01 março, 2017 Tira o pé do chão, galera! Abocanha-me o nabo, galdéria!
Ainda está tudo de ressaca do Conaval ou nem por isso?
Desde a última sexta até terça, o nosso país viveu uma época festiva de muita folia e de fodia. De norte a sul, milhares de foliões popularam as praças e avenidas deste país com as suas máscaras e marchas, espalhando cor música e alegria… com um tempo de merda.
Pois é, meus amigos fodilhões. Isto do Carnaval é muito giro em algumas coisas (não tiro o devido crédito) mas no que à fodanga concerne, a coisa perde algum do seu charme do congénere brasileiro. Quantos de nós não ficamos de “rola dura” ao ver o desfile das escolas de samba? A minha “rola” fica tão dura que até os pombos pousam nela. Agora olhem lá para aqueles desfiles à chuva e ao frio em Estarreja ou Loulé com dançarinas que (bem tentam) ser sensuais no movimento corporal.
ATENÇÃO: EU IA LÁ À MESMA!
Nunca tive o prazer de ir ao famoso Carnaval do Rio mas, diz quem foi, que um gajo volta lá com o caralho feito em farrapos, tanto de foder como das doenças venéreas que se podem contrair. Isto não invalida que não se afunde o martelo em cona tuga nesta época, mas não é bem o mesmo e nem um gajo está no seu melhor. Porquê? Matrafonas. Muito gosta o português de se vestir de gaja e aproveitar estes dias para soltar a Jessica Almeyda que vive nele escondida o resto do ano.
Engatar uma gaja vestido de mulher é obra. Engatar um gajo vestido de mulher é bebedeira, mas pode acontecer (e eu conheço alguns “enganos”). Mas festa é festa e é o vale-tudo quem manda. O nosso Carnaval não possui a mesma conotação sexual que o brasileiro e isso é algo que temos de aceitar. No entanto, muitos camafeus aproveitam também esta época para tirar a barriguinha de misérias. Metam uma máscara numa tipa feia, uma peruca cor de rosa e juntem a isso o estado ébrio de alguns foliões para ficarem com a receita certa para um arrependimento sexual matinal. E acho muito bem que assim o façam, foda-se. Se para levar com ele à grande, só vai lá de máscara, então que assim seja.
Quantos de nós não fazemos o mesmo com outras máscaras? Máscara de “eu sou sensível,” máscara de “eu ganho muito bem” ou máscara de “claro que te amo”?
Tudo isto também são máscaras! A diferença é que o camafeu é bastante mais honesto sobre a sua condição camafeuística e recorre à máscara de Carnaval para levar a sua intenção a bom porto. Neste contexto, intenção é cona e porto é caralho (caso restassem dúvidas!).
Mas numa coisa tenho de louvar as nossas folionas fodilhonas: faça chuva ou faça frio, a cona arde tanto por caralho festivo que resistem a toda a intempérie de Fevereiro, não se coíbindo de usar máscaras reduzidas.
Quando uma gaja quer foder, não há chuvisco que a trave.
Espero que tenham tido um excelente Carnaval. Com ou sem máscaras.
Até domingo e boas fodas.
Noé
Noé
Trintão miúdo de coração ao pé da boca. Perdido em fantasias concretizadas e concretizáveis apenas preso por amarras do anonimato. Relatos passados de opinião libertina é um santo pecador por excelência.