12 julho, 2015 Sexo e Desejo como nunca os viu...
Um filme que mostra o sexo real de uma perspectiva única. Ora espreite...
"Lover" é um filme que surpreende pelas cenas de sexo autênticas que revela. Foi esse mesmo o objectivo do duo de realizadores norte-americanos Will Hoffman e Julius Metoyer, apresentar o sexo e o desejo na sua forma mais real, afastando-o das ilusões do porno. Ora veja esta curta sobre a intimidade e a luxúria...
Os californianos Will Hoffman e Julius Metoyer realizaram este pequeno filme "sui generis" para o site Nowness. E foi em declarações a esta publicação que os dois homens explicaram que o seu objectivo com "Lover" foi redefinir a essência do sexo nas suas formas mais reais de intimidade.
"As cenas de sexo nos filmes narrativos são sempre medíocres e o porno está, simplesmente, num outro nível de insinceridade. Queríamos fazer um filme que não fosse sobre ver sexo, mas, pelo contrário, despoletasse memórias do que se sente quando se está emocionalmente rendido a um companheiro. Aquele momento em que se fica livre de julgamentos ou de auto-consciência e nos abrimos ao impulso e ao desejo."
Will Hoffman e Julius Metoyer comentaram também no Nowness o que pensam sobre o sexo nos filmes e, em particular, na pornografia...
"O porno parece um estilo de filmagem que está focado apenas no imaginário sexualmente gráfico e explícito. As pessoas adoram e a sua popularidade está provada, mas a sua representação específica do sexo transforma todo o sexo numa coisa porca.
Se o teu único objectivo é excitar alguém, então deves fazer porno. Se quiseres fazer com que alguém pense ou sinta alguma outra coisa, tens que criar um conjunto diferente de regras, muitas das quais inventamos ao longo do caminho."
Os dois realizadores de Los Angeles ainda falaram da forma como filmaram "Lover" e das decisões que tomaram do ponto de vista cinematográfico, nomeadamente a propósito da experiência de filmar cenas de sexo de uma perspectiva tão real...
"Depressa percebemos que ter os nossos casais virados para qualquer lado, de 90 a 180 graus, era muito mais fácil do que quebrar a câmara e reposicionar as lentes.
Para maximizar a nossa filmagem tivemos que falar alto e dizer coisas tipo "Podem fazer isso, mas pondo as cabeças na direcção da janela?" Falar com clareza foi estranho ao princípio, mas aprende-se que há uma altura certa para perguntar e um tempo errado para o fazer."
Gina Maria
Jornalista de formação e escritora por paixão, escreve sobre sexualidade, Trabalho Sexual e questões ligadas à realidade de profissionais do sexo.
"Uma pessoa só tem o direito de olhar outra de cima para baixo para a ajudar a levantar-se." [versão de citação de Gabriel García Márquez]
+ ginamariaxxx@gmail.com (vendas e propostas sexuais dispensam-se, por favor! Opiniões, críticas construtivas e sugestões são sempre bem-vindas)