08 setembro, 2021 Punhetas lambidas
Ouvi eu isto de um taxista.
"Punhetas lambidas" foi o que um taxista uma vez me disse a propósito da sua recusa total em ser masturbado pela esposa. Disse que não queria de jeito algum que a mulher lhe batesse punhetas, quanto muito aceitava um broche (sim senhor, temos cavalheiro) mas que a sua senhora estava proibida de lhe pôr as manápulas na gaita. Mas porquê lambidas? Boa pergunta, se eu soubesse a resposa, não estaria a perguntar e provavelmente estaria rico por ter descoberto uma nova manobra sexual.
Ora, o meu entendimento é que a esposa do taxista lambia as mãos antes de lhe bater uma, o que é um pouco como os gatos dão banho às crias, mas isso não interessa neste momento. Talvez fosse também o caso de que a mulher do fogareiro lhe batesse uma intervalando com lambidelas na ponta da piça, o que me parece pouco prático porque acabamos com uma coisa que nem é broche nem punheta. Claramente o senhor estava traumatizado com as investidas manuais da esposa e achou por bem desabafar comigo, quando eu apenas lhe perguntei se o negócio do taxismo estava a melhorar com o ritmo da vacinação a aumentar.
Este trauma com as punhetas batidas por segundos e terceiros não é caso único do taxista, pois recordo-me bem da série de raparigas que me abençoaram com o toque peniano e cuja coisa não correu assim tão bem. Não é que um homem deva ser esquisito ao ponto de se importar não só com quem lhe mexe na gaita, mas como lhe mexem na gaita, contudo, a verdade é que já dei por mim a recear que me arrancassem o nabo tal era a força usada ou - no extremo oposto - ficar a pensar se a minha gaita é feita de pele de crocodilo tal foi a falta de toque e amor à punheta que me estava a ser batida.
Parece que não há meio termo no que à punheta concerne e é precisamente no meio que está a virtude. Vamos deixar algo claro: a gaja mais boa do mundo podia estar a bater-me uma com luvas de seda e mesmo assim eu ia achar que batia melhor uma punheta que ela. E mais acrescento: aposto que bato melhor punhetas aos vossos maridos do que vocês, caralho. Porquê? Porque dediquei dois terços da minha vida a bater punhetas! Eu sei o que eu gosto, logo, eu sei o que um homem gosta. Quero bater punhetas aos vossos maridos? NÃO, FODA-SE!
Mas concedo que já me bateram boas e fantásticas punhetas. Mas foram casos pontuais, aquelas mãos femininas que já passaram por muito nabo e cuja sensibilidade ao toque se foi desenvolvendo e aperfeiçoando com o tempo. Quando apanho uma boa punheteira até sou menino para bater palmas, dado que tenho as mãos livre e é um pouco como aquela sensação fantástica de andar de bicicleta sem mãos.
E se apanhamos uma boa punheteira, aquele anjo sem asas que nos leva ao céu com os dedos e ela cospe nas mão para nos deixar o tarolo mais húmido que um hall de entrada patinhado no Inverno? Ora, isso é uma "punheta lambida" e é do melhor que há e não percebo porque caralho aquele taxista as recusa.
Boas punhetas lambidas e até domingo.
Noé
Noé
Trintão miúdo de coração ao pé da boca. Perdido em fantasias concretizadas e concretizáveis apenas preso por amarras do anonimato. Relatos passados de opinião libertina é um santo pecador por excelência.