02 janvier, 2017 Sexo (mas com intimidade)
Porno com amor! Será afinal, este o ingrediente que falta à pornografia?
"Lover" é uma curta sobre sexo que quer mostrar uma forma diferente e mais autêntica de filmar a intimidade do prazer sexual. Filmado com casais reais, este pequeno filme mistura sexo e sensibilidade...
Sexo com casais verdadeiros
"Lover" é uma curta da autoria de Will Hoffman e Julius Metoyer, dois realizadores da Califórnia, nos EUA, que elaboraram este filme especialmente para o site Nowness.
Insatisfeitos com a forma como o sexo é retratado nos filmes, nomeadamente na pornografia, eles decidiram fazer a sua própria versão autêntica do sexo.
Assim, ao longo de uma semana, enveredaram por uma verdadeira busca pelo sexo e pela intimidade de pessoas reais, filmando casais verdadeiros para conceder mais verdade ao filme.
Os participantes no filme são do círculo de amigos dos realizadores e também foram recrutados através de buscas em anúncios de classificados na Internet.
Eis o que os dois realizadores têm a dizer sobre o filme, conforme declarações ao site Nowness...
"As cenas de sexo em filmes narrativos são sempre insonsas e o porno está apenas noutro nível de insinceridade. Queríamos fazer um filme que não fosse sobre ver sexo, mas, ao invés, que despoletasse memórias sobre a forma como nos sentimos quando nos rendemos emocionalmente a um parceiro. Aquele momento em que te soltas de ti próprio, da tua consciência e te abres ao impulso e ao desejo."
Will Hoffman e Julius Metoyer também falam da forma como vêem o sexo na indústria cinematográfica (porno ou nem tanto).
"O porno parece ser um estilo de filmagem que está apenas, focado nas imagens sexualmente gráficas e explícitas. As pessoas adoram-no e a sua popularidade está provada, mas a sua representação específica do sexo faz com que todo o sexo pareça esta coisa suja. Se o teu único objectivo é excitares alguém, então deves fazer porno. Se quiseres fazer com que alguém pense ou sinta algo diferente, tens que criar um conjunto de regras diferentes, a maioria das quais inventámos pelo caminho."
E quanto a como é filmar cenas de sexo? Eis o que os realizadores dizem...
"Percebemos rapidamente que ter os nossos casais a virarem-se para qualquer lado, de 90 a 180 graus, era muito mais fácil do que mudar a câmara e reposicionar a lente. Para maximizar a nossa filmagem, tivemos que falar e dizer coisas tipo ‘Podem fazer isso, mas colocando as cabeças viradas para a janela?’ Falar foi estranho, no início, mas aprendemos que havia uma altura certa para pedir e uma altura errada para o fazer."
Gina Maria
Jornalista de formação e escritora por paixão, escreve sobre sexualidade, Trabalho Sexual e questões ligadas à realidade de profissionais do sexo.
"Uma pessoa só tem o direito de olhar outra de cima para baixo para a ajudar a levantar-se." [versão de citação de Gabriel García Márquez]
+ ginamariaxxx@gmail.com (vendas e propostas sexuais dispensam-se, por favor! Opiniões, críticas construtivas e sugestões são sempre bem-vindas)