15 June, 2024 Sexo e Higiene
O ideal é fazer tudo com segurança máxima para minimizar o risco que esta profissão carrega.
A higiene é o fator que mais se aborda no mundo do sexo, e muito mais no mundo do sexo pago, pois há imensas doenças que se podem transmitir - e algumas delas até são silenciosas como é o caso da tuberculose.
A tuberculose requer um tratamento diário muito prolongado em frente de enfermeiros, pois a medicação é dada por eles, diariamente, ao paciente para confirmarem que o doente a está a tomar. Esta doença espalha-se por contato e, por isso, há muitas acompanhantes que se recusam a beijar os clientes.
Seria perfeito se toda a gente tivesse os exames em dia, e se houvesse a liberdade de certificar atestados de saúde no mundo do sexo como se faz na Holanda, mas aqui isso não acontece, pelo menos por agora. Ainda assim, também não deixa de ser perigoso porque há doenças que só se manifestam passado algum tempo.
O ideal, então, é mesmo fazer tudo com segurança máxima para minimizar o risco que esta profissão carrega!
Sim, esta profissão é muito violenta emocionalmente pelo perigo que gera à sua volta, não só por causa dos roubos, mas também por causa da saúde de cada pessoa. Tanto a acompanhante como o cliente estão em permanente risco!
Dizer ao cliente para tomar banho quando chega, não basta porque a acompanhante também deveria tomar banho após cada atendimento.
Também deveria mudar os lençóis - ter lençóis descartáveis seria o ideal. Não nos podemos esquecer do suor, dos orgasmos que ficam pela cama, e estar com outro cliente por cima disso tudo é quase meio caminho andado para a transmissão de alguma coisa.
Eu sei que 90% das pessoas - tantos dos homens como das mulheres - só pensam no prazer imediato. No caso das profissionais do sexo, elas pensam no dinheiro e eles no prazer sexual. Isso tolda o pensamento muitas vezes, e quando isso acontece age-se por impulso e de forma irracional.
Sem ponderação, não há ação e as coisas podem complicar-se muito depressa a nível de saúde. Não custa nada meter esse limite e cumprir a higiene para a sua proteção.
Ninguém gosta de ficar doente e, muito menos, de ir ao médico e ter uma surpresa que a vai limitar para o resto da sua vida. Não vale a pena ter uma cruz às costas porque pensou primeiramente no prazer imediato do que na sua segurança!
O respeito pela profissão começa em si mesmo, quando se dá ao respeito para consigo e define limites de forma a proteger-se. Aliás, até lhe faz bem à autoestima porque lhe dá atitude e sabedoria.
Sendo assim, proteja-se! Mas se por acaso sofre de uma condição de saúde, o melhor será mesmo vigiar e ter a certeza que mantém tudo de acordo com o que os médicos lhe dizem.
Não vale a pena chorar no leite derramado - o melhor é fazer tudo o que esteja ao seu alcance para eliminar a doença, ou estabilizá-la, conforme o que os médicos lhe dizem. Também deverá ter o cuidado e a preocupação de não a passar a outras pessoas.
Tenha empatia por si e pelo outro e o universo irá compensar!
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