17 Agosto, 2022 A casada que se fartou!
8 anos de fodas que chegam ao fim...
8 anos, foda-se! Andei eu 8 anos a malhar em crica comprometida e de repente acabou. Este affair sobreviveu a tudo: a namoros meus, ao desemprego, à pandemia e até mesmo a uma fase que a tipa atravessou em que deixou de comer carne e mesmo assim continuou a levar com a morcela. Portanto, foi com alguma surpresa que levei com os pés este Verão e ainda não consegui (totalmente) perceber a razão.
Conheci esta gaja num bar e quinze minutos de conversa depois já lhe tinha posto dois dedos dentro da roupa interior que já se apresentava mais húmida que uma floresta tropical em época de monções. Fodemos no carro dela e até fui cavalheiro o suficiente para ignorar o carrinho de bebé no banco de trás, pois o carro nem era meu. Nem a gaja. Nem sequer o alegado bebé. Foda mediana, broche decente, mas deduzi que havia ali potencial conal a ser explorado.
Mantivemos as fodas ocasionais, ora em minha casa, ora em casa dela na ausência do marido e a coisa sempre se manteve no pressuposto de que ambos estávamos ali para uma coisa e apenas: foder que nem javardos. Ela gostou da minha javardice na cama, eu gostei da dela e assim funcionávamos. Assim que houvesse uma brecha de ausência de marido eu aparecia para lhe tapar a brecha com o meu maçarico. E sabem que mais? Foi assim durante quase 8 anos. Lembro-me de uma vez ela ter bebido um copo a mais num jantar e me ter enviado um sms a pedir caralho como se eu fosse o Uber Pichas. Apareceu à minha porta de casa, entrei no carro, fomos a um descampado, saltou-me duas ou três vezes no narso, veio-se toda, eu vim-me porque a senti a vir e foi das melhores fodas de 30 segundos da minha vida. Deu-me um beijo na cara, agradeceu-me e voltou para o jantar. Digam lá se é ou não a relação de sonho?
E assim andámos durante 8 anos. Ocasionalmente lá um de nós enviava um sms e já nem era preciso dizer mais do que "matamos saudades?" e lá arranjávamos um tempinho para nos cuspirmos um ao outro nalgum quarto de pensão ou motel. "Que alívio", dizia ela. Como se a minha pila fosse um Voltaren para a racha adormecida de quem não é fodida como gosta em casa.
E de repente... puff. Mando o habitual SMS, marcamos dia e justamente 15 minutos antes "tem uma reunião com o chefe". Tudo bem, azares acontecem. Mês seguinte, novo SMS e adivinhem lá o que aconteceu? Exacto: mais uma reunião de última hora com o chefe. Dei por mim a pensar se ela não andava a foder com o chefe e se assim fosse, eu só tinha de sair de cena da mesma maneira que entrei, mas nem foi esse o caso.
Tive de a confrontar e fiz algo que nunca tinha feito: liguei-lhe. "Como é que é? O que é que se passa? Aconteceu alguma coisa?". E a verdade é que não me foi dada uma resposta directa, Penso que ela não me quis magoar em me dizer a verdade: simplesmente fartou-se de levar com o mesmo caralho durante quase uma década e chegou a altura de arranjar uma picha substituta. Tal como o Ronaldo se aproxima do fim de carreira, também eu tenho de perceber de que esta picha já passou o auge da sua prestação em campo.
Estimem as conas da vossa vida como se fosse a última vez que as fossem ver, foder ou lamber. Nunca se sabe o dia de amanhã.
Até um dia e boas fodas.
Noé
Noé
Trintão miúdo de coração ao pé da boca. Perdido em fantasias concretizadas e concretizáveis apenas preso por amarras do anonimato. Relatos passados de opinião libertina é um santo pecador por excelência.