27 janeiro, 2019 Resolução de Ano Novo: massagem prostática!
É este ano que perco o medo.
Se vocês soubessem as horas de sono que já perdi a pensar em como será ter uma senhora com o seu lindo dedo de pianista clássico a esgravatar-me o cu como se eu fosse um boneco de um ventríloquo, vocês já me tinham atado a uma marquesa todo nu e tinham arranjado uma maneira de me matar a curiosidade e o medo em 5 minutos.
Porque é que não o fiz? Boa pergunta e eu não tenho maneira de vos responder a isso sem me sentir ligeiramente envergonhado: porque tenho medo de coisas no cu. O meu cu, essa entidade autónoma que me acompanha há várias décadas em aventuras de merda, é extremamente sensível. Sabem quando apanham um susto e os vossos olhos piscam de forma instintiva? O meu cu faz ao mesmo ao sentir proximidade do que quer que seja e não volta a abrir. Qualquer toque, por muito mínimo que seja, faz com que aquele botãozinho rosa se feche para todo o sempre como a porta de uma tumba de um faraó.
Mas quero tanto. Quero tanto sentir aquele tal orgasmo prostático de que tanto falam. Depois de já ter posto a gaita em todo o tipo de coisa que mexe e não mexe, tenho de elevar o nível. Isto são coisas da idade, penso eu. Quem sabe se daqui a dez anos não estarei a pensar em levar no cu de um angolano? Quem sabe. De momento ainda não sei. Esta busca incessante de novas formas de prazer ou de renovar as velhas formas tem a sua piada, mas por outro lado, a própria experiência que a idade nos traz também nos confere um maior receio de arriscar.
Um dedo no cu. Fixe. Posso gostar ou posso pedir uma segunda opinião e ela manda-me a uma colega ou enfia-me outro dedo no cu enquanto pergunta “e agora já gosta?”.
O meu cu não é dos sítios mais limpos e higiénicos do mundo. Esta é outra coisa que me preocupa. Por muito cuidado que tenha, há sempre aquele receio de… bom, do dedo trazer mais do que um orgasmo. Sei que estou nas mãos (ou dedos, neste caso) de profissionais e que seria ordenhado com todo o cuidado que um homem pode pedir, tenho a certeza que iria sentir aquele orgasmo que nos faz zurrar que nem um burro enquanto jorrava leite em todas as direcções, sei isso tudo, mas nada me faria recuperar do choque de ver a luva de dedo castanho a ser mandada fora.
Tenho tanta vontade de fazer isto e tanto medo ao mesmo tempo, mas garanto que se o fizer, vocês serão os primeiros a saber.
Boas fodas, dedos no cu e até quarta.
Noé
Noé
Trintão miúdo de coração ao pé da boca. Perdido em fantasias concretizadas e concretizáveis apenas preso por amarras do anonimato. Relatos passados de opinião libertina é um santo pecador por excelência.