07 septembre, 2016 Síndrome da Cona Passada
Matar a saudade com a palma da mão.
Até o Brad Pitt se cansa de foder a Angelina. Ponto. Podes ter na cama a filha da Jenna Jameson com a Sasha Grey e mesmo assim vais fazer aquele “meh…” de quem já enterrou o caralho demasiadas vezes em greta familiar.
Não te sintas mal por isso. Faz parte da natureza humana sentir-se excitado com a novidade e menos atraído pela repetição. Existem, contudo, formas de combater isso mas isso são conas de outro pichário.
No entanto, este fenómeno sofre de um paradoxo espectacular e que a mim pessoalmente me fascina: saudades de uma cona passada. Oh saudade, esse tão sentimento lusitano e tão bem cantado pela boca de Amália (que tinha ar de levar no cu que nem gente crescida). Não consigo precisar o espaço temporal que demora a que uma cona passe de ser vista como algo corriqueiro a uma cona que dá saudades de voltar a visitar. Mas de uma coisa eu sei: gostava mais de foder agora qualquer ex-namorada minha, do que na altura que podia fazê-lo a qualquer altura.
Este “Síndrome da Cona Passada” atinge grande parte da população masculina portuguesa e caracteriza-se essencialmente por um desejo acentuado em voltar a meter onde se já meteu antes. É como ir visitar um velho amigo de escola: um gajo liga, pergunta se está tudo bem e tal, riem-se os dois, um convida o outro para jantar em honra dos velhos tempos e quando dás por ti estás a ter um serão espectacular a recordar histórias do antigamente. Acontece o mesmo com uma cona passada: um gajo liga, pergunta se está tudo bem e tal, riem-se os dois, um convida o outro para jantar em honra dos velhos tempos e quando dás por ti estás a dar um fodão espectacular e a vires-te na cona do antigamente.
O Síndrome de Cona Passada pode ser confundido com o conismo de “Ainda gosto da minha ex”. São coisas diferentes e este último caso carece de um diagnóstico médico como deve ser: UMA PUNHETA. Saudades da ex? Bate uma punheta. Vem-te. Continuas com saudades da ex? Não? Então isso é sem dúvida um caso típico de “Síndrome da Cona Passada”, pois o que tens é saudades da cona da tua ex, o que não é bem igual.
Cura para isto? Não há. Por muito bom punhetão que um gajo bata, a coisa não tem meio de sair, por muita gosma que um gajo ordenhe. E agora dizes tu, fiel fodilhão armado em bom:
“E se eu puder ir à cona à minha ex?”
Força nesse projecto. Vais abrir uma caixa de Pandora, mas faz lá isso e depois conta-nos a todos o que de bom te trouxe. Sim senhor, vais aliviar o nabo do “Síndrome da Cona Passada”, mas depois naquele silêncio que se instala no pós-esporratório momento tens uma factura para pagar, meu amigo.
Isto é fodido. Um gajo nunca está satisfeito com o que tem em casa, não é? A cona da amiga é que é boa, a cona da vizinha é que é boa, a cona da ex-namorada é que é boa, são todas boas menos a que tens em casa, não é?
Pois. Também o gajo que gostava de ir à cona à tua mulher pensa o mesmo.
Até domingo e boas fodas.
Noé
Noé
Trintão miúdo de coração ao pé da boca. Perdido em fantasias concretizadas e concretizáveis apenas preso por amarras do anonimato. Relatos passados de opinião libertina é um santo pecador por excelência.