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21 March, 2019 Geni e o fim da inocência - II

Foi o melhor dia da minha vida, e o início de um ano maravilhoso...

Depois da primeira sova, algo mudou dentro de mim. De repente já não me sentia a mesma menina inocente e pura, para quem as coisas da luxúria eram imunes ao pensamento.

Geni e o fim da inocência - II

- Nessa noite tive sonhos estranhos, que misturavam amor e terror e me revelavam mistérios desconhecidos para mim, como se antecipasse no mundo onírico as lições que a vida tardava a ensinar-me. Acordei molhada em baixo e com um formigueiro nos mamilos e, pela primeira vez na vida, senti necessidade de masturbar-me.

– Deveras? Nunca se tinha masturbado?

– Tirando aquela vez com o pepino, nunca. Às vezes, quando me tocava no banho, sentia prazer mas resistia a continuar o gesto. Mais que por outra coisa, por desconhecer que essa prática existia e onde esse prazer podia levar. Era muito inocente.

– Compreendo. Mas deixe-me voltar um pouco atrás e ver se percebi o que está a dizer… Depois de a despirem à força e de lhe açoitarem o rabo, sentia… prazer? Não tinha, em vez disso, um medo que se justificaria?

– Tinha medo, mas… Era um medo agradável. Passei o dia seguinte na expectativa da hora em que a senhora Marinhais voltaria a entrar no meu quarto, me deitaria sobre as suas pernas, me baixaria as calças do pijama e me encheria o rabo de açoites. Era uma expectativa não desprovida de temores e receios. E, contudo, ansiava por essa hora mais do que por qualquer outra coisa. Foi assim todos os dias, a partir daí.

– Consegue explicar esse sentimento tão, digamos, paradoxal?

– Não exactamente. Cada dia as dores eram maiores, porque não tinha tempo de cicatrizar e as feridas estavam cada vez mais abertas. E, ainda assim, excitava-me… Excitava-me a memória da dor. E excitava-me aquele momento de atenção que a senhora me dedicava, como se também ela tivesse passado o dia a pensar em mim.

– E este calor que não passa… Estou positivamente a transpirar! Bem, e depois? Como foi a semana seguinte?

– Ao contrário do que estava previsto, não houve castigo, pois a senhora achou por bem que eu me curasse, para estar preparada para o que viesse. Assim, durante os dias seguintes, o senhor Romeu, que era o mordomo, vinha ao meu quarto e dava-me uma massagem com óleos.

– No rabo?

– Sim, nas zonas mais “assadas”.

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– E era bom?

– Era muito agradável. O senhor Romeu tinha muito boas mãos.

– Compreendo… Deixe-me só abrir a janela, que não se aguenta. Posso servir-lhe um refresco?

– Por mim não se incomode. Estou bem assim.

– Muito bem. Continue…

– O tratamento foi de tal maneira bem-sucedido que no final da semana me encontrava praticamente curada. Passava ainda o tempo confinada ao meu quarto, mas tinham-me autorizado ir à janela e serviam-me seis refeições por dia. Lia, pensava, sonhava e poderia dizer que, em muitos aspectos, estava a ser a melhor semana da minha vida, pois podia enfim desfrutar daqueles aposentos tão luxuosos e diferentes de tudo o que conhecera até então. Só havia um pequeno pormenor…

– Por favor, diga. A que pormenor se refere?

Todos os dias, a uma hora que normalmente variava, toda a família, incluindo a mãe, o pai, o avô e os dois meninos mais velhos, acompanhados da criadagem, vinham ao meu quarto inspeccionar a evolução das minhas chagas.

– Como assim…?

– Ficavam todos de pé à minha frente, como um tribunal reunido em julgamento, e mandavam-me baixar as calças ou levantar a saia, conforme estivesse vestida, dobrar-me e afastar as nádegas, para que pudessem olhar para o meu rabo nu.

– Isso incomodava-a?

– Sentia-me terrivelmente envergonhada! Mesmo com todos os elogios que dispensavam ao meu “cuzinho de menina em flor”, como dizia o Avô Marinhais… Era muito constrangedor ter todos aqueles desconhecidos a analisar-me daquela maneira.

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– Compreendo… Se me permite, vou buscar outro lenço para secar a testa. Este está empapado… Mas continue, estou a ouvi-la.

– Bem, finalmente, depois de uns dias, encontrava-me já completamente sarada e foi-me dito que o meu cativeiro terminara. Fui autorizada a ir onde quisesse e, como raramente tinham serviço para mim e não voltaram a convocar-me para a sala de estudo, passava o tempo em grandes passeios dentro da Villa, explorando corredores e salas que ainda não conhecia, ou em redor da propriedade e zonas periféricas.

– Sem mais castigos…

– A senhora tinha-me avisado que a segunda fase do castigo chegaria quando menos esperasse, mas a verdade é que estava tão absorvida nas minhas explorações, e passou tanto tempo, que acabei por esquecer esse dia fatídico das novas punições. Até que, eventualmente…

– Sim?

