13 January, 2019 Senhor tarado, se faz favor!
Até mesmo um tarado sexual deve ter princípios.
Quantas histórias já não ouvimos nós de namoradas, irmãs e amigas sobre terem sido abordadas por um idiota qualquer de nabo na mão a bater uma no meio da rua? E se não ouviram nenhuma história destas é porque talvez sejam essa mesma pessoa e ficam já a saber que esse comportamento é altamente reprovável.
Eu gosto da minha punhetazinha como qualquer um e até percebo a tesão que dá em ter alguém a ver-nos a bater uma, contudo, é preciso ter noção de que esse alguém está disposto a tal, correcto? Também percebo que parte da tesão possa vir em gerar desconforto em quem assiste ao espectáculo de circo da segóvia, mas acham isso bonito? Se a vossa mãe chegasse a casa e dissesse:
"Passou um gajo estranho por mim na rua, sacou do pénis e começou a tocar-se enquanto gritava que escrevia para o blog do Classificados X ” vocês iam gostar?
Certamente que não podem e podem ficar descansados que jamais faria uma coisa dessas, pois prefiro roubar a roupa interior do estendal da vossa mãe para poder cheirar e bater uma em casa a sós, sem espectadores ou mirones.
Todos temos um tarado dentro de nós, mas há que ter noção. A minha liberdade acaba onde a do outro começa. Até se tolera aqueles velhos nojentos que não sentem o gosto e o cheiro a uma cona desde que o Salazar caiu da cadeira escondidos nas dunas das praias de nudistas. Até tolero aquele gajo que passa a vida enfiado no WC da empresa a bater à punheta cada vez que olha para o decote de alguma colega de prateleira sumptuosa. Inclusive tolero quem está a falar com alguém ao telefone e a bater uma como quem não quer a coisa!
Mas andar no meio da rua a mostrar o caralho à primeira miúda que aparece à frente? Tenham juízo, foda-se. Ainda por cima essa merda a que chamam de caralho é de um tamanho vergonhoso para se mostrar. Raras foram as pessoas que me disseram “o gajo tinha um caralhão gigante”, por isso, é provável que acabem sendo humilhados (ainda mais).
Parem de fazer essa merda, por favor. Agora se me derem licença, vou bater uma.
Sozinho no meu quarto.
Até quarta e boas fodas.
Noé
Noé
Trintão miúdo de coração ao pé da boca. Perdido em fantasias concretizadas e concretizáveis apenas preso por amarras do anonimato. Relatos passados de opinião libertina é um santo pecador por excelência.