12 February, 2018 Clímax - 50 Sombras + Negras
A crítica ao filme com Dakota Johnson e Jamie Dornan nos papéis principais.
Assim que foi anunciada a venda em Dezembro de bilhetes para o filme "Clímax - 50 Sombras + Negras" tinha de comprar e ir assistir. Confesso que estes meses de bilhete na mão até passaram rápido.
Chego ao cinema para ver a pré-estreia e observo as pessoas, curiosa confesso, o último que fui ver era Dia dos Namorados, casais a ir ao cinema.
E em pré-estreia, quem compra estes bilhetes?
Maioria grupos de mulheres excêntricas, não seguem modas pelo menos na aparência, arriscam nas escolhas, resumindo mulheres bem resolvidas sem medo do que a sociedade pensa delas. Aplausos às corajosas.
Casais gay, tanto de mulheres como de homens, alguns casais heteros e pessoas a quem claramente lhes calhou o bilhete de prenda de Natal e pronto lá se faz o sacrifício de ir ver.
Mas julgar alguém em apenas alguns segundos através de um olhar é completamente errado!
Eu estava encostada de envelope na mão a ver o número do lugar e oiço uma rapariga a dizer:
- Eu não tenho o bilhete como o «dela». Não sou assim fanática!
Dela! A fanática!?? WTF! Era eu!
Ora quem sem lembra dos textos anteriores sobre os outros dois filmes, sabe que eu não sou fã das 50 Sombras de Grey, pelo contrário só vou a correr ver para depois poder dizer mal.
Nunca li nenhum livro, tentei, não consegui, era chato.
O primeiro filme vi porque veio com uma revista, e eu estava no Algarve de férias sem net, aborrecida e a minha opinião foi, palhaçada, é uma comédia, e o ano passado fui ver o segundo ao cinema no Dia dos Namorados para poder escrever a minha crónica e gostei do filme, muito melhor que o primeiro, sem dúvida, já cheirava a bondage.
Clímax? Não vi! Tesão? Zero!
Foda-se, que merda de filme é que eu fui ver?
Começa com o belíssimo casamento, claro, «Cinderela», lua de mel - Paris, chega ao avião:
- É teu?
- Não, é nosso Sra Grey!
Que romântico!
Depois temos cenas de ciúmes, perseguição, alguém que queria a vida que ele tem, chantagem, traição... E sexo, nada de especial, as cenas começam e acabam de forma muito singela, sem grandes pormenores, sem grande intensidade, tudo muito romântico, lá ás vezes usam uns brinquedos como se aquilo fosse grande coisa.
O que tenho de destacar é sem dúvida a actriz - se nos outros ela aparentava uma menina ingénua, doce, simples, submissa, neste muda: cresceu-lhe um belo par de colhões! Está uma mulher decidida, com controle na relação na sua vida, sem medo de o enfrentar, gostei de ouvir os sorrisos das mulheres no cinema, cada vez que ela se afirmava e ele baixava a cabeça. E para menina ingénua e simples o dinheiro assenta-lhe muito bem, acorda com o baton, nunca borra, deve ser microblandig nos lábios, aqueles Louboutin, muita classe e uma certa arrogância e prepotência que por norma costumam vir com o dinheiro e poder.
Mas eu confesso que a acho mais sexy assim, alias a única coisa que me fez vibrar no filme são as vezes em que ela surge seminua com aquele corpo perfeito, aquele olhar, o morder de lábio.
A única vez que fiquei húmida foi quando a «Ana» está a conduzir o Audi - aiiiiiiii foda-se é tão boa!
Fica a minha opinião de quem não é fã, respeito claro, quem tenha opiniões diferentes, e recomendo que vejam o filme, nem que seja para criticar, como eu.
E para quem têm dúvidas se vai ou não existir continuação, pareceu-me que foi mesmo o último, pelo final tão bonito que quase vomitei.
Pensei que ia ver um filme erótico com bondage à mistura - afinal foi apenas mais um bonito romance.
Vejam o filme e Feliz dia dos Namorados!