07 Enero, 2015 Actriz porno e professora de Escola Católica com muito prazer!
"Sou católica, visito clubes de swing e faço porno, e depois?" A desafiante Julia Pink...
A actriz porno Julia Pink manteve durante dois anos uma vida dupla, trabalhando na indústria dos filmes para adultos e dando aulas numa Escola Católica ao mesmo tempo. Só que foi descoberta pelos católicos responsáveis da instituição e despedida.
Trabalho porno incompatível com mensagem cristã
Julia Pink foi descoberta quando ganhou um prémio numa feira porno pelo seu trabalho como actriz. E, depois de 17 anos a trabalhar para a Associação Federal Germânica Evangélica Diakonia, em Munique, foi despedida sem aviso prévio.
"Apesar dos seus longos anos de serviço, sentimos que o seu outro trabalho é incompatível com a nossa mensagem", anunciou um porta-voz da Igreja citado pela imprensa germânica.
A professora, que dava aulas a crianças e era supervisora de adultos com dificuldades de aprendizagem, rebateu a decisão da escola, avançando com uma queixa em tribunal, reclamando os seus direitos a esta peculiar actividade extracurricular.
O juiz considerou que o despedimento foi "injusto", mas que "as razões" por trás da decisão são "legítimas", uma vez que as suas actividades pornográficas são consideradas "contrárias à ética sexual da Igreja". O exercício da actividade como actriz porno constitui uma "quebra do dever de lealdade que pode justificar uma dispensa", segundo o juiz.
"Sou Católica e crente. Visito clubes de swing e faço porno, e depois?"
Julia Pink não ficou satisfeita com a decisão e defende que a sua actividade na indústria porno não afecta o seu desempenho profissional como professora.
"Eu faço filmes porno, mas isso não quer dizer que não posso ensinar e que não posso promover valores cristãos. Sou uma Católica e uma crente. Visito clubes de swing e faço porno, e depois?" Eis a pergunta, sem papas na língua, que deixará os responsáveis da Escola Católica sem resposta pronta.
Há pais que a defendem!
Na Escola a notícia da vida dupla da professora caiu que nem uma bomba, mas há quem a defenda, como é o caso do pai de duas crianças que ela ensinava.
"Milhões de pessoas vêem pornografia na Alemanha e por todo o mundo e isso não significa que não podem educar as suas crianças adequadamente. Por isso, só porque esta mulher está no porno, não significa que não pode fazer o seu trabalho como professora bem", salienta Christian Herman. Ao que parece, nem todos partilham desta ideia.
O que é certo é que Julia Pink conseguiu, além de visibilidade para o seu hobby porno, abrir o debate na sociedade alemã.
Julia Pink transforma hobby porno em profissão
Este despedimento parece estar a dar um particular empurrão à sua carreira de actriz porno, depois de o seu caso ter sido reportado nos mais importantes jornais da Alemanha e de ter tido eco por todo o mundo. No início deste ano, Julia Pink lançou um canal de televisão próprio na Internet e tem participado em várias feiras e eventos eróticos.
No final de 2014, lançou o seu primeiro grande filme porno como protagonista, devidamente intitulado "Julia Pink - A professora porno". Uma obra que é classificada como "Oral Extremo" e "Hard Sex", anunciando-se que Julia Pink "transforma o seu hobby em profissão".
Esta "Milf" do porno começou a carreira de actriz na indústria do sexo em 2013, quando já tinha 37 anos, conforme se refere na base de dados do Internet Adult Film.
Gina Maria
Jornalista de formação e escritora por paixão, escreve sobre sexualidade, Trabalho Sexual e questões ligadas à realidade de profissionais do sexo.
"Uma pessoa só tem o direito de olhar outra de cima para baixo para a ajudar a levantar-se." [versão de citação de Gabriel García Márquez]
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