22 August, 2019 A minha namorada é uma autoestrada!
És tão boa! És um animal! Um animal que nasceu para o sexo... Toda tu és cona! És uma cona ambulante!
Desde que te conheci. Desde que te vi pela primeira vez que o meu pau nunca mais foi o mesmo, anda sempre aos saltos nas cuecas… É o teu efeito em mim. Há pessoas que ficam com o coração acelerado, eu fico com o caralho cheio de pressa…
– Que horas são?
– Não sei. Uma e vinte.
– Não sabes ou é uma e vinte?
– É uma e vinte.
– Então porque é que disseste que não sabes?
– Não sei. Olha mas é para a estrada…
– Estás chateada?
– Não.
– Comigo?
– Não estou chateada.
– Então o que se passa?
– Nada. Olha mas é para o que estás a fazer…
– Estás aborrecida?
– Estou.
– Dá a mãozinha. Sabes bem qual é o melhor remédio para isso…
– …
– É essa a tua resposta?
– …
– Se não queres, basta dizeres. Não te estou a obrigar a nada. Mas se bem te lembras, tu é que disseste que fazias… Então, não dizes nada?
– Cala-te.
– Isso quer dizer que fazes? Eu calo-me se fizeres… Fazes?
– Pronto, está bem! Irra!
– Eh lá, não quero nada contrariado. Nada fica bem feito quando é feito contra vontade…
– Não estou contrariada… Vá, abre a braguilha.
– Seja feita a vossa vontade!
– Baixa as cuecas.
– Agora estamos a falar.
– Estamos, mas disseste que te calavas! Tira-o para fora…
– Os seus desejos são ordens, senhora!
– Porra, já estás assim?! És mesmo tarado! Há quanto tempo é que estás a pensar nisto?
– Desde que te conheci. Desde que te vi pela primeira vez que o meu pau nunca mais foi o mesmo, anda sempre aos saltos nas cuecas… É o teu efeito em mim. Há pessoas que ficam com o coração acelerado, eu fico com o caralho cheio de pressa…
– Ai é? Porquê?
– Porque tu para mim não és uma pessoa, és uma fêmea! E eu não sou um homem, sou um macho! Foda-se, mais devagar… Estás atrasada para algum funeral ou quê?
– Já bem basta que vás a 30 à hora!
– Precisamente, para evitar o funeral.
– Mas estavas a dizer…?
– Estava a dizer que tu és uma mulher a sério... Nada como essas gajas todas cocós, que pintam a cara e rapam a cona e vice-versa. Tu és a única gaja que conheço com tomates, aliás, ovários… para deixar crescer os pelos debaixo dos braços! Como os bichos! Porque tu não és uma pessoa, és um bicho! Ai, foda-se, tão bom… Não pares! Ninguém agarra num pau como tu!
– Ainda bem que disseste que te calavas. Continua…
– Sim, continua… És tão boa! És um animal! Um animal que nasceu para o sexo... Toda tu és cona! És uma cona ambulante! Sabes isso não sabes? Tu não tens um perfume como as outras gajas... Exalas essência de cona! Tu não tens uma beleza nem uma delicadeza, como as outras gajas... Tens contornos, tens um corpo que nasceu para foder! Para ser fodida… Tu não tens cá merdas, e isso faz-te muito mais feminina que elas todas. Porque és toda fêmea!
– Já disseste isso.
– Quero lá saber do que é que disse. Só sei que cada vez que olho para ti só penso em rasgar-te a roupa toda, em arrancar-te as cuecas à dentada, em fuçar no teu corpo de alto a baixo como um texugo, em espetar o caralho nos teus buracos todos, como o cão que me fazes ser!
– Sabes mesmo falar com uma mulher…
– Não sei nada. Nem sei como me consigo lembrar das palavras... Não digo coisa com coisa! Aperta mais agora… Foda-se, onde é que aprendeste a agarrar numa picha assim? Ninguém bate uma punheta como tu, com essas maõzinhas de fada. Mãos de foda! Mãos de brochista! Sabes que me pões maluco, não sabes?
– Já me tinha ocorrido.
– Quando estou contigo deixo de saber o que quer que seja. Quando olho para essas mamas, para esse cu, para esse rego peludo… Abre as pernas. Desvia as cuecas… Foda-se, olha para isso… Olha para essa pintelheira a sair pelas costuras… Não há cueca que segure um matagal desses! Pareces uma floresta amazónica! Pões-me louco. Já não sei onde estou…!
– Não sabes onde estás? É bom que saibas, tu é que vais a conduzir…
– Sou eu que te conduzo mas és tu que me levas… Toca-te. Quero-te ouvir a gemer. Foda-se, há alguma coisa mais bonita que uma mulher de pernas abertas?!
– És um tarado.
– Como não hei-de ser?! Viste o cheiro que saiu de ti quando desviaste as cuecas? Ainda hei-de arranjar maneira de engarrafar essa “mistura”. Vou mandar fazer um daqueles ambientadores, um daqueles pinheirinhos com o cheiro da tua cona, para pendurar no espelho retrovisor! Com esse néctar de sexo que tu libertas 24 horas por dia… Para ter sempre o carro a cheirar a rata. Deixa a mãozinha na cona, deixa. Esfrega mais para sair aroma…
– Vais muito em cima do carro da frente... Abranda!
– Se abrando mais daqui a nada estou é em cima de ti!
– Promessas…
– Sim, promessas. Juras de amor eterno… Quero partir essa cona toda, rasgar esse cu todo!
– Ei, o que é que estás a fazer?! Olha a estrada!
– Estou a ver. Só quero apanhar um bocadinho de néctar. Quero brincar com ele nos dedos… Hummm, és tão macia por dentro. Olha para isto, sempre toda encharcada, sempre no cio… Olha, mete o caralho na boquinha, mete! Chupa-me todo com essa boca de puta!
– Boca de puta? Vê lá com quem estás a falar… Não sou uma das pindéricas do teu escritório.
– Na… não há comparação possível. Isso, mama no caralhinho do querido, mama com essa bocarra de fêmea! Não, ali não há nenhuma gaja que te chegue aos calcanhares. Aquilo são tudo gazelas na savana, desejosas de serem comidas. Mas um macho a sério não pega naquilo. Já tu és uma leoa! Tu não és comida, tu comes! És uma vaca! És a rainha da selva… Levanta as pernas. Olha para essa pintelheira, olha para isto… Deixas-me os dedos todos lambuçados com esse xarope de cona!
– Ai, estás a fazer com muita força. Três dedos é muito, pá!
– Não é nada, tu aguentas… Isso é uma cona de elefante!
– Tu hoje estás com os bichos... Ora deixa ver, já tivemos texugos, cães, gazelas, leoas, vacas, elefantes... Já te disse para parares de ver o canal porno do National Geographic.
– Hei, quem é que disse para parares de chupar?! Toca a lamber a cabecinha como tu sabes, como tu gostas…
– Mmmmm!
– Adoras ter um caralho na boca, não é? Quer dizer, só podes! Vá, abocanha bem essa merda. Assim, vá, até ao fundo. Garganta funda! Até à haste… Faz com a mão também. Vá, tu bates bem! Daqui a bocado encosto o carro e fodo-te o cu. Ou isso ou encho-te já a boca de esporra. O que é que preferes?
– Mmmmm…
– Não percebi.
– Mmmnnmnm!
– Eu logo vi que preferias no cu. Eu sei o que tu queres!
– Mmmn!!!!
– O que é que foi?
– Foda-se, não consigo respirar, pá! Besta! Faz menos força na cabeça…!
– Não posso, não tenho mão em mim. Olha para este gajo! Sim senhor... Ultrapassagem pela direita, que lorde! O que é que foi? Aqui não posso parar. Estamos na autoestrada… Estás com o cu aos saltos, não é? Já tratamos disso. Vai-me lambendo as bolas que a gente já trata de ti.
– Foda-se, és um porco!
– E depois eu é que estou com os bichos…
– Parvalhão!
– Não posso ser um porco, os porcos têm a gaita fina. Isto não é pila de porco, é piça de urso! Chupa mais um bocado, mas é. Olha, põe-te de joelhos para eu te meter uns dedos no rabo. Vá, eu sei que tu gostas… Isso.
– Estás a ver que gostas? Ai caralho, chupas tão bem… Foda-se, ainda faltam três quilómetros para a estação de serviço. Não posso esperar mais. Anda cá…
– Eh, o que é que estás a fazer?
– Nada, cala-te. Põe a perna à volta, isso. Baixa a cabeça…
– Tu és maluco!
– Pois sou. Maluco por ti! Agora começa a foder!
– Não bates bem da bola!
– Pois não, mas bato bem as bolas contra essas nalgas. Vá, putinha, fode-me!
– Foda-se, estás enorme!
– Por trás de uma grande mulher há sempre um grande homem. Por trás, pela frente, por cima, por baixo... Seja por onde for. Baixa a cabeça, não consigo ver os sinais. Não pares, porra, fode!
– É a última vez que ando de carro contigo!
– Estás sempre a dizer isso, mas tu adoras. Adoras que eu te arrebente a cona, que te puxe pelos pintelhos até fazer sangue…
– Aiiiii!! Bruto, pá!
– Sim, sou uma besta. Tu deixas-me assim! Olha a estação de serviço, vou parar…
– Foda-se, não pares agora!
– Estou só a manobrar. Pronto, já está. Olha para ti, a escorrer pelas pernas abaixo… És mesmo puta. Despe o resto da roupa e deita-te aí. Isso. Olha como entra bem…
– Diz lá que o meu caralho não foi feito para a tua cona? É um casamento feito no céu, que é onde tu me levas!
– Só dizes merda.
– Ahahahah! Tens razão... Mas é tu que me tiras do sério. Fora de brincadeiras… Olha, cavalga-me um bocadinho. Gosto do som que fazes quando me montas. Parece uma rolha a destapar um chianti!
– Humm, parece-me que o teu olhinho do cu está a querer festa. Acho que está pronto para o baptismo, para a crisma e para a primeira comunhão. Anda cá. Põe-te assim. Isso, rabinho para o ar...
– Agora é que vais ver como elas te mordem…
– Não estás a falar a sério, pois não?
– O quê?
– Nem penses que me vais pôr essa merda no cu!
– Curiosa junção de palavras. Adoro quando as dizes na mesma frase: merda e cu! Eu também sei uma boa: vou-te enrabar até te sair merda do cu!
– Não quero!
– Quero eu…
– Não posso!
– Posso eu…
– Não sei... Nunca faço com o meu marido!
– Sei eu! Nunca faço com a minha mulher…
Armando Sarilhos
Armando Sarilhos
O cérebro é o órgão sexual mais poderoso do ser humano. É nele que tudo começa: os nossos desejos, as nossas fantasias, os nossos devaneios. Por isso me atiro às histórias como me atiro ao sexo: de cabeça.
Na escrita é a mente que viaja, mas a resposta física é real. Assim como no sexo, tudo é animal, mas com ciência. Aqui só com palavras. Mas com a mesma tesão.
Críticas, sugestões para contos ou outras, contactar: armando.sarilhos.xx@gmail.com