18 Enero, 2017 A beleza da mama
Em busca da mama perfeita.
Já dizia o ditado “mais vale uma mama na mão do que duas a voar”. Não era bem isto que dizia, mas aposto que vos chamou a atenção. A mama é a invenção mais fantástica desde o pão de forma. Ou a cona. Depende do que mais gostam: pão de forma ou cona? Ou pão em forma de cona? Pensem bem antes de responder.
Desde tenra idada que desenvolvemos uma relação especial com a mama, pois é ela a nossa primeira chucha. Curioso que depois passamos uma vida inteira a querer chuchar mais, mas não é na da nossa mãe (se for o vosso caso, quem sou eu para criticar?). A mama é também conhecida como a “segunda base” que um adolescente tenta alcançar. Qualquer teenager sabe do que estou a falar: a aterragem da nossa mão na primeira mama adolescente desperta a mesma sensação de alegria que a aterragem do homem na Lua.
De facto, o amor à mama é unânime: todos gostam de mamas. Eu gosto de mamas. Tu gostas de mamas. As mulheres gostam de mamas. Até os gays gostam de mamas, vá lá saber-se porquê.
Mas o que é uma boa mama? Esta é a questão fracturante de hoje. Existirá tal coisa como a mama perfeita? Haverá uma mama universal, uma Messias Mamária que consiga unir todos os nossos gostos pessoais? Uma mama para a qual todos olhamos e dizemos “mas que bela mama, sim senhor”?
Já atravessei fases. Confesso que na minha adolescência, todas me pareciam excelentes mamas. Não havia tal coisa como uma mama pouco atraente. Ou gaja, para ser mais sincero ainda. O nosso gosto vai-se formando à medida que a nossa maturidade sexual aumenta, embora no que a mamas concerne, seremos sempre imaturos a lidar com elas. Presentemente, sou bastante fã da mama “manga do Brasil”: aquela mama que encaixa perfeitamente na mão, semi-rija e apresentando um perfume fantástico capaz de nos inebriar. Longe vão os tempos em que me pelava por um mamaçal capazde derrubar pratos de loiça em lojas da Vista Alegre. Se bem que um grande par de mamas será sempre um grande par de mamas, perderam o seu apelo inicial qe tinham para mim. Talvez eu não tivesse mãos para aquilo, vou ser sincero. Talvez por ter visto o meu caralho desaparecer numa “espanholada” com uma gaja que tinha melões do Algarve no lugar de mamas, eu tenha ficado com a sensação que esse tipo de mamas não é o meu género. Por outro lado, existem homens cujo tipo ideal de mama é “the bigger the better” e têm todo o meu respeito e admiração por conseguirem lidar com essa situação. Como qualquer homem que se preze, sou apreciador de um bom decote. Elegante, mas não exagerado. Revelador, mas não vulgar. E para isso contribuiram em muito os soutiens “push-up” que tanto de benéfico trouxeram à imagem da mulher, como de mau: quantos e quantos de nós já não tirámos o soutien a uma senhora e nos perguntámos “para onde é que foram as mamas?”. A indústria da estética também tem a sua quota parte de responsabilidade em criar falsas expectativas para ambos os lados. Nem todos são fãs de mamas “de brincar”, mas que a coisa fica bonita, lá isso fica. Pelo menos até as mordermos e ficarmos com um sabonete de silicone na boca.
A mama é uma das expressões máximas da feminilidade, um símbolo de fertilidade e, em última instância, de muita diversão para os dois lados. É uma das zonas erógenas mais sensíveis da mulher e um dos carrosséis mais divertidos para a criança-homem andar a brincar.
Eu não sou um gajo de mamas, sou um gajo de rabos. Talvez por isso não seja a pessoa indicada a dissertar sobre a beleza pura da mama.
Mas quem não chora, não mama.
Boas fodas e até domingo.
Noé
Noé
Trintão miúdo de coração ao pé da boca. Perdido em fantasias concretizadas e concretizáveis apenas preso por amarras do anonimato. Relatos passados de opinião libertina é um santo pecador por excelência.