15 Enero, 2021 História de reis e rainhas
A jovem rainha vivera toda a sua curta vida no convento... E nunca tinha estado com um homem...
Depois do longo jantar de bodas, respondendo ao sinal de um ministro, a jovem rainha recolheu aos aposentos. Aí, já a esperavam 12 noviças, orientadas pela madre, para a prepararem para as núpcias. Entre banhar-se, empoeirar-se e vestir-se, tinha pelo menos para duas horas e a cada minuto que passava sentia-se mais nervosa. Naturalmente, nunca tinha estado com um homem. E o que a atemorizava mais ainda era não saber o que isso significava.
Ninguém lhe dissera nada. Ninguém a instruíra. Apenas sabia que devia estar cheirosa e esperar o marido para dormirem na mesma cama. Que doravante seria assim de vez em quando, segundo os desejos dele, aos quais ela devia obediência absoluta.
A jovem rainha vivera toda a sua curta vida no convento, preparada para um futuro escrito de antemão. Não sabia nada. Tudo aquilo lhe dava medo.
O rei só apareceu três horas depois, acompanhado pelo anão da corte e por um monstro ébano de pelo menos dois metros e meio de altura, vestido só com uma tanga que não escondia a volumetria da vara entre as pernas. Com uma taça de vinho numa mão e uma coxa de cordeiro assado na outra, o rei vinha de vestes desarranjadas, gordura nas barbas e não tentava esconder que estava bêbedo.
Homem de guerras, de caça grossa e índole rude, não dispensava delicadezas às mulheres, que estava habituado a consumir como outra comodidade qualquer, sem nenhum tipo de pudor ou moderação. Entrou em cena como um furacão:
– O rei comeu, o rei bebeu, o rei cagou… Agora o rei quer cona!
As freiras benzeram-se, horrorizadas com o linguajar.
– É hoje que me mostras a cona, Madre? É hoje que vejo essa pachacha peluda onde à noite enfias os dedos no fogo de deus?
E deu uma sonora gargalhada, que fez dispersar o bando. Proibidas de sair da alcova, pois era de lei que testemunhassem a defloração da noiva, as freiras refugiaram-se nos cantos mais sombrios, na esperança de que a besta se alheasse delas. E pareceu funcionar, pois o rei virou as atenções para a sua virgem esposa.
– Vá, minha rainha, mostra-nos esse cu real.
O anão ria-se e batia palmas.
Agarrando-a com um longo abraço, o rei pegou no leve corpo da rainha e rasgou-lhe o fino tecido da combinação, deixando-a logo nua da cintura para baixo. Meia dúzia de pintelhos arrepiaram, do frio e do terror. Sem mais demoras, usando a força do seu corpo bruto, empurrou-a contra a cama, que era alta, deixando-a exposta, de bruços sobre as mantas e de rabo para o ar. Afastou as duas nádegas, pequenas demais para o seu gosto, e puxando um escarro das entranhas cuspiu-o para dentro do ânus. Espalhou um pouco com os dedos e afastou a túnica, puxando um caralho bem teso para cima da zona oleada. Meteu a cabeça na entrada do buraco e enterrou-se de um sacão, enrabando-a logo até ao fundo.
A rainha gritou como nunca tinha gritado na vida, mas o rei ignorou. Começou a dar às ancas, em velocidade crescente, até o pobre rabinho à sua mercê começar aos peidos. Então virou-a de frente e, abrindo-lhe bem as perninhas, assaltou-lhe a racha virgem como o corsário Francis Drake costumava abordar navios inimigos: sem piedade!
O caralho, grande demais, abriu caminho pela fresta de penugem rala até gotas de sangue rebentarem pelas bordas cor de rosa. A rainha gemeu e as freiras aplaudiram com alegria e ternura.
O rei é que não estava pelos ajustes e continuou a martelar em cima da rapariga com se ela fosse uma das suas putas de rata lassa. Ao tempo que não fodia nada tão apertado e estava delirante como numa tarde de perdizes.
Quando sentiu chegar os leitinhos, como sempre fazia, o rei mandou aproximar o príncipe de ébano. Este, sem nada dizer, bem treinado que estava, libertou a tanga, desviou a túnica do rei e, descobrindo-lhe o cu, meteu nele os seus vinte centímetros de caralho até os tomates de um assomarem os tomates do outro. Trespassado daquela maneira, com uma lagriminha ao canto do olho, o rei veio-se então, copiosamente, aos solavancos, na cona da rainha. Meteu nela tanta esporra que seguramente chegava para um par de herdeiros gémeos.
Ao escravo foi dada a bendição de ejacular na peida da rainha, para não contaminar a semente, três quartos de hora depois de a esfodaçar com todas as artes do mundo, para gaudio do rei, que via nos desempenhos sexuais do seu protegido o equivalente a uma vitória no campo de batalha, e felicidade da rainha, que esmagada por aquele corpo de ébano aprendia que os deveres da esposa não tinham por que estar desligados dos prazeres dos amantes.
Reza a História que os três, o rei, a rainha e o seu escravo, foram muito felizes durante os longos anos que durou o seu reinado.
Armando Sarilhos
Armando Sarilhos
O cérebro é o órgão sexual mais poderoso do ser humano. É nele que tudo começa: os nossos desejos, as nossas fantasias, os nossos devaneios. Por isso me atiro às histórias como me atiro ao sexo: de cabeça.
Na escrita é a mente que viaja, mas a resposta física é real. Assim como no sexo, tudo é animal, mas com ciência. Aqui só com palavras. Mas com a mesma tesão.
Críticas, sugestões para contos ou outras, contactar: armando.sarilhos.xx@gmail.com