23 setembro, 2020 Sexo de reconciliação: um estudo de caso
Ou como se diz lá fora, o "make up sex"
Todos discutimos, ninguém quer passar a vida a discutir, mas o conflito é uma espécie de molho picante numa relaçâo: enaltece a experiência em pequenas doses, estraga completamente o prato se for em demasia. Porém, há um fenómeno transcendental que ocorre após a resolução de um conflito mais aceso a que se dá o nome de "sexo de reconciliação" ou, como os nossos amigos anglo-saxónicos dizem, "o make up sex". Nós não temos um nome oficial para isto, portanto, vamos simplificar e chamar apenas de "foder depois de discutir". Feito.
Não devo ser o único que acha todo este conceito de foder depois de discutir um evento em si. O foder e o discutir está no mesmo plano relacional que uma avestruz e o meu carro, ou seja, não tem nada a ver uma coisa com a outra e ambos existem sem interferir uma com a outra (excepto se eu der uma passa de carro numa avestruz). Até vou mais longe com esta minha afirmação: eu gosto de foder zangado com a pessoa. Haverá coisa melhor que rebentar a cona a uma gaja que dois minutos antes estava a gritar convosco? Agora está a gritar pelos motivos certos, foda-se. Lambadas no cu da menina, puxar cabelos ou cuspir na cara, no que toca a foder com alguém com quem estamos fodidos, não há foder que não se foda nesta foda. Será que posso ir mais longe? Claro que sim: as gajas que gostam de foder zangadas, são as melhores fodas da vida porque é um vale-tudo. Se uma gaja está disposta a albergar o meu rijo narso nela com lágrimas nos olhos, merece o meu respeito através da minha falta de respeito entre as paredes do quarto.
E o sexo de reconciliação? Bom, na minha humilde opinião, é uma valente merda!
São dados abracinhos, beijinhos na testa, dão as mãos e depois? "Vamos fazer amor". Epá, vão mas é para o caralho. Mas isto tem alguma piada? Deixem-me adivinhar como é que as pessoas que fazem sexo de reconciliação o fazer: missionário em 98% das vezes e os restantes 2% é ela a meter um dildo no cu do gajo, olhos nos olhos, dedos entrelaçados, broche inexistente e ela diz "quando estiveres a vir, avisa" terminando com um "gostaste?" por parte dele ao final de 4 minutos não-intensos de sexo (e não foda).
O sexo de reconciliação é uma bocado como pizza congelada do LIDL: é uma merda, mas pizza é pizza e há que levar isso em conta. Contudo, acho que se lamber a mão como se fosse um São Bernardo, meter um porno hardcore de incesto e bater um punhetão como deve ser, fico mais satisfeito.
Pensem nisso.
Até quarta e boas fodas.
Noé
Trintão miúdo de coração ao pé da boca. Perdido em fantasias concretizadas e concretizáveis apenas preso por amarras do anonimato. Relatos passados de opinião libertina é um santo pecador por excelência.