11 Septiembre, 2017 O Lupanar, o mais antigo e mais famoso bordel de Pompeia
Nos bordéis da primeira capital do sexo, quase tudo era permitido...
Não é à toa que se diz que a prostituição é a mais velha profissão do mundo. A antiga Pompeia, cidade romana destruída pelo vulcão Vesúvio, é considerada a primeira capital do sexo, onde havia o famoso Lupanar, o bordel mais frequentado da época.
Nas paredes do que foi esse famoso Lupanar, o mais antigo bordel de Pompeia, os historiadores encontraram pinturas que ilustram posições sexuais. E acredita-se que essas imagens seriam uma espécie de cardápio dos serviços sexuais prestados pelos homens e mulheres que lá trabalhavam.
O termo Lupanar acabou por ser assumido como uma definição de bordel. O termo latino "lupa" significa loba que é, ainda hoje, uma palavra usada, por vezes, para definir as trabalhadoras do sexo.
No Império Romano a prostituição era legal, mas muitas das pessoas que trabalhavam nos lupanares eram escravos ou antigos escravos.
Mas também havia mulheres livres e influentes, que faziam de damas de companhia de certas elites, com uns extras "carinhosos", claro está!
Quer as escravas, quer as trabalhadoras do sexo livres, todas pagavam impostos e deviam usar roupas vermelhas e o cabelo pintado para se distinguirem as mulheres "respeitáveis".
Algumas destas mulheres "respeitáveis" exerciam o trabalho de prostituição ocasionalmente, não por necessidade, mas por prazer. Um dos casos mais conhecidos é o da esposa do Imperador Cláudio, Valéria Messalina, que terá trabalhado num bordel de má fama na antiga Roma.
Há ainda um relato de que Valéria Messalina organizou uma festa com todas as meretrizes de Roma para ver qual é que se deitava com mais homens num só dia. Diz-se que uma das mais "profissionais" delas se rendeu ao cabo de atender 25 clientes, enquanto Valéria Messalina continuou pela noite dentro e que terá chegado às duas centenas de homens.
Naqueles tempos, não havia pudores, nem se conheciam conceitos como o "pecado" ou a "homossexualidade". Aos romanos quase tudo era permitido no capítulo do prazer sexual!
Assim, nos lupanares havia pessoas de quase todas as idades a prestarem serviços aos clientes.
Habitualmente, estes espaços eram divididos numa área superior, dedicada aos clientes mais importantes, com mais dinheiro e mais estatuto, e numa área inferior, onde se atendia a restante clientela.
À entrada dos cubículos de cada trabalhador do sexo eram inscritas imagens que pretenderiam ilustrar as suas especialidades sexuais ou o dinheiro que cobravam. Os cubículos, por seu turno, eram apetrechados apenas com uma cama, uma bacia para a higiene e pouco mais.
Gina Maria
Jornalista de formação e escritora por paixão, escreve sobre sexualidade, Trabalho Sexual e questões ligadas à realidade de profissionais do sexo.
"Uma pessoa só tem o direito de olhar outra de cima para baixo para a ajudar a levantar-se." [versão de citação de Gabriel García Márquez]
+ ginamariaxxx@gmail.com (vendas e propostas sexuais dispensam-se, por favor! Opiniões, críticas construtivas e sugestões são sempre bem-vindas)