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25 setembro, 2017 A história do vibrador

Sabias que os vibradores surgiram como um "remédio" médico?

Entra no maravilhoso mundo do vibrador, descobrindo a história deste brinquedo sexual que começou por ser um artefacto usado pelos médicos para tratar mulheres histéricas. Desde então, já muito mudou nestes objectos de prazer...

A história do vibrador

Os primeiros vibradores foram criados com fins medicinais, digamos, visando tratar sintomas de histeria nas mulheres.

Até ao Século XIX, o diagnóstico de Histeria era feito com muita frequência em pacientes mulheres. Qualquer tipo de sintoma ou comportamento fora do habitual, era logo definido como sinal de uma mulher histérica.

Os médicos acreditavam que os orgasmos eram a melhor forma de tratar a Histeria feminina!

A ideia era que os comportamentos histéricos estavam relacionados com algum tipo de bloqueio nos órgãos sexuais femininos. Alguns dos médicos executavam eles próprios massagens nos genitais das mulheres que os consultavam como procedimento de cura!

Foi assim que nasceram os vibradores, como objecto de auxílio dos médicos nesta tarefa de "alívio" da histeria feminina.

Um dos primeiros modelos era constituído por uma tábua adequada para usar no consultório médico e era alimentado por um motor a vapor!

Com o passar dos anos, os vibradores passaram a ser objectos para levar para casa, deixando o reduto dos consultórios médicos. Em 1902, surgiu o primeiro vibrador pessoal e foi a partir daí que começaram a tornar-se cada vez mais pequenos, para poderem caber em embalagens facilmente transportáveis.

Os primeiros modelos pareciam secadores de cabelo! E alguns eram mecânicos - era preciso dar à manivela para os pôr a vibrar e com uma barulheira que não dava para ser discreta.

Mas se houve uma altura em que foram vistos como um "remédio" médico, a partir dos anos de 1920 passaram a tornar-se tabu depois de terem começado a aparecer em filmes "stag", como eram denominados. Estes filmes foram os grandes percursores da pornografia actual.

Deste modo, gradualmente, os vibradores deixaram de ser vistos como objectos saudáveis e passaram a ser associados ao sexo - o que, claro está, era moralmente pecaminoso, à luz da mentalidade da época!

Ainda assim, foi havendo, ao longo dos anos, casos de vibradores usados no dia-a-dia, de uma forma muito natural e até para fins que não tinham nada a ver com o sexo. Um desses casos é o do vibrador Oster Stim-U-Lax que era usado frequentemente em barbearias como um massajador do couro cabeludo masculino.

Durante os anos de 1960 e 1970, com o emergir da libertação sexual da mulher, começaram a aparecer vibradores cada vez mais sofisticados. Em 1965, por exemplo, já havia exemplares que permitiam ajustar a velocidade da vibração.

As revistas femininas que tinham, na altura, como público-alvo as donas de casa incluíam recomendações quanto aos melhores vibradores do mercado. Eram vendidos como objectos de massagem íntima e como promotores da saúde e da beleza.

Em 1970, surgiu o primeiro vibrador a ser promovido e vendido como um brinquedo sexual - chamava-se "The Personal Vibrator".

Foi também nessa época que surgiram os chamados vibradores "varinha mágica" por terem uma forma muito parecida com este pequeno electrodoméstico.

Entretanto, até aos tempos actuais, os vibradores sofreram actualizações constantes, em forma, materiais e modelos.

Nos dias que correm, os mais famosos e com melhores vendas são os que incluem estimulação dual, digamos, com uma parte para inserir na vagina e um estimulador de clitóris associado.

Ora espreita algumas das últimas grandes novidades do mercado neste âmbito:

- O drone vibrador (para masturbações mãos livres!)
- Criação portuguesa dá orgasmos a mulheres de todo o mundo
- Um implante que transforma o pénis num vibrador

Gina Maria

Gina Maria

Jornalista de formação e escritora por paixão, escreve sobre sexualidade, Trabalho Sexual e questões ligadas à realidade de profissionais do sexo.

"Uma pessoa só tem o direito de olhar outra de cima para baixo para a ajudar a levantar-se." [versão de citação de Gabriel García Márquez]

+ ginamariaxxx@gmail.com (vendas e propostas sexuais dispensam-se, por favor! Opiniões, críticas construtivas e sugestões são sempre bem-vindas) 

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