17 Septiembre, 2018 Viajar e pinar
Cada toque de cada um deles, cada passagem de língua fosse por onde fosse, fazia-os respirar mais profundamente e iam-se soltando os primeiros gemidos.
Há viagens que ficam marcadas para a vida e esta assim foi. Pouco se sabe do resto da história. Nada se sabe sobre o resto da noite. Uma coisa é certa: aqueles dois amigos tinham quebrado ali uma barreira e um casal de australianos tinha carimbado mais um momento inesquecível em terras nacionais.
A Filipa e o Duarte são dois amigos inseparáveis. Daqueles que quem olha de fora parece que vê um casal mas no fundo não passam de dois amigos com laços fortes. Todos os anos, sempre que existiam fins de semana prolongados, acabavam a combinar viajar de carro para um local distante da sua terra: Braga.
Era o 10 de Junho, dia de Portugal, e naquele ano calhava numa sexta-feira.
Carro carregado, combustível posto e o destino era a vila da Nazaré no distrito de Leiria.
Chegaram ao destino por volta das três e meia da tarde. Foram directos ao hotel para fazer o check-in que tinha sido a Filipa a marcar.
Um espaço renovado, moderno, muito branco, um espaço diferente daqueles que estavam habituados a frequentar quando viajavam. O dia passou-se na praia e como era Maio o desejo de apanhar um bronze era muito, aproveitaram para ir até à praia e oficializar assim o seu primeiro dia de praia do ano.
Normalmente, quando viajavam, acabavam por fazer planos noturnos de sair a um bar, beber uns copos e terminar a noite ao luar a fumar. Contudo, sem eles saberem, aquela noite iria ser diferente.
O relógio batia as duas da madrugada e ambos já estavam bastante alcoolizados e drogados numa praça municipal da Nazaré. Filosofavam e riam-se por tudo e por nada e sono era algo que ambos não tinham.
Decidiram então regressar a um bar em que tinham estado a beber vinho desde a hora de jantar. O bar era de um casal simpático e oriundo da Austrália. Tinham-se mudado para aquela região em meados de 2000 para estar mais próximo dos filhos, hoje já casados e a viver de novo na Austrália, que estudavam em Lisboa. A paixão do casal pelo mar era tanta que mudaram-se para ali quando os filhos partiram para “casa” pois viviam no centro de Lisboa.
- “De volta?” - Dizia o australiano quando os viu regressar ao seu estabelecimento.
Rapidamente juntaram-se os quatro no balcão e começaram a trocar conversas mais pessoais sobre objectivos de vida, gostos em comum, entre outras questões. Nem a Filipa nem o Duarte se aperceberam, mas do nada o pequeno bar estava fechado com apenas os quatro lá dentro e, devido ao álcool estavam cada vez mais soltos e destemidos.
O sangue fervia nas veias e o calor que já se fazia sentir naquela altura do ano ajudava à criação do clima íntimo. Mão na perna da Filipa era pousada pelo australiano. Da australiana vinha algum carinho fácil para o Duarte. Risos. Toques. Sedução. Era aquilo que ali ia acontecendo. Rapidamente percebeu-se que nenhum dos quatro dava para trás e mesmo com alguma diferença de idades, nada era entrave para uma noite de sexo a quatro.
Depois de fecharem à chave o estabelecimento, encostaram-se ao sofá que está próximo de uma lareira. As mantas, essas, serviram de aconchego para os 4 depois de já terem trocado longos beijos entre casais. Rapidamente a temperatura corporal de todos eles aumentou e proporcionalmente as peças de roupa eram tiradas do corpo e atiradas para o chão. Cada toque de cada um deles, cada passagem de língua fosse por onde fosse, fazia-os respirar mais profundamente e iam-se soltando os primeiros gemidos. A Filipa e o Duarte queriam ambos relacionar-se entre eles mas ao que parecia os australianos queriam impor a troca durante todo o ato. Ele, o Duarte, já penetrava a australiana com ela de quatro em cima de uma mesa de madeira que estava centrada no espaço. Ela, era rasgada pelo quarentão no sofá com ele por cima. Os amigos, esses, convenceram o casal à troca e a desbloquearem um passo que nunca tinha sido desbloqueado. O Duarte pegou ao colo a Filipa e encaixou-a sentada no balcão. Um balcão de madeira lisa a meia altura que chegou para que ambos fizessem o que tinham a fazer. Palmadas secas, arranhões nas pernas, mordidelas na pele húmida de ambos, orgasmos, era muito isto que ali se ia fazendo.
Pouco se sabe do resto da história. Nada se sabe sobre o resto da noite.
Uma coisa é certa: aqueles dois amigos tinham quebrado ali uma barreira e um casal de australianos tinha carimbado mais um momento inesquecível em terras nacionais.
Alexa
Uma mulher com imaginação para dar e vender.
Sempre gostei de escrever, mas coisas eróticas... isso gosto mais. Levar um homem à loucura através de palavras e da sua própria imaginação. Como adoro...