05 septembre, 2021 Dia da Independência ou o regresso das férias
Acalmem a mão, caros adolescentes. O Tio Noé está aqui.
Deduzo que a percentagem de adolescentes que visitam o Classificados X esteja tão próxima de zero como aquela teoria matemática que explica precisamente isto que acabei de falar mas que nunca compreendi. No entanto, já todos fomos adolescentes, tivemos acne e não fodemos durante bastante tempo (alguns ainda mantêm este estilo de vida). Recordam-se desse tempo? A vossa mão era a melhor amiga, companheira fiel de noites solitárias a fantasiar com as mamas da professora de Geografia? Eu lembro-me bem e nem faço ideia de quem era a minha professora de Geografia (até podia ser um velho).
Saudades destes tempos de descoberta sexual, de sentir todas aquelas hormonas a circularem que nem bólides de fórmula 1 pelo corpo e a modificarem aos poucos o gentil moço pré-púbere num animal que se espuma ao mínimo vislumbre de um rabo de saia.
E o que é que um gajo fazia naquela altura? Absolutamente nada. Porquê? Porque éramos excelentes a não fazer nada (tirando bater à punheta a toda a hora).
Se pensarmos bem na dificuldade que é encontrar alguém disposto a ter sexo connosco naquela idade, chegamos à conclusão de que merecíamos condecorar-nos a nós próprios com uma medalha no dia 10 de Junho (tipo um caralho dourado na lapela ou um broche #trocadilho).
A primeira vez que uma gaja nos toca na gaita. A primeira vez que o metemos na boca de uma gaja. E as mil e vinte sete punhetas que batemos nessa mesma noite a pensarmos nesses momentos. Aliás, deve ser a única altura da nossa vida que a nossa própria imagem a foder com a nossa “namorada” é suficientemente excitante para escamar o besugo no WC.
Foi tudo tão complicado. Tudo. Sabíamos o que queríamos, mas não tínhamos ideia de como o obter.
Penso agora em todos aqueles adolescentes que regressam às aulas depois de umas férias de Verão. Todos aqueles heróis e heroínas que perderam a virgindade nalguma noite mais quente do Algarve ou Litoral Alentejano. Queria ver a cagança destes caga-tacos a regressar à turma e a darem os dedos a cheirar aos colegas.
- Não lavei os dedos até hoje! – disse o Alberto do 11ºD.
O Alberto é um herói e se tu és um “Alberto”, o conselho de regresso às aulas do Tio Noé é de não lavares os dedos também. Ou a picha. Aliás, se não lavares a picha depois de foderes e a quereres dar a cheirar a algum amigo, pode ser que te calhe um bico surpresa, descobres que és gay e assim fodes mais depressa do que julgavas.
Aposto que não estavam à espera deste final.
Boas fodas, regresso às aulas e dedos não sei onde.
Noé
Noé
Trintão miúdo de coração ao pé da boca. Perdido em fantasias concretizadas e concretizáveis apenas preso por amarras do anonimato. Relatos passados de opinião libertina é um santo pecador por excelência.