30 Juni, 2014 Um negro na noite, Ep 79 ao Ep 82
* SEPTUAGÉSIMO NONO *
Só então reparei que uma delas, uma morenaça com uma atrevida mini-saia, não tirava o olhar do jovem advogado. Fitando-o, sorrindo, abriu as pernas mostrando a ausencia das cuecas. Tal como eu o Rui mirou aquela pentelheira ondulada. À embaixadora a imagem também não foi indiferente... De mão em mão o charro ia-se diluindo. Helen levantou-se e seguiu para os lavabos. Rui trocou palavras breves com a morena e ambos seguiram a mesma rota. Estava divulgado o "script" do filme e, por nada, eu iria perder a estreia. No WC Margot afocinhava a cona beiçuda da bolivariana enquanto esta mamava a pila do cara-de-menino que urrava de prazer. Esporrou-se gritando e a nhanha, que era muita, escorria pelas faces da colombiana que a comia em extase. Tal como entrara, pé ante pé, saí voltando à sala
* OCTOGÉSIMO *
Achei que eram horas de dar corda aos atacadores após uma tarde e noite bem curtidas. E se bem pensei melhor fiz. Rumei a casa, levando comigo, o "cheirinho" primaveril das colombianas. Entrei e o meu gato, como sempre, ronronando saudou-me. Preparei-lhe a ração e sentei-me disposto a sèriamente pensar no que andava a fazer. A vermelha piscante luz do telefone dizia-me haver mensagens. Fui preparar um whiskey e larguei "divagações sérias" para depois. Premi o botão do atendedor. Primeiro um recardo da Fábrica informndo-me que o negócio com os japoneses fôra firmado. Bingo! A segunda do Emidio quasi me implorando que lhe ligasse rápido. Olhei o relogio. Marcava as 3 horas. Reconsiderei. Porque não mais logo? Acho que sim. Vesti o pijama e deitei-me. Dorminhouco alinhou no fundo da cama. Desta feita "sexo" só em sonhos
* OCTOGÉSIMO PRIMEIRO *
Dormi profundamente. Desligara o telefone e cerrara os estores.
Ao acordar só o Dorminhoco, já desperto, me anunciava que já havia dia. Espreguicei-me. Bocegei. Ergui-me não desdinando a noite que findara. Na sala já lá morava o pequeno almoço cuidadosamente arranjado pela Silvina. Atirei-me como gato a bofe. Gato a bofe é força de expressão... Dorminhoco não podia passar sem o seu quinhão.
Arrangei-lhe o repasto comprado no mini-mercado e, em conjunto (cada um com a sua...) atacámos os petiscos.
* OCTOGÉSIMO SEGUNDO *
Passei a vista pelos jornais. Nada de novo. O Mundo estava, como habitualmente, sereno. Os Oceanos tinham agua. As selvas plantas. Os desertos areias. Um telefonema completou o meu despertar. Do outro lado Emidio, com voz pouco normal, pedia encontro urgente. "- Mas que se passa?" indaguei. Resposta breve: "- Pelo telefone nada. Podes vir jantar aos Arcos?" Notei que estava ansioso. "- Que sim. Às oito?".
Combinado. Desligámos e fiquei coagitando: "Que se passaria?" Fui ao duche e fiz a barba. Vesti um blazer de seda feito à medida na
Tailandia e abalei.