04 mai, 2016 Amigos com benefícios
A utopia do equilibrio entre a relação de amizade misturada com o chavascal.
O Homem descobriu o fogo, inventou a roda e depois quis foder as amigas. Basicamente, é isto que queremos: foder as nossas amigas sem dó nem perdão!
Ou responsabilidade! Principalmente este último ponto: não queremos uma relação amorosa, queremos comê-la e manter a mesma amizade de sempre. Acertei? Pensem lá comigo, quantas vezes já não equacionaram em malhar uma amiga? E não estou a falar dos engates noctívagos, mas sim de uma sólida amizade com alguém do sexo oposto (ou do mesmo sexo, tanto faz!). Confessa: nessa mentezinha depravada, quantas vezes já meteste a Carla (há sempre uma Carla) de quatro e a rebentaste toda? Várias vezes, seu tarado!
Carla, se me estiveres a ler, leva em conta que te alterei o nome e não me estou a referir a ti (tu és Sónia!).
Inúmero artigos, filmes e debates se debruçam sobre esta temática, no entanto, a premissa em que assentam, é que todos somos iguais e que as nossas amizades são semelhantes na mesma medida, sendo isso falacioso. Sexo não é uma ciência exacta como a matemática e única altura que as duas ciências se aproximam num diagrama de Venn, é quando fazemos contas a quantas punhetas já hoje batemos ou estamos a medir a pila. Cada caso é um caso e cada amizade é diferente. Sónia ou Carla, ambas podem ter o mesmo nível de proximidade comigo, no entanto, o resultado de um envolvimento sexual com cada uma delas teria um desfecho diferente para todos os envolvidos. Qual é a fórmula para nos envolvermos com uma amiga/amigo sexualmente e conseguir ir de seguida petiscar uns caracóis como tudo estivesse igual como dantes?
A resposta é esta: NÃO HÁ FÓRMULA!
Que tal? Acabei de vos poupar uma trabalheira do caralho em pesquisas por blogs, foruns e livros que prometem mundos e fundos sobre sexo. O mais próximo que vos posso dar sob a forma de conselho, é conseguirem responder à questão: porque não? Porque é que não querem foder um com o outro? A pergunta deve ser feita pela negativa, por uma razão muito simples: razões para foder, são as que não faltam! O que vai mudar entre vós? Tem ela o mesmo mindset que vocês? E se estiver a ocultar algum tipo de sentimento escondido? E depois?
Eu tinha/tenho uma amiga que, curiosamente, era a última pessoa com que eu pensei me envolver. Boa onda, uma miúda fantástica e com “tudo” (tudo para ser mais do que é). Nunca pensámos um no outro dessa forma, no entanto, numa fase em que ambos estávamos solteiros e após umas bebidas, a coisa deu-se. E foda-se, que foi mesmo bom. No final, rimos daquilo tudo e passámos a ser o alívio sexual um do outro nos nossos breaks de relações duradouras. Nos intervalos disso, mantemos sempre a mesma postura de sempre, seja a sós ou entre amigos. Nunca falámos de ir mais além, porque isto assenta-nos bem. Podia ter corrido mal, sem dúvida. Tudo aconteceu naturalmente, sem perguntas ou pressões. E assim, hoje em dia, ainda se mantém (espero eu!). Porque é que resulta? Conhecimento mútuo. Eu conheço a mente dela e vice-versa, o que nos dá um sentimento de segurança emocional fantástico. Ela sabe que não vai ter broncas do meu lado, nem eu as vou ter do lado dela.
E isto sabe-se como? Amigo conhece amigo, lá está! No fundo, analisando bem toda esta questão, foder os amigos (sem ser na carteira) é uma experiência fantástica quando corre bem. Quando corre mal? Pois… não sei. Até hoje só andei metido com quem eu sabia que podia.
Ter sexo com alguém próximo é uma experiência enriquecedora e mais intima, longe do por vezes vazio engate sexual desprovido de conteúdo.
Agora não desatem a foder as vossas amigas todas, ok?
Cuidem-se!
Até domingo e boas fodas.
Noé
Noé
Trintão miúdo de coração ao pé da boca. Perdido em fantasias concretizadas e concretizáveis apenas preso por amarras do anonimato. Relatos passados de opinião libertina é um santo pecador por excelência.