10 Abril, 2018 HPV - Vírus do Papiloma Humano: como se transmite e como se trata
O que é, como se transmite e como se trata o vírus do papiloma humano ou HPV.
A última Newsletter da Porto G é dedicada ao Vírus do Papiloma Humano, também conhecido como HPV. Fica a saber o que é, como se transmite, quais são os seus sintomas e como se faz o diagnóstico, e ainda quais são as formas de tratamento que existem.
O que é?
O vírus do papiloma humano (HPV) tem uma taxa de prevalência elevada nos seres humanos. Este vírus tem a capacidade de infetar a pele e mucosas dando origem a lesões chamadas papilomas ou verrugas.
Este vírus não é exclusivo das zonas genitais, na verdade, pode alojar-se em zonas tão diversas como a vagina, pénis, garganta, língua, ânus, mãos ou pés.
Como se transmite?
É um vírus de transmissão por contacto:
- através de relações sexuais – oral, vaginal, anal – desprotegidas;
- contacto com pele infetada (com ou sem lesões visíveis);
- partilha de roupa interior e/ ou toalhas.
Apesar de rara, pode ocorrer também infeção vertical (de mãe para filho) durante o parto.
A depilação favorece o aumento de lesões e certos hábitos como o tabagismo e a ingestão de álcool podem aumentar o risco de cancro.
A evolução para cancro do colo do útero é muito lenta e, geralmente, assintomática.
Sintomas
Os principais sintomas estão relacionados com a presença de verrugas ou papilomas nas áreas acometidas pela infeção, mas pode ocorrer também sangramento, formação de pus, alteração na cor e espessamento da pele. Como resultado pode surgir também dor local.
Diagnóstico
O diagnóstico é feito com base na observação de lesões, ou do exame das células.
Nas mulheres é importante a realização do teste de Papanicolaou (citologia cervico-vaginal), para pesquisa da infeção nas células uterinas e para rastreio do cancro do colo do útero.
Pode realizar-se um exame citológico para pesquisa de HPV em zonas como o ânus, pénis e garganta.
Tratamento
A infeção causada pelo HPV pode ser benigna e ocorre muitas vezes uma regressão espontânea. Este facto está dependente da resposta imunitária do organismo e da estirpe do vírus que pode ser de alto ou baixo risco.
Os sintomas persistentes como as verrugas podem ser minimizados ou tratados mas devem respeitar as indicações médicas. Os tratamentos mais comuns incluem a crioterapia (terapia com frio), a eletrocoagulação (remoção por calor), laser, ou, quando necessário a excisão cirúrgica. As verrugas podem reincidir após tratamentos.
Prevenção
A prática de sexo seguro, com recurso a preservativo, ajuda a reduzir a possibilidade de ter HPV e outras infeções de transmissão sexual.
O preservativo feminino oferece uma proteção ainda maior! Isto, porque para além de proteger contra uma gravidez indesejada e contra a maioria das infeções sexualmente transmissíveis, diminui a exposição ao HPV por cobrir toda a área vaginal, incluindo a vulva (parte externa da vagina).
Alguns tipos de HPV podem ainda ser prevenidos através da vacinação.
É importante que o teste de Papanicolaou seja feito regularmente, como forma de rastreio preventivo, porque não há forma de saber em que pessoa o vírus vai persistir e evoluir para cancro.
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