– Uma manhã, muito cedo, estava ainda adormecida na minha cama e senti alguém a despir-me as calças do pijama. Nem tive tempo de protestar, pois foi tudo muito rápido. Senti o pesado volume de um corpo sobre mim e uma haste dura a forçar por mim adentro e a penetrar-me nas partes… íntimas…

– No pipi? Ou no rabinho?

– Não… Na cona.

– Na cona, estou a ver...

– Não sabia quem era, mas senti um cheiro de homem muito intenso. Um pouco mais consciente, tentei libertar-me, mas não só não o consegui como a minha resistência pareceu dar ainda mais ânimo ao meu violador, pois começou a investir com mais força em cima do meu corpo e a agitar-se dentro de mim como se estivesse enfurecido.

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– Estava, portanto… a fodê-la. Para não haver dúvidas…

Estava a foder-me sem dúvidas nenhumas.

– Doía-lhe, essa… súbita invasão das suas partes delicadas?

– Pelo contrário. Passado o susto inicial e aquele peso repentino que me esmagava de maneira tão indiscreta, comecei a sentir verdadeiro prazer. Até porque, quando falou, percebi que era o próprio senhor Marinhais que me dedicava aquela atenção, e ele tinha sido sempre muito gentil comigo.

– Ele falou? E o que é que dizia?

– Dizia-me como eu era bonita e fresca, e como a minha cona era macia e cheirava a flores. Como vê, apesar da violência do acto, se lhe pode chamar violência, pois era, talvez, apenas a nossa parte animal no exercício natural dos seus desejos, continuava a ser gentil. Mesmo sôfrego e com a respiração muito acelerada, tinha uma voz muito carinhosa.

– Compreendo.

– Não tenho nada a apontar ao senhor. Mais difícil de suportar, pelo menos nas primeiras vezes, era a criada que nos observava ao lado da cama.

– Ele levou a criada?!

– Uma das criadas, pouco mais velha que eu. Mas todos os dias era uma diferente.

– E essas criadas… participavam no acto?

– Nos primeiros dias não, estavam ali apenas para me limpar e limpar os senhores no final da sessão. Com o senhor Marinhais e o Avô, que foram os primeiros a visitar-me, limitaram-se a ver e a assistir nas abluções. Mas nos dias seguintes, com os dois meninos mais velhos (o mais miúdo nunca participou nas vernissages), às vezes eram chamadas a participar, ou para lhes lamber o cu enquanto me fodiam ou para eles as tocarem no sexo ou nas mamas.

– Despidas?

– Não, sempre com a farda impecável. Todos os toques que recebiam eram por cima da roupa. Essa era, aliás, uma das razões pelas quais a sua presença me inspirava embaraço, pois eu estava nua ao passo que elas estavam protegidas pela sua indumentária. Era um tipo de exposição completamente desigual e que, por comparação, me fazia sentir ainda mais vulnerável.

– Percebo. E depois?

– Bem, como disse, nessa primeira vez foi tudo muito rápido. O senhor Marinhais fodeu-me talvez durante uns cinco minutos, até que o ouvi soltar um gemido forte e senti a cona a encher-se de um líquido quente, que mais tarde vim a saber ser…

– Sémen.

– … a esporra dele.

– Ou isso. Não há-que ter medo das palavras.

– Pois, não sei o que é isso que o senhor disse, mas aquilo era esporra. Tive oportunidade de a beber muitas vezes, directamente do caralho dos senhores e dos meninos, durante todo o ano em que estive na Villa.

– Percebo. Portanto, a segunda parte do castigo era ser fodida…

– ... Pelos homens da família, sim. E alguns deles eram “membros” de tamanho bastante assinalável… Começou pelo senhor, depois foi o Avô. Eu tinha recebido instruções para passar a dormir nua e quando acordei já o Avô estava a cavalgar em cima de mim, dentro do meu cu.

– Enrabou-a?!

– Sim. Aproveitando que eu estava a dormir e tinha os músculos relaxados, como me explicou depois, não teve dificuldades em escancarar-me aquela porta.

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– E… gostou?

– Muito! Ao início foi estranho, porque nunca tinha sentido nada com aquela grossura no meu buraquinho do cocó. Mas com o tempo e o vai e vem do caralho lá dentro, dei por mim a achar tudo muito agradável. Tanto assim que, se não me tinha vindo no dia anterior, quando o senhor Marinhais me violou a cona, vim-me nesse dia, enquanto o Avô me rebentava o cu. Foi delicioso, pois enquanto comprimia o cu no momento do orgasmo, sentia aquela vara dura no caminho, que me impedia de fechar o músculo e me aumentava imensamente o prazer.

– Muito bem, muito satisfatório. E depois, nos restantes dias?

– Depois foi a vez dos meninos, um de cada vez. O mais velho mais sábio, o mais novo mais desajeitado, mas ambos mais vigorosos que os progenitores. Foi tudo mais duro, mais à força, mas os dois fizeram-me vir. E no quarto dia vieram os dois ao mesmo tempo. 

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– Estou a ver.

– Nos dois dias seguintes revezaram-se aos pares, o pai com um dos filhos e o avô com o outro neto, até que, no sétimo dia, o último do castigo, vieram todos.

