18 Diciembre, 2017 Lançamento do site Porto G no Dia internacional para Eliminação da Violência sobre TS
17 de Dezembro assinala a reivindicação pelos direitos fundamentais de quem presta serviços sexuais.
Mais uma vez, o Porto G associa-se às comemorações do Dia Internacional para a Eliminação da Violência sobre Trabalhadores/as do Sexo, e desta vez, com o lançamento do nosso Website.
Boa tarde a todas e a todos!
Mais uma vez, o Porto G associa-se às comemorações do Dia Internacional para a Eliminação da Violência sobre Trabalhadores/as do Sexo (TS), data muito significativa na reivindicação pelos direitos fundamentais das pessoas que prestam serviços sexuais (direito à saúde, direito laboral e, essencialmente, direito à NÃO VIOLÊNCIA).
Fazemo-lo, desta vez, com o lançamento do nosso Website - www.portog.org. Acreditamos que este será uma ferramenta importante na divulgação dos nossos serviços junto da nossa população-alvo (TS e clientes de sexo pago), assim como da comunidade em geral.
Da mesma forma, acreditamos que será um contributo crucial na desconstrução dos estereótipos e preconceitos que vulnerabilizam estas pessoas e que as colocam à margem de uma sociedade que, também, deve garantir os seus direitos.
Dia Internacional para a Eliminação da Violência sobre TS
A 17 de dezembro de 2003, Gary Leon Ridgway foi condenado a prisão perpétua pelo homicídio de 48 mulheres nos EUA, na sua grande maioria trabalhadoras do sexo. Em tribunal, o mesmo declarou que escolheu estas mulheres como as suas vítimas, porque "provavelmente, ninguém iria fazer queixa à polícia".
"Escolhi prostitutas porque pensava que podia matar quantas quisesse sem ser apanhado."
Desde esta data, assinala-se, um pouco por todo o mundo, o Dia Internacional da Eliminação contra a Violência sobre Trabalhadores/as do Sexo (TS), no sentido de sensibilizar todas as pessoas para a violência que os/as afeta.
Esta violência assume diversas formas, atinge todos os setores desta indústria e é praticada por clientes, parceiros/as, autoridades policiais e, até mesmo, pelo próprio Estado hipócrita que exige a estas pessoas o cumprimento dos seus deveres enquanto cidadãs, mas que lhes barra os seus direitos.
Em contextos em que o Trabalho Sexual é, de alguma forma, criminalizado, os/as TS são percebidos/as, ainda mais, como alvos fáceis de agressão, sem voz, sem poder de denúncia. Em Portugal, não é crime a prática de Trabalho Sexual, no entanto outras figuras ligadas a esta indústria podem ser criminalizadas, o que potencia, ainda mais, a marginalização deste fenómeno, privando os/as seus/suas atores/atrizes do exercício de uma cidadania plena: sem direitos laborais, sem condições de higiene e segurança no trabalho, e com acesso limitado à saúde e à justiça.
Se tiveres dúvidas ou sugestões, não hesites em contactar o Porto G.