21 septembre, 2016 A namorada do amigo
Ser amigo é uma coisa, ser homem é outra.
“Este é o Noé. Grande amigo meu. Esta é a Joana que já te falei” e eu em 5 segundos decido se gostava de a comer ou não. Ponto.
Não é só o meu subconsciente, é a nossa subconsciência sexual colectiva masculina (que nome do caralho!) que foi juíz daquele pedaço de réu e sentenciou ou não aquela cona ao carrascaralho. Este juízo é feito em milisegundos após uma apreciação visual periférica, mas é nos olhos da outra pessoa que jaz todo o mistério. E nas mamas. E também no cu. Ok, que se fodam os olhos! Olhar não tem mal e muito menos o que se pensa. Talvez não naquela altura, mas definitivamente mais tarde numa sessão masturbatória em que temos de preencher o nosso imaginário enquanto o caralho preenche a mão.
Muitos já comeram a namorada do amigo. Mas se o que dá tesão é por ela ser a namorada de um gajo com quem vamos à bola (e que eu até percebo a tesão da coisa), então és um merdas. Eu até entendo que um gajo espete uma berlaitada na tipa porque ela lhe dá tesão, mas se o motivo grande dessa tesão for o posto que ela tem no teu círculo de amizades, então se calhar devias rever as amizades. E estou a falar com eles agora, não contigo.
Pensar em foder a namorada do amigo ou sequer fantasiar com isso é tecnicamente inofensivo, porém, quando se alimenta demais uma fantasia, a tendência é que a mesma comece a ganhar a forma de um virus que nos consome nalguma altura mais propensa a dar-se lugar a tal situação já imaginada em punhetas anteriores. O que é uma foda! A meter mais lenha na fogueira, é se até a namorada do amigo não se importava em mandar uma por fora e então aí é que estás metido numa merda do caralho. Se um não quer, dois não fazem, mas se ela quiser, então já somos dois a querer. Mais ou menos isto.
A centena de namoradas de amigos que já me passaram pelos olhos e pelo pulso masturbatório é imensa. Comecei na adolescência a fantasiar com situações imaginárias onde elas apareciam em minha casa de roupa molhada a querer, sei lá, roupa seca. E um caralho na boca. Senão, podem ir lavar a roupinha à casa da mãe delas. Nunca me embrulhei com nenhuma, para ser honesto (depois de desocuparem o posto de namorada, cheguei a ocupar-lhes eu a cona). Não por uma questão de valores mais elevados, mas jamais cometi a calhandrice de ir meter-me com uma namorada de um amigo: uma coisa é a situação dar-se por si mesma, outra é eu forçar que a mesma aconteça.
Não conseguiria viver comigo mesmo se por acaso uma delas cedesse.
Mas que levaram todas grandes fodas na minha mente, lá isso levaram.
E ainda levam, a maioria. Até as mães dos amigos.
Boas fodas e até domingo.
Noé
Noé
Trintão miúdo de coração ao pé da boca. Perdido em fantasias concretizadas e concretizáveis apenas preso por amarras do anonimato. Relatos passados de opinião libertina é um santo pecador por excelência.