24 October, 2024 O avô do meu namorado - Parte I
Conheci este meu namorado quando tinha 23 anos e ele vivia com o avô.
Esta história já tem alguns anos e pode impressionar alguns leitores. Mas embora possa parecer chocante, é preciso dizer que tudo aconteceu com o consentimento de todas as partes. Para a contar, preciso dividi-la em duas partes: primeiro, a minha relação com o meu namorado; e segundo, a relação que se seguiu com o avô dele.
Conheci este meu namorado quando tinha 23 anos. Não foi amor à primeira vista, nem sequer atracção imediata, mas ele era divertido, popular e muito confiante. Andou atrás de mim semanas, foi persistente, até que cedi.
Começámos pelos tradicionais beijinhos, depois uns apalpões, depois um dedinho aqui, um dedinho ali, até que uma noite, depois duma festa, consenti que me penetrasse no carro. Foi tudo muito rápido e confuso e desconfortável, mas não deixou de ser excitante. E começámos a namorar.
No início, ele estava muito presente e era atencioso, passeávamos, jantávamos fora, íamos a espectáculos juntos e no final da noite, fazíamos amor. Como eu, à época, ainda vivia na casa dos meus pais, íamos para casa dele.
A casa, num bairro conhecido de Lisboa, pertencia ao avô, com quem ele vivia, pois os pais eram emigrantes e estavam há muitos anos fora do país. Era o senhor que pagava a renda e todas as contas, e ali passara grande parte da vida com a mulher, até ela falecer.
No entanto, quem na realidade parecia mandar em tudo era o meu namorado, e era o avô quem parecia morar lá de favor!
Desde o princípio, vi que a relação deles era má. O meu namorado destratava o avô a todo o momento. Falava-lhe sempre com três pedras na mão e se o pobre homem tinha o desplante de pedir alguma coisa, humilhava-o sem querer saber quem estava a ver.
Por causa disso, quando entrávamos em casa à noite, quase sempre ele já estava recolhido no seu quarto. Para fugir das agressões do neto, mantinha-se fora do caminho e a maioria das vezes, eu nem sequer o via. Só nos encontrávamos de manhã, depois de o meu namorado sair para o trabalho.
Eu acordava mais tarde e encontrava-o a tomar o pequeno-almoço. Foi aí que conheci o lado gentil daquele senhor, que imediatamente adoptei como meu avô também.
Criámos uma relação só nossa que, durante uns tempos, foi apenas de amizade. Mas já lá iremos...
Com o tempo, o meu namorado começou a estar menos presente e a ser menos atencioso. Aliás, tornou-se mesmo uma pessoa algo agressiva e dura.
Qualquer coisa o tirava do sério e quando tentava falar com ele sobre isso, explodia de imediato. Muitas noites acabavam comigo a chorar na cama e com ele a bater com a porta.
Não sei porque não acabei com ele nessa altura. Mas não o fiz e tudo se tornou ainda pior. Começou a ser muito bruto no sexo, e se bem eu gostava de algumas coisas que ele me fazia, outras nem tanto.
Uma noite disse-me que queria fazer sexo anal comigo. Eu nunca tinha feito até ao fim, mas já tinha tentado com outro namorado e a experiência que tinha é que era muito doloroso. Mesmo assim, disse-lhe que sim, pedindo-lhe por tudo que fosse delicado e cuidadoso. Mas claro que ele não foi!
Assim que lhe dei o meu consentimento, apenas teve o cuidado de cuspir na mão e passar-ma pelo ânus, e tentou logo penetrar-me.
Como não tinha treino e sentia muito receio, o buraquinho do meu cu fechava-se como uma ostra assustada e só com muita força ele conseguiu enfiar o membro duro.
Doeu-me horrivelmente, mas ele ignorou todas as minhas súplicas e continuou a meter e a tirar, a meter e a tirar, a meter e a tirar dentro do meu cu, cada vez mais depressa, cada vez com mais força, até que se esporrou lá dentro.
Chorei de dor e caí para o lado, mas ele abraçou-me e disse que me amava muito. No outro dia, mal conseguia andar.
Uns tempos depois, as coisas estavam tão deterioradas que na maior parte dos dias, depois de fodermos, ele levantava-se da cama e saía. Dizia sempre que tinha coisas para fazer, mas voltava a casa bêbado e com a roupa a cheirar a fumo, a álcool e, ocasionalmente, a perfumes estranhos.
Já não sabia quem era aquele homem, mas não era com certeza o jovem confiante e divertido, atencioso e delicado, que durante semanas, andou atrás de mim, a dizer-me que eu era linda e que me adorava, e que, eventualmente, conseguiu seduzir-me.
Tudo tomou um rumo que já nada tinha a ver com o encantamento que se espera quando nos permitimos envolver com alguém.
Na cama, era cada vez menos carinhoso e menos cúmplice. Até que um dia, durante uma das suas saídas nocturnas, adormeci e acordei com o caralho dele dentro de mim. Mal tive tempo de perceber o que estava a acontecer quando senti a sua esporra quente encher-me a vagina.
Consumado o acto, ele virou-se para o lado e desatou a ressonar. Pelo cheiro a álcool que sentia no seu hálito, devia estar podre de bêbado.
Depois disso, ameacei deixá-lo e ele anuiu, finalmente, em termos uma conversa definitiva. Pedi-lhe que fosse honesto comigo e, é preciso dizê-lo, ele não se fez rogado.
Não se poupou nas palavras, disse-me tudo sem filtros. Que já não havia surpresas entre nós, que tudo era uma pasmaceira. Que já não me achava atraente como dantes. Que eu não queria fazer as coisas que ele me propunha para apimentar a nossa relação. Que desde aquela única vez, nunca mais eu lhe tinha pedido para ele me ir ao cu!
Disse-me que não me queria deixar, mas que eu precisava de mudar algumas coisas se queríamos pensar em ter um futuro juntos.
Hoje, passados anos, consigo ver nitidamente a chantagem emocional que ele usou para me manipular. Mas, naquela altura, a minha cabeça não pensava claramente, e prometi-lhe fazer todos os possíveis para o agradar.
Então, começou a tentar sodomizar-me quase todas as noites. Parecia que já nem lhe interessava a minha cona, as minhas mamas, todo o restante do meu corpo. Mas eu tinha tantas dores que não aguentava, pedia-lhe para parar.
Numa dessas noites, contrariado por não conseguir penetrar-me atrás, fodeu-me a cona como um desvairado. Nunca tinha sentido nada assim. Mas não se ficou por aí.
Quando percebeu que estava perto do orgasmo, forçou a pila no meu ânus só para sentir o prazer de se vir ali.
Depois disso, levantou-se furioso, a gritar que estava farto, que eu não gostava dele, que se ia embora e estava tudo acabado. Saiu de casa deixando-me prostrada a chorar na cama, com o rabo a arder.
Tentei telefonar-lhe várias vezes, até que consegui que ele atendesse. Pedi-lhe para voltar para casa que eu o deixaria tentar outra vez. Foi quando ele disse que não podia, porque tinha conhecido um novo amigo e iam a caminho duma "casa de meninas", onde ele poderia ter aquilo que eu não lhe dava.
Senti o mundo ruir debaixo dos meus pés.
Em desespero, chorei baba e ranho e pedi-lhe, implorei-lhe, que não o fizesse, que voltasse para casa, que eu prometia fazer tudo o que ele quisesse. Dei-lhe a minha palavra.
Ele não respondeu, mas uma hora depois, ouvi-o entrar em casa e o meu coração saltou de alegria. Só que, infelizmente, ele não vinha sozinho.
Eram quase 3 da manhã quando entrou no quarto com o amigo e nos apresentou um ao outro:
– Este é o meu novo amigo, Rafael.
– Prazer – disse eu, sem saber mais o que dizer.
– E esta é a Sandra.
– Muito prazer – disse o rapaz, olhando-me cheio de curiosidade, pois eu estava nua dentro da cama, apenas com um lençol por cima.
E foi aqui que a minha vida começou definitivamente a descarrilar.
No início, estava apenas surpreendida pela irrealidade da situação. Mas depois do que o meu namorado me fez, fiquei completamente em choque: sem parar de falar, chegou-se ao pé da cama e puxou o lençol, deixando-me completamente nua aos olhos do amigo!
Virei-me imediatamente, tentando esconder as partes íntimas dos olhares de ambos, mas logo percebi que era inútil, pois fosse qual fosse o ângulo em que me refugiasse, ficaria sempre exposta.
– A Sandra é a minha namorada – continuou ele, com toda a calma do mundo: – A minha mulher... A minha amante... A minha puta.
Chegando-se ainda mais a mim, repetiu o insulto na minha cara:
– Tu és a minha putinha, não és? Diz que és. Diz que és a minha puta.
Sem saber o que dizer ou fazer, pois toda a situação era nova e humilhante para mim, confirmei:
– Sim... Sou a tua puta.
Nesse momento, estava morta de vergonha. Com as mãos continuava a tentar esconder a minha intimidade, mas os dois continuavam a olhar fixamente para mim.
Feitas estas "apresentações", o meu namorado disse ao amigo que se quisesse podia ia ao frigorífico buscar uma garrafa de gin que estava no congelador. Ele foi e, enquanto isso, explicou-me as suas intenções:
– Lembras-te de me dizeres que fazias tudo o que eu quisesse?
Muito nervosa, disse que sim.
– E lembras-te de te dizer que queria que apimentássemos as coisas na cama?
– Sim...
– Então, quero ver-te a ser fodida por outro homem. Quero ver e quero foder-te ao mesmo tempo. Quero que faças tudo o que ele quiser. Que lhe mames o pau, que lhe chupes as bolas, que lhe lambas o cu. Percebes?
Um calor estranho e profundo atacou-me o ventre, mas não tinha palavras para responder.
– Quero que o beijes na boca, que o deixes apalpar-te toda, tudo o que ele disser. Fazes isso? Fazes isso por mim?
Eu continuava sobretudo constrangida com tudo aquilo. Mas, nesse momento, não o vou esconder, tenho que confessar que me sentia cada vez mais excitada. E já não tinha energia, nem discernimento, para responder doutra maneira. Engoli em seco e disse:
– Sim.
(continua...)
Armando Sarilhos
Armando Sarilhos
O cérebro é o órgão sexual mais poderoso do ser humano. É nele que tudo começa: os nossos desejos, as nossas fantasias, os nossos devaneios. Por isso me atiro às histórias como me atiro ao sexo: de cabeça.
Na escrita é a mente que viaja, mas a resposta física é real. Assim como no sexo, tudo é animal, mas com ciência. Aqui só com palavras. Mas com a mesma tesão.
Críticas, sugestões para contos ou outras, contactar: armando.sarilhos.xx@gmail.com