– Todos os quatro?!

Os quatro, mais o senhor Romeu e o senhor Peres e o filho, que tratavam da cavalariça.

– Está a dizer-me que foi fodida por sete homens ao mesmo tempo….?!

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– Sim. No final tinha dois caralhos na cona, um no cu, outro na boca, um no meio das mamas e um em cada mão. Vieram-se todos para cima de mim.

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– E não teve medo de engravidar?

– Disseram-me depois que o chá que me faziam beber pelo menos três vezes ao dia era uma infusão de ervas que tinha propriedades anticoncepcionais. Uma receita antiga que vinha sendo usada na família há várias gerações, segundo a senhora Marinhais.

– Por falar na senhora Marinhais… Já lhe disse que tenho grande estima por ela, não já? Qual foi o papel da senhora enquanto os varões da família, enfim, partilhavam consigo esses momentos tão... apaixonados?

A senhora apareceu no fim, toda nua e fez amor comigo. Esfregou o seu corpo no meu, inundado pela esporra dos homens, e lambeu-me a cona, que pingava com a ejaculação de um dos meninos. Beijámo-nos muito e ensinou-me a meter-lhe os dedos e a lambê-la em certas zonas que muito apreciava, até se vir. Quanto a mim, perdi a conta às vezes que me vim…

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– Claro. Bem, deve ter sido algo… transcendental.

– Só quem experimentou alguma vez ser fodida desta maneira pode compreender do que estou a falar. Foi o melhor dia da minha vida, e o início de um ano maravilhoso.

– Ai sim? Em que aspecto?

– A partir daí, todos me fodiam cada vez que lhes apetecia. Não precisavam de autorização, nem, verdade seja dita, encontravam resistência. Sentia-me libertada e quanto mais fodia mais queria foder. E, aparentemente, o meu sentimento era partilhado por todos os que me rodeavam. Para perceber melhor do que estou a falar, certo dia cheguei tarde ao pequeno-almoço, sentei-me e preparava-me para comer uma torrada, quando um dos meninos me enfiou o caralho na boca. Assim, sem mais nada.

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- Ao ver aquilo, a mãe pôs de lado o duchesse, fez-me levantar da cadeira e começou a lamber-me a cona (eu já nunca usava cuecas, para facilitar as “visitas”). Com a chávena do café na mão, o pai veio por trás de mim e, como um forte sacão, meteu-me a picha no cu. Claro que bati uma punheta ao outro menino, porque lá em casa não queríamos invejas.

– Um despertar animado…

– Como costumava dizer o Avô Marinhais, “de manhã se começa o dia”. Bem fodida, enrabada e esporrada, saí para o meu passeio matinal. Comecei por ir ver os cavalos, como fazia sempre, e quando dei por mim tinha o senhor Peres e o filho, que tinha um caralho grande como um rolo da massa, a foderem-me cada um no seu buraco. Apesar de ter a picha maior, o jovem procurava sempre o buraco mais pequeno. Mas o pai, apesar de menos dotado, também preenchia bem a minha rata.

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- Já que estava ali, e por sugestão da senhora Peres, que fazia gosto em ver os homens da família violentarem-me, fiz um broche ao Miura, o garanhão do estábulo, que se veio para cima de mim numa torrente imparável que me fez chegar a casa literalmente banhada em esporra. E todos os dias era mais ou menos isto.

– Não ficava cansada?

- Pelo contrário, passava as 24 horas do dia desperta para o sexo. Porque a qualquer momento, em qualquer lugar, alguém passava e, sem bom dia nem boa tarde, empurrava-me contra a parede ou para cima dum monte de feno, arrancava-me as roupas e fodia-me como lhe apetecia. Cheguei a ser fodida e enrabada 19 vezes num só dia! Escusado será dizer que, quando ia dormir – o que não era fácil, pois havia sempre alguém pronto para me violar durante o sono – só sonhava com caralhos e colhões e barbas e bigodes a fazer-me cócegas na cona.

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- Tinha que tomar, às vezes, até cinco banhos por dia, pois com tanta foda perdia o meu cheiro natural de mulher, só cheirava a “macho”...

- Cada dia uma festa de arromba…

- Arromba é uma boa palavra, pois não me deixaram um só buraco que não fosse arrombado de uma maneira ou de outra. E isso foi só o princípio…. Mas, antes de terminar a minha história, se me permite, agora sou eu que tenho que despir o casaco, pois começo a sentir esse calor de que se tem queixado. E, se não for grande incómodo, acho que sempre aceitarei o tal refresco…

 

(continua...)

Armando Sarilhos

Armando Sarilhos

Armando Sarilhos

O cérebro é o órgão sexual mais poderoso do ser humano. É nele que tudo começa: os nossos desejos, as nossas fantasias, os nossos devaneios. Por isso me atiro às histórias como me atiro ao sexo: de cabeça.

Na escrita é a mente que viaja, mas a resposta física é real. Assim como no sexo, tudo é animal, mas com ciência. Aqui só com palavras. Mas com a mesma tesão.

Críticas, sugestões para contos ou outras, contactar: armando.sarilhos.xx@gmail.com

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