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20 March, 2015 O fetiche do sexo com bicicletas

Viagem à pedalfilia, onde as bicicletas são objectos eróticos e até amorosos...

Para algumas pessoas, um inocente passeio de bicicleta é tão bom como foder! Ou, melhor dizendo, o sexo tem que envolver bicicletas. Um peculiar fetiche conhecido como pedalfilia e que pode manifestar-se das mais caricatas e sugestivas maneiras...

O fetiche do sexo com bicicletas

Bicicletas como objectos eróticos ou amorosos

Sexo com bicicletas, sexo em bicicletas ou sexo usando objectos e ferramentas utilizadas nas bicicletas. Eis, em termos genéricos, como se pode resumir a pedalfilia.

Um fetiche que transforma as bicicletas em objectos eróticos - em casos extremos, até em objectos amorosos.

As pessoas que gostam deste tipo de fetiche (possivelmente um dos fetiches sexuais de que nunca ouviu falar) podem usar as bicicletas como um mero artifício visual e táctil para encetarem uma relação de sexo com um parceiro.

Um assento de bicicleta pode ser transformado em dildo ou a bicicleta pode ser usada como se fosse uma verdadeira parceira sexual, para esfreganços e penetrações.

A atracção por bicicletas, como também o desejo sexual por carros ou motas, é igualmente denominado de mecanofilia.

A prática é considerada ilegal em vários países, nomeadamente no Reino Unido, onde um homem foi condenado, recentemente, a três anos de prisão, com pena suspensa, depois de ter sido apanhado numa pousada a fazer sexo com a sua bicicleta.

O violador de bicicletas

Em 2013, a polícia sueca andou em alvoroço com um violador de bicicletas! Um homem, cuja identidade nunca foi revelada, andou a abusar de várias bicicletas estacionadas na rua.

E há um vídeo que o mostra em plena acção, depois de um outro indivíduo ter instalado uma câmara de segurança para detectar quem é que andava a furar os pneus da bicicleta da namorada.

Nas imagens, divulgadas no Youtube, o homem, de capuz, começa por furar o pneu da bicicleta, sentando-se, depois, em cima dela e começando a masturbar-se.

Bicicletas e BDSM

As bicicletas e os seus acessórios são, muitas vezes, associadas a algumas práticas de BDSM. As suas correntes, nomeadamente, são muitas vezes usadas em cenas de sexo de sado-masoquismo ou de bondage (veja aqui algumas dicas de sexo bondage para iniciantes do BDSM).

"Algumas das minhas primeiras experiências com BDSM envolveram o uso improvisado de correntes e tubos de bicicleta", conta Donna Matrix, de Denver, em declarações à revista norte-americana Vice.

"Eu fico definitivamente excitada ao ver e cheirar a graxa da bicicleta nas minhas mãos. E já estive perto do orgasmo por causa das vibrações sentidas através do meu assento de bicicleta, em viagens particularmente boas", refere ainda Donna Matrix.

Diferença entre fetiche e objectofilia

O uso de uma bicicleta como um objecto para obter prazer, ou como uma via de auto-satisfação, é diferente de se sentir uma ligação com um veículo de duas rodas, semelhante à que se sente nas relações amorosas com pessoas. Esta segunda ideia define-se como objectofilia.

Não há muita informação científica sobre a objectofilia, mas as pessoas que se sentem movidas por este tipo de parafilia sexual tendem a transpor para certos objectos sentimentos habitualmente partilhados entre humanos.

Há pessoas que criam uma relação com determinados objectos, nomeadamente uma bicicleta, que se dizem até apaixonados, de forma amorosa, por eles.

Nos jornais têm surgido notícias de uma mulher que se casou com uma almofada no Japão, de uma outra que casou com a Torre Eiffel e ainda de um homem que queria casar com o seu computador nos EUA.

Comportamentos que são, quase sempre, encarados como maluquice dos seus protagonistas.

Um festival dedicado ao sexo com bicicletas

Em Denver, nos EUA, nasceu o Festival de Cinema Bike Smut que aborda, exclusivamente, a temática da pedalfilia. 

Criado por Phil Sano, que se diz um Pastor da chamada Igreja da Bicicleta Jesus, o Bike Smut tem-se realizado em várias cidades norte-americanas, mas também em países tão diferentes como Canadá, Turquia, México, Alemanha e Grécia.

Este Festival tem espalhado o evangelho das bicicletas e do sexo, exibindo quer inocentes animações e/ou tramas românticas, quer filmes hardcore em torno do BDSM com correntes e pneus de bicicleta.

E, que tal, uma Happy Ride?!

Se é fã de bicicletas, e se costuma dar os seus passeios por aí, talvez queira ficar a saber que há no mercado um brinquedo sexual que promete uma "Happy Ride" todos os dias!

Precisamente denominado "Happy Ride", este objecto sexual é, basicamente, uma capa de assento de bicicleta apetrechada com um vibrador que permite um bom orgasmo durante um passeio ou no percurso para o trabalho.

Este brinquedo sexual está ainda munido de um controle remoto que permite ajustar a velocidade da vibração, ao gosto do freguês!

Imagine-se a vir-se enquanto passa pela avenida, entre condutores parados no trânsito e transeuntes apressados, ou em pleno jardim, no meio de famílias e cães impertinentes.

Um pouco obsceno, certo?! Mas, gostos não se discutem...

Gina Maria

Gina Maria

Jornalista de formação e escritora por paixão, escreve sobre sexualidade, Trabalho Sexual e questões ligadas à realidade de profissionais do sexo.

"Uma pessoa só tem o direito de olhar outra de cima para baixo para a ajudar a levantar-se." [versão de citação de Gabriel García Márquez]

+ ginamariaxxx@gmail.com (vendas e propostas sexuais dispensam-se, por favor! Opiniões, críticas construtivas e sugestões são sempre bem-vindas) 

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