02 Octubre, 2017 A moda da sologamia: o auto-casamento

É um casamento como outro qualquer, mas sem... noivo!

A italiana Laura Mesi cumpriu todas as tradições das noivas num casamento: um vestido branco, um bolo bem grande, muitos convidados... Mas nenhum noivo! Ela casou consigo própria numa nova moda que está a crescer: a sologamia.

Laura Mesi terá sido a primeira mulher em Itália a realizar um "auto-casamento", quer dizer, a casar consigo própria. Esta instrutora física de 40 anos, loiraça e independente, resolveu abraçar a chamada sologamia como um statement de afirmação de amor próprio (assim diz ela).

"Acredito firmemente que, acima de tudo, devemos amar-nos a nós próprias. Pode-se viver um conto de fadas sem o príncipe."

Evidentemente que o "auto-casamento" de Laura não tem qualquer valor legal. E assim ocorre com outras pessoas que estão a fazer o mesmo, noutros países. Então porquê casar, perguntam. Pela afirmação social que habitualmente é terreno exclusivo dos casais.

No caso de Laura, ela teve a ideia depois de um desgosto amoroso, ao cabo de uma relação de 12 anos, como contou ao jornal italiano La Reppublica.

"Disse aos meus amigos e familiares que, se não encontrasse a minha alma gémea aos 40 anos, casaria comigo mesma. Se algum dia encontrar um homem com quem planear o futuro, ficarei feliz, mas a minha felicidade não depende dessa pessoa."

A moda dos "auto-casamentos"

As primeiras referências aos "auto-casamentos" surgiram em 1993 e chegaram à televisão através de séries famosas como "Sexo na Cidade" e "Glee".

Entretanto, a moda começou a ganhar força e, actualmente, há várias agências que se dedicam a organizar cerimónias de "auto-casamentos" para mulheres solteiras. Algumas vendem kits que incluem anéis e cartões com mensagens positivas para afagarem o ego das noivas.

Mas a ideia da sologamia nem a todos soa como tão cor-de-rosa como a pintam estas agências e estas noivas solitárias. Há quem diga que é uma atitude narcisista ou simplesmente, uma loucura ou o cúmulo da tristeza e da solidão.

Independentemente do que cada um ache, o que importa é que todos sejam felizes à sua maneira.

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