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26 Febrero, 2016 Bruna Surfistinha incorporou na Pombagira

Ex-acompanhante de luxo brasileira virou médium de Umbanda.

Bruna Surfistinha há muito que deixou de ser acompanhante de luxo, mas esse passado marca para sempre a brasileira que agora se converteu à religião Umbanda, depois de encarnar num espírito e de se ter descoberto médium.

Bruna Surfistinha incorporou na Pombagira

Bruna Surfistinha tornou-se célebre em todo o mundo, em 2005, por contar as suas experiências no mundo do sexo, como acompanhante de luxo, num blogue que levava o seu nome de guerra.

Aventuras que deram origem a livros e a um filme com Deborah Secco a fazer de Bruna Surfistinha. E o canal Fox já anunciou para este ano a produção de uma série de televisão sobre ela.

Mas, depois do trabalho como acompanhante, de ter sido actriz pornográfica, da presença em vários reality shows e de trabalhos como DJ, Bruna Surfistinha descobriu-se como médium na religião Umbanda.

Numa reportagem do jornal brasileiro Folha de S. Paulo, ela veste a pele do seu nome de verdade, Raquel Pacheco, para contar como se tornou filha de santo e médium da Casa de São Lázaro, em São Paulo.

Ia o ano de 2013 e conta que sonhou com a morte do pai, que tinha rompido quaisquer contactos com ela desde que se tornou trabalhadora do sexo.

Foi na visita ao terreiro de umbanda da Casa de São Lázaro que ela ficou a saber que o pai tinha morrido mesmo.

Voltou noutro dia, a esse terreiro para receber o abraço de uma mãe-de-santo e se deixar "encantar" pelos orixás, incorporando um espírito, conforme revela ao jornal.

"Eu incorporei na Pombagira. E foi uma experiência maravilhosa.

Estava numa roda quando caí no chão, o meu coração acelerou, pensei que fosse morrer mas os guias ajudaram-me, foi uma experiência deliciosa.

Foi emocionante da primeira vez de branco no terreiro.

É uma experiência de paz, sou filha de Oxum e fui baptizada em 2013, foi um recomeço, havia uma Raquel antes e outra depois da umbanda, estou mais tranquila, feliz e em paz.

O terreiro é um dos poucos lugares em que eu me sinto Raquel mesmo. Nas correntes, os médiuns nunca faltaram com respeito comigo. Nunca me trataram como Bruna. Sou Raquel desde o primeiro dia.

Nunca tinha me identificado com uma religião. A cada gira (sessão), o médium acaba se conhecendo mais e valorizando mais a vida. Parei de reclamar dos meus problemas, de meus pais não me aceitarem."

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Bruna Surfistinha entrou no mundo do sexo depois de ter descoberto, aos 17 anos, que tinha sido adoptada pelos pais ricos.

Deixou para trás a vida de menina da alta sociedade, que estudava em colégios particulares, fugiu de casa e caiu no mundo das drogas, começando assim a prostituir-se.

Durante mais de três anos, foi trabalhadora do sexo com clientes ricos e famosos.

Essas experiências como acompanhante são contadas nos livros "O Doce Veneno do Escorpião — O Diário de uma Garota de Programa", editado em vários países do mundo, incluindo Portugal, e "O que Aprendi com Bruna Surfistinha".

Também partilhava no seu blogue truques como as dicas para arrasar em sexo anal.

Agora, aos 31 anos, Bruna Surfistinha trabalha sobretudo como DJ, mas é no terreiro, entre orixás e mães-de-santo, que se descobre inteira como Raquel Pacheco.

Gina Maria

Gina Maria

Jornalista de formação e escritora por paixão, escreve sobre sexualidade, Trabalho Sexual e questões ligadas à realidade de profissionais do sexo.

"Uma pessoa só tem o direito de olhar outra de cima para baixo para a ajudar a levantar-se." [versão de citação de Gabriel García Márquez]

+ ginamariaxxx@gmail.com (vendas e propostas sexuais dispensam-se, por favor! Opiniões, críticas construtivas e sugestões são sempre bem-vindas) 

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