28 Noviembre, 2019 Viagem ao centro da peida
Lurdes é o que se chama uma chubby. Ou, em bom português, uma gordinha.
Quando Lurdes passa com a toalha debaixo do braço, é sabido que não a iremos ver nas próximas duas horas. Lurdes é a irmã mais nova da minha mulher e tem uma obsessão pela limpeza corporal. Desde que veio morar connosco, há coisa de um ano e meio, nunca a vi tomar um duche.
Para ela só funciona uma banheira cheia até ao cimo, onde fica a marinar como uma baleia encalhada até a essência dos géis e sabonetes se entranhar nos cantos e recantos da sua pele.
Lurdes é o que no glossário erótico se chama uma chubby. Ou, em bom português, uma gordinha. Logo no primeiro dia que entrou em nossa casa acordou em mim facetas desconhecidas... A Helena, minha mulher, nunca foi farta de carnes e a novidade daquela generosa abundância a passear-se pela minha sala, fazendo tremer os bibelots nas prateleiras, produziu-me a tesão insólita de um homem que de repente quer ter oito mão, para conseguir abarcar tanta sensualidade!
Porque Lurdes é primeiramente isso: ultra sensual! No seu corpo tudo está onde deve estar, apenas na versão XXL.
Desde que ela chegou, quase não me reconheço. Vejo-me ao espelho e só consigo discernir um homem que não fode a sua legítima esposa há mais de um ano. Mal tenho cabeça para trabalhar e é impossível ela não reparar quando a olho com as órbitas esbugalhadas e meia língua fora da boca, como um pastor alemão esfomeado.
Quando nos cruzamos, eu encarno ora um inspector que mede minuciosamente a forma como o cu lhe enche as calças, ora um nadador salvador preparado para lhe mergulhar para o rego das mamas. Nunca a olho nos olhos, pois há tanta mais carne para ver, e tão pouco lhe consigo dizer qualquer coisa de jeito. Quando ela passa com a toalha e o seu cabaz de cremes, shampôs e sabonetes, limito-me a apontar para o boião que tem a forma mais sugestiva e pergunto:
– Este é o que metes na cona?
É a minha maneira de lhe dizer bom dia...
Ela não só não se escandaliza como ainda se ri, o que acirra ainda mais o meu devaneio.
Resumindo, eu, que sempre fui um conas com as mulheres, à vista da minha cunhada transformo-me num porco tarado que passa o dia com o nariz no ar à procura do rasto elegante da sua trufa perfumada… A vida tem estas disparidades: Lurdes só pensa em lavar-se, eu só penso em emporcalhá-la!
Sinto-me um homem-bomba prestes a explodir, um adúltero por consumar. Até podia dar-se o caso de as fragrâncias gelatinosas de Lurdes servirem como catalisador para reavivar a chama do meu casamento. Mas não é isso que acontece. Muito sinceramente, quero que a minha mulher se foda, quero é foder a irmã dela!
Por muito tempo dei o que tinha e o que não tinha, até esgotar os piropos todos, as promessas todas…
– Foda-se, és tão boa! És linda como o hipopótamo que desliza de nenúfar em nenúfar… Quando é que me deixas abrir-te essas nalgas planetárias e meter o nariz onde não sou chamado? Aposto que tens a rata peluda como um marsupial! Deixa-me só meter a cabecinha, o resto é pescoço…!
Durante meses, disse-lhe tudo da boca para fora, na vaga ilusão de que um dia me deixasse entrar nela da cona para dentro.
Até que resolvi mudar de estratégia. Decidi calar-me e passar das palavras aos actos. Uma passagem inocente da mão pelo rabo… Um dedinho maroto a tracejar-lhe o rego do cu… Um polegar a roçar-lhe no mamilo…
Nunca se desmanchou. Ria-se, mas permitia. Um dia, já enlouquecido, prensei-a contra uma porta e enfiei-lhe a mão dentro das calças de licra. Não tinha cuecas. Senti um ventre peludo e, logo a seguir, uma fenda encharcada. Tentei enfiar-lhe a língua na boca, mas fugiu-me entre risinhos. Contudo, não ofereceu resistência à minha palpação, pelo contrário, ajeitou as ancas para receber os meus dedos e abriu ligeiramente as pernas.
– És uma verdadeira bordas de água! Olha para isto, estás a pingar como uma torneira avariada!
Mas nesse instante ouvi a Helena aproximar-se e tive que a largar. Evadi-me para o meu quarto para lambuzar os dedos que lhe tirei da cona pela cara toda. A sua dosagem cosmética era potente, mas não ia tão longe que lhe fizesse desaparecer os odores e sabores naturais: cheirava a cona e sabia a cona! Bati ali mesmo uma punheta supersónica e, na falta de melhor recipiente, verti a esporra nos chanatos da minha mulher.
O meu grau de loucura foi aumentando cada vez mais. Viver assim era uma provação, mas estava decidido a sucumbir-lhe. Noutro dia topei a Lurdes a passar do banho com a toalha enrolada, fui atrás dela e entrei-lhe pelo quarto sem bater. Foi a primeira vez que a vi completamente nua.
Ela olhou para mim sem espanto nem reclamação. Continuou naturalmente a limpar-se. Eu já não tinha pruridos nem jogos florais. Já tinha chegado até ali, implorei-lhe que me deixasse fodê-la! Sempre com os seus risinhos divertidos, respondeu-me que não ia acontecer.
– Ora essa, porquê? Não gostas do teu cunhadinho? Não gostas de pila?
– Gosto muito dos dois. Mas sou virgem.
– Não és nada!
– Sou, sou.
– Dá-me 10 minutos e resolvo-te esse problema.
– Não posso. Quero ir virgem para o casamento.
– Eu caso contigo!
– Não podes, és casado com a minha irmã.
– Então faz-me um broche!
– Não posso, é traição…
Ficámos nesta conversa mole que me punha a picha dura enquanto ela secava energicamente a rata com a toalha. As mamas tremiam-lhe como um pudim no comboio da meia-noite para Lisboa.
Atirou a toalha ao chão – eu não! – e pude observar bem a sua pintelheira farta com os pêlos limpos e arrebitados. Sem aguentar mais, saltei-lhe para cima como um tigre, meti-me entre as suas pernas e comecei a dar ao cu sem nem despir as calças... Foi então que a máxima expressão do seu corpo olímpico se pronunciou: aviou-me uma chapada de tal magnitude que me senti voar de um lado ao outro do aposento! Acordei estremunhado como se tivesse acabado de aterrar na Apollo 13 e voltei para o meu quarto, abatido mas não derrotado.
Se conseguisse manter o discernimento, talvez fosse capaz de urdir um plano. Mas os meus nerónios não conseguiam pensar na presença de Lurdes, andavam sempre de pau teso aos tombos uns contra os outros. Pensei honestamente em render-me, em renunciar àquela tentação que começava a estragar-me a vida. Ainda tinha um ouvido a zumbir da laracha que me tinha espetado. Até que chegou o dia fatídico…
Era uma terça-feira e eu tinha decidido: ou vai ou racha! Não podia desistir da racha sem uma última tentativa. A minha mulher não estava em casa. Esperei que Lurdes passasse, como sempre, com os seus apetrechos para a casa de banho. Ela estava à espera que eu a devorasse com os olhos durante o desfile, mas bem se fodeu: ignorei-a com uma pinta do caralho! Contrariada, pois estava habituada àquele exercício diário de me atazanar, fechou a porta com estrondo. Foi a minha vez de me rir.
Dei-lhe meia hora de avanço e entrei em acção. Encostei o ouvido à porta e ouvi-a chapinhar dentro da banheira. Tirei as calças, abri a porta sem barulho e vi que tinha as cortinas corridas. Espreitei por uma fresta e lá estava ela, de bruços, de rabo para o ar, com o buraco do cu aberto como a válvula duma baleia que veio à tona respirar.
Ao ver aquela abertura tive a certeza quase absoluta de que, apesar de se autoproclamar virgem, não lhe eram desconhecidos os prazeres da penetração. Um cu assim aberto não passava no teste da farinha… Aquilo era cu que já tinha sido enrabado! E vistas assim as coisas, nem pensei mais no caso. Tirei as cuecas, enfiei-me de quatro na banheira e cai sobre as costas dela com uma pontaria tão certeira que o meu caralho se lhe enterrou nas nalgas sem dizer água vai! Molhada e ensaboada como estava, entrou que foi uma limpeza!
Surpreendida daquela maneira, Lurdes gritou e agitou-se de tal forma que esvaziou metade da banheira. Mas eu estava agarrado a ela como um vaqueiro a um touro mecânico, e continuei a bombar dentro dela até que a repulsa deu lugar ao prazer. Começou a gemer com largos suspiros e colocou-se também ela de gatas, para me facilitar o trabalho.
– Então, cunhadinha, é bom? Gostas de levar no pacote? No pacote não és virgem, não me venhas cá com merdas!
Ela não dizia nada, só arfava. Naquela posição, tinha todas as suas partes adiposas à disposição. Depois de lhe aviar meia dúzia de nalgadas, para compensar o bofetão que me tinha dado, arranhei-lhe os mamilos como um gato assanhado, o que a fez miar languidamente. Um minuto depois tinha-a agarrada pelos cabelos e montava-a como o Roy Rogers em cima do Mister Ed.
Senti o leitinho a chegar e por muito que gostasse da ideia de lhe encher o cu de nhanha, tive o desejo de a olhar nos olhos por uma vez na vida. Sentei-me então no bordo da banheira, puxei-a para mim e meti-lhe o caralho entre as mamas.
– Sabes o que tens a fazer!
Comer uma gordinha e não usufruir duma espanholada é como ir a Belém e não comer um pastel de nata…
Com tanta basculância, o meu caralho foi-se aproximando do próximo buraco e quando o tinha mesmo à frente do nariz ordenei-lhe com a voz musical do Toy:
– Chupa!
Engoliu-me de tal forma a narça que deixei de a ver. Não demorou muito a vir-me, os primeiros jactos dentro da boca e o resto na cara dela.
Ao vê-la escorrer a minha esporra das beiças até às mamas, senti-me um porco na brasa e só me apetecia dizer-lhe coisas nojentas:
– A partir de hoje vou-te ao cu cada vez que passar por ti! Vais passar os dias a cagar esporra e a cuspir esporra! É disso que tu gostas, não é, minha porca? De um caralho bem aviado nas cavidades… Diz lá, foi bom, não foi?
E Lurdes, com a mania das limpezas:
– Foi limpinho, limpinho!
Armando Sarilhos
Armando Sarilhos
O cérebro é o órgão sexual mais poderoso do ser humano. É nele que tudo começa: os nossos desejos, as nossas fantasias, os nossos devaneios. Por isso me atiro às histórias como me atiro ao sexo: de cabeça.
Na escrita é a mente que viaja, mas a resposta física é real. Assim como no sexo, tudo é animal, mas com ciência. Aqui só com palavras. Mas com a mesma tesão.
Críticas, sugestões para contos ou outras, contactar: armando.sarilhos.xx@gmail.com