. Por isso me atiro às histórias como me atiro ao sexo: de cabeça.
Na escrita é a mente que viaja, mas a resposta física é real. Assim como no sexo, tudo é animal, mas com ciência. Aqui só com palavras. Mas com a mesma tesão.
Críticas, sugestões para contos ou outras, contactar: armando.sarilhos.xx@gmail